John Milton
28 de novembro de 2008
George Carlin - Save the planet...
26 de novembro de 2008
Amazônia deixará de existir se desmate chegar a 50%...

A floresta amazônica deixará de existir se mais 30% dela forem destruídos. A afirmação foi feita ontem em Manaus, durante a conferência científica Amazônia em Perspectiva.
“O número agora está consolidado. Se 50% de toda a Amazônia for desmatada, um novo estado de equilíbrio vai existir no bioma”, afirma Gilvan Sampaio, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Hoje aproximadamente 20% de toda a floresta amazônica, que tem mais de 8 milhões de quilômetros quadrados, já sumiram “No Brasil, esse número está ao redor de 17%.” Por Eduardo Geraque, da Folha de S.Paulo, 21/11/2008.
E pode chegar aos 50% até o meio do século. Um estudo de 2006 da Universidade Federal de Minas Gerais prevê que, se o ritmo do corte raso continuar, quase metade da floresta que sobra hoje tombará até 2050.
O novo modelo desenvolvido pelo pesquisador não considera mais a vegetação como algo estático, como ocorria nos estudos apresentados anteriormente. “Desta vez, existe uma espécie de conversa entre o clima e a vegetação”, afirma Sampaio, que havia publicado uma versão anterior de seus modelos no ano passado.
De acordo com o estudo, que analisa a situação da floresta num intervalo de 24 anos, a região leste da Amazônia ainda é a mais sensível. Como o clima depende da vegetação, e vice-versa, a ausência de árvores na parte oriental da Amazônia fará com que as chuvas diminuam até 40% naquela região.
“As pessoas têm a idéia de que a floresta cortada sempre se regenera, mas nesse novo estado de equilíbrio isso não deve mais ocorrer, pelo menos no leste da floresta.”

O estudo também mostra que a geografia do desmatamento pouco importa para que o ponto de não-retorno da floresta seja atingido. “A questão é quanto você tira e não de onde”. Se países como o Peru e a Venezuela, onde a situação da floresta é melhor hoje, começarem a desmatar muito, todo o bioma estará em perigo.
A conseqüência desse novo equilíbrio ecológico será bem mais impactante no lado leste. Sem chuva, a tendência é que toda a região vire uma savana pobre. “Não é possível falar em cerrado, porque ele é muito mais rico do que a capoeira que surgiria na Amazônia.”
O oeste amazônico, entretanto, onde estão o Amazonas e Roraima, continuariam a ter florestas, mesmo nessa nova realidade climática. “A umidade continuaria a ser trazida do Atlântico pelo vento”, diz.
O desafio brasileiro para impedir que a floresta entre em um novo estágio evolutivo parece até fácil de ser resolvido -no papel. Dos 5 milhões de hectares da Amazônia que estão dentro do país, 46% são protegidos por lei. Mas, na prática, a preservação dessas regiões não é integral.
Uma prova clara disso foi dada ontem também na conferência de Manaus. Dados apresentados por Alberto Setzer, também do Inpe, mostram que entre 2000 e 2007 os satélites registraram focos de incêndio em 92% das unidades de conservação da Amazônia. “Isso me deixa consternado”, diz Setzer.
Em Roraima e Tocantins, 100% das áreas de proteção ambiental tiveram incêndios. “Muitas dessas unidades de conservação não têm nem meios para combater o fogo”, afirma o pesquisador.
O sumiço de parte da floresta amazônica terá conseqüências imediatas para o Nordeste. “A tendência de desertificação vai aumentar bastante”, diz Sampaio. O grupo do Inpe ainda estuda as conseqüências da possível nova Amazônia para as demais regiões do Brasil.
Fonte: Ecodebate.
Soluções inovadoras virão de desconhecidos...
Co-fundador de empresas de consultoria na área de sustentabilidade, John Elkington afirma que a crise econômica é necessária para destruir alguns elementos da cultura global e que a mudança virá de pessoas vistas como loucas

Paula Scheidt do Portal do Meio Ambiente.
“Muitas das soluções que precisamos para o futuro não virão das grandes empresas, mas sim de pessoas sobre os quais vocês nunca ouviram falar”, afirma o inglês John Elkington, co-fundador da SustainAbility e diretor da Volans Venture, fundada neste ano com o objetivo de encontrar soluções empreendedoras para enfrentar os grandes desafios atuais, que segundo ele vão desde as mudanças climáticas e pobreza até o acesso a medicamentos.
Autor de 17 livros, incluindo o Guia do Consumidor Verde que vendeu um milhão de cópias em 1988, Elkington é uma autoridade mundial em responsabilidade corporativa e desenvolvimento sustentável. O empresário diz que para os empreendedores inovadores, que estão na borda do sistema, será muito mais fácil aproveitar a desestruturação econômica desta crise, pois não estão focados na ‘antiga ordem’.
Elkington afirma que, há dois anos, já vem dizendo que a humanidade ruma em direção a uma descontinuidade econômica, não uma recessão. “Acho que isto está apenas começando”, exclama.
A curto prazo, o empresário e consultor explica que o resultado desta crise será devastador sobre o cidadão a e sustentabilidade. “Muitas empresas a usarão como desculpa para cortar gastos e enxugar áreas com especialistas”, garante, ressaltando já ter atravessado cinco recessões e ter visto as empresas fazerem exatamente isso em áreas como segurança, saúde e meio ambiente. “Esta é a má notícia”.
A boa notícia, diz, talvez venha daqui a três a cinco anos. “Devido à desestabilização do modelo econômico, causada porque os líderes empresariais e políticos não sabem o que está acontecendo nem o que fazer, a oportunidade de levar adiante mudanças radicais será muito maior”, comenta.
Segundo Elkington, os desafios atuais serão apenas enfrentados quando empresas, governos e os cidadãos se alinharem em torno de uma meta e cita os planos da Nissan para ter 60 modelos de veículos elétricos nas estradas em até três anos. “Eles já fazem isso porque vêem que o mercado para este tipo de veículo está crescendo, pois observam um aumento de interesse do governo japonês, principalmente no nível municipal”, conta.
O especialista prevê, além de falências absolutas, muitas fusões e incorporações, com uma grande transformação no cenário empresarial. “Esta também é uma oportunidade imensa para usar um exemplo da ecologia: muitas vezes precisamos de um incêndio numa floresta para limpar o espaço para que novas plantas possam crescer”, compara.
13 de outubro de 2008
Desmatamento na Amazônia cai 27% nos meses mais críticos do ano...

Nesses meses tradicionalmente ocorrem o maior volume de corte da floresta. A área desmatada no período chegou a ser de 5.858 km2 em 2004, início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E está sendo reduzida desde então: foi de 1.568 km2 em 2005; 1.187 km2 em 2006; 884 km2 em 2007 e 649 km2 em 2008.
"Este ano registramos a menor média em cinco anos para os meses mais críticos e uma redução de 27% sobre o ano anterior", destaca o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Ele acrescenta que os números mostram que seu governo está conseguindo manter a tendência de queda registrada na gestão da ministra Marina Silva. "Mas os números não são bons. Temos que reduzir ainda mais o desmatamento na Amazônia", diz Minc.
9 de outubro de 2008
Sintetizando...
"No final, nossa sociedade será definida, não pelo que criamos, mas pelo que nos recusamos a destruir."
John C. Sawhill
Eco Power Conference 2008...

Entre outros pontos, o evento pretende oportunizar a atualização de conhecimentos bem como a troca de experiências multidisciplinares na área de energias renováveis e meio ambiente. Serão diversos painéis que abordarão temas como “Energias renováveis do mar”, “Energia Nuclear”, “Transversalidade do uso e desenvolvimento da Amazônia”, “Construções sustentáveis”, “Energia Eólica”, “Mudanças Climáticas”, “Oportunidades emergentes de integração sustentável da matriz energética da América Latina”, entre outros. Direcionada a empresários, políticos, investidores, entidades financeiras e ambientalistas, a Eco Power Conference 2008 - considerado um dos maiores centros de debates sobre o assunto - reunirá novamente grandes nomes nacionais e internacionais.
Para realizar inscrições ou obter mais informações, a organização do evento disponibilizou este site.
8 de outubro de 2008
Game...
Outro game é Carona. Onde você tem que colocar quatro formigas dentro do mesmo carro antes de abrir o sinal, para fazer isso basta clicar em dois carros próximos. Depois de um certo tempo ele informa quantos quilômetros você economizou colocando as formigas todas dentro do mesmo carro.
O game faz parte da nova campanha da Chevrolet visando ações ecologicamente corretas e de sustentabilidade.
Com informações do Jacaré Banguela e Uhull!
TV do Meio Ambiente...
Conheça a TV do Meio Ambiente: clique na imagem acima ou aqui.
Logo na página inicial, navegando pelas diferentes coleções temáticas, o internauta assiste aos vídeos que escolher. No site já estão sendo disponibilizados documentários, reportagens e filmes de animação que retratam o meio ambiente natural, rural, urbano e cultural brasileiros.
Para estimular a produção de vídeos pelo público e promover a discussão de temas ambientais foi criado o Espaço do Internauta. O visitante pode escrever comentários e publicar seus próprios vídeos, participando da Mostra do Internauta de Vídeo Ambiental, que premiará os vídeos mais votados pelos visitantes do site.
O espaço Notícias Ambientais trará, diariamente, as principais matérias jornalísticas sobre meio ambiente. Já a Exposição de Fotos apresenta o trabalho dos melhores fotógrafos brasileiros de natureza e temas relacionados ao meio ambiente. A exposição atual exibe 30 fotografias de Adriano Gambarini que retratam a biodiversidade e a cultura regional.
Mas não é só isso: reportagens exclusivas e inéditas, produzidas mensalmente pela equipe da TV do Meio Ambiente, estarão disponíveis aos espectadores do canal. A primeira Reportagem do Mês já está no ar: Montanhas do Rio mostra como essas formações naturais são aproveitadas em diferentes áreas, seja para a prática de escaladas radicais; como inspiração para o livro do fotógrafo Marco Terranova, que mostra a beleza do Rio sob ângulos inusitados; ou para pesquisa científica. A reportagem aborda também o projeto do Jardim Botânico que estuda orquídeas em extinção, encontradas somente nas encostas rochosas das montanhas da cidade. Outras matérias já estão em fase de produção, veja os detalhes na entrevista abaixo com o coordenador do projeto.
O novo canal de comunicação tem como missão a difusão da cultura ambiental. É direcionado a estudantes, professores, pesquisadores e a todos aqueles que buscam entretenimento e informação de qualidade. Venha participar na formação desse grande acervo que vai preservar a identidade ambiental e cultural do povo brasileiro. Divulgue seu vídeo.
A TV do Meio Ambiente é um projeto cultural, inscrito no Ministério da Cultura sob o Pronac nº 07-3605 e está apta a receber patrocínio para o projeto integral, reportagens especiais ou festival on-line de vídeos ambientais e também tem espaço promocional para inserção de banners.
Leia aqui uma entrevista com Ricardo Hanszmann, coordenador do projeto.
Fonte: Portal do Meio Ambiente.
Energia geotérmica é nova aposta para renováveis...

Em países onde há erupções vulcânicas, o uso dos gêiseres para movimentar geradores já é prática comum. Agora, cientistas desenvolvem mecanismos para trazer calor à superfície em qualquer lugar do planeta, imitando de forma artificial e controlada o funcionamento dos vulcões. Esse método é conhecido como Sistema de Engenharia Geotermal (EGS, sigla em inglês).
A idéia consiste em abrir buracos paralelos no solo, com alguns metros de distância entre eles, e continuar cavando até que se encontre rocha quente o suficiente (algo em torno de 200ºC). Em seguida, bombeia-se água fria em uma das aberturas para que saia pelo outro lado a uma temperatura elevada. A água superaquecida transforma-se em vapor, que pode ser utilizado para mover geradores e produzir energia elétrica.
A região de Soultz-sous-Forêt, a 50 quilômetros de Estrasburgo, na fronteira entre a França e a Alemanha, conta, desde junho, com uma central experimental para produzir 1,5 megawatt de energia. Os pesquisadores dos dois países têm utilizado o método para realizar experimentos na região da Alsácia. Eles fazem perfurações que chegam a 5 mil metros de profundidade e produzem gêiseres artificiais com capacidade de jorrar 100 litros por segundo. Ao chegar à superfície com uma temperatura de 163°C, a água injetada é suficiente para alimentar duas turbinas, cada uma com 25 megawatts.
Falta percepção
O pesquisador do Instituto Tecnológico de Massachusetts, Jefferson Tester, acredita que essa fonte de energia tem sido negligenciada porque é invisível. “Todos são capazes de sentir o vento ou o sol, mas poucos notam que o interior da Terra é quente, por isso ninguém pensa em escavar para buscar esse calor”.
Ele acredita que um investimento de cerca de 1 bilhão de dólares em projetos de demonstração nos próximos 15 anos poderiam mudar essa situação. “Isso forneceria informação suficiente para permitir que EGSs de 100 gigawatts fossem criados na América até 2050, a um preço comercialmente aceitável”, defende.
Os estudos realizados na Europa já indicam que as perspectivas são estimulantes. A tecnologia empregada permite escavar em profundidades cada vez maiores e com turbinas mais eficientes. Cálculos mostram que a 40 quilômetros de profundidade será possível aquecer água a 1.000°C.
Apesar disso, extrair energia do subterrâneo nem sempre foi tão fácil. Até a invenção do EGS, o campo era conhecido como “energia geotérmica de rocha seca quente”. Para extrair o calor de rochas impermeáveis como o granito, cuja a secura aumenta a capacidade de aquecimento, é preciso torná-las permeáveis – por isso a palavra “engenharia” foi incluída no novo nome do processo. Parte do bilhão de dólares proposto por Tester seria utilizado para descobrir como escavar esse tipo de rocha de maneira mais barata e eficiente.
Além do custo de exploração, outro problema para tornar a energia geotérmica viável é o possível risco de terremotos. Os micro-sismos revelaram-se os maiores empecilhos técnicos nas experiências realizadas na Alsácia. As pesquisas ainda precisam ser desenvolvidas a ponto de evitar que injeções de água em baixa temperatura não causem rachaduras na camada de rochas aquecidas.
* Com informações de The Economist.
Fonte: Carbono Brasil.