30 de janeiro de 2008

Projetos de MDL aprovados pela ONU...

Todas as metodologias dos projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) aprovados pelas Nações Unidas estão disponíveis no site da Convenção Quadro sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (UNFCCC). Neste site você também encontra estatísticas sobre os mais de 900 projetos aprovados e acompanha o andamento do processo dos que estão sob análise.

O Instituto de Estratégias de Meio Ambiente Globais (IGES) criou uma prática e de rápido acesso planinha com todas informações sobre os projetos de MDL aprovados pela ONU. O documento traça o perfil do projeto, desde nome e país hospedeiro até dados sobre os participantes, tipo de projeto, data de início e de aprovação, quantos e quando os créditos de carbono serão emitidos.
Acesse a página com as publicações sobre MDL do IGES, onde é possível fazer o download da planinha de excel, clicando aqui (em inglês).

O site do Programa do Meio Ambiente das Nações Unidas (UNEP) reúne relatórios, pesquisas e análises do processo de aprovação dos projetos.

Já no site CDM Bazaar você encontra informações sobre vendedores e compradores de projetos de MDL. O site foi criado justamente com o intuito de servir como um facilitador do mercado global de MDL, através da divulgação de informações sobre atividades dos projetos e transações de Reduções Certificadas de Emissões (RCEs). Não há nenhum custo para acessar o banco de dados do site.

O Mercado Brasileiro de Reduções de Emissões (MBRE) oferece um Banco de Projetos MDL validados por Entidades Operacionais Designadas (certificadoras credenciadas pela ONU). O sistema também acolhe para registro o que se convencionou chamar de intenções de projeto, ou seja, concepções parcialmente estruturadas de projetos que objetivem a condição futura de projetos validados no âmbito do MDL. O Banco de Projetos BM&F está aberto também ao registro de intenções de compra, ou seja, um investidor estrangeiro eventualmente interessado em adquirir créditos de carbono pode registrar seu interesse, descrevendo as características do projeto procurado. O MBRE também implatou um sistema eletrônico de leilões de créditos de carbono, agendados pela BM&F, conforme demandado pelos proponentes de projetos de MDL, podendo ser acessados, via internet, pelos participantes qualificados do mercado de carbono global.

Vi no Carbono Brasil. Fundamental.


29 de janeiro de 2008

MDL - Parte 8...

O MERCADO E O MDL...

Como já foi visto, o Protocolo de Quioto estabelece que, para cumprir suas metas de redução, os países do Anexo I podem utilizar os Mecanismos de Flexibilização:
  • Entre países do Anexo I: do Comércio de Emissões e Implementação Conjunta (Emissions Trading e Joint Implementation) que, respectivamente, geram Unidades de Redução de Emissões (ERU . Emission Reduction Unit) e Unidades Permitidas de Emissões (AAU . Assigned Amount Units);
  • Com países do Não-Anexo I: do desenvolvimento de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) que geram os Certificados de Emissões Reduzidas (CERs).

Objetivamente, em termos de mercado, esses instrumentos se traduzirão através da commodity: toneladas equivalentes de CO2.

Quanto mais transparente, claro e compreensível for o processo que traduz um projeto de MDL em toneladas equivalentes de CO2, melhor será o posicionamento dos seus CERs no mercado mundial de carbono.

Uma das questões de destaque nas discussões para a implementação do Protocolo de Quioto diz respeito justamente ao aspecto da clareza e da "fungibilidade"* dos CERs. Ou seja:

  • Da objetividade com que o MDL (e seus CERs correspondentes) expressa a redução de emissões na forma da commodity toneladas de CO2;
  • Da necessária equivalência que deve existir entre a commodity toneladas de CO2, comercializável através dos CERs, e aquelas que se originam dos demais instrumentos estabelecidos no Protocolo de Quioto (Joint Implementation e Emissions Trading).

Ao abrir aos países do Anexo I a possibilidade de utilizar instrumentos de mercado (aquisição de toneladas equivalentes de CO2) para sua adequação às metas definidas de redução de emissões, o Protocolo de Quioto faz com que as considerações de caráter comercial tenham um papel decisivo na dinâmica da sua implementação.

Todos os mecanismos estabelecidos pelo Protocolo de Quioto vão interagir (como uma commodity fungível = tonelada equivalente de CO2) em um mercado global de gases geradores de efeito estufa (GHG - Green House Gases). E um ponto de partida fundamental a ser considerado é que todo investimento comercial é um ato competitivo e que, por isso, o capital tende a se direcionar para onde lhe é oferecido melhor retorno e segurança no cumprimento de objetivos em prazos confiáveis.

Para atrair um volume significativo de investimentos para os projetos nacionais de MDL e oferecer custos competitivos da tonelada de CO2 via CERs, é igualmente importante apresentar riscos reduzidos e segurança de retorno para o capital investido.

Isso exige projetos que expressem benefícios de modo concreto e transparente e, ao mesmo tempo, tenham uma dinâmica nacional de certificação e aprovação de iniciativas de MDL e ofereçam ao capital a necessária segurança de retorno, num ambiente de critérios e regras permanentes e claramente enunciadas. Em síntese, projetos de MDL consistentes, desenvolvidos sobre um alicerce sólido com suporte nacional e que tenham reduzido ao máximo os riscos e as incertezas inerentes ao processo de implementação do Protocolo de Quioto e seus desdobramentos.

*fungibilidade é a característica que confere a um bem a capacidade de ser equivalente ou intercambiável com outro. Petróleo, trigo ou soja, por exemplo, são commodities fungíveis. No mercado futuro, se refere a contratos que padronizam bens de modo que eles possam ser substituídos ou trocados e comercializáveis entre si.

ROTEIRO EMPRESARIAL BÁSICO

  1. Negociação preliminar, envolvendo autoridades governamentais, entidades certificadoras, potenciais compradores e agentes de comercialização, sobre os planos iniciais e idéias gerais do projeto.
  2. Verificação e avaliação da consistência do projeto em face dos critérios e objetivos estabelecidos no Artigo 12 do Protocolo de Quioto para o MDL.
  3. Estabelecimento das Linhas de Base do Projeto.
  4. Diante da Linha de Base, avaliação do volume de CERs gerados pelo MDL e da segurança da performance do projeto para a concretização desta estimativa.
  5. Cálculo de viabilidade de investimentos e custos (estudo de viabilidade do empreendimento e da relação investimento versus custo da tonelada de emissões reduzidas/evitadas).
  6. Cálculo do custo dos CERs gerados pelo projeto e avaliação do seu potencial de mercado (preço mínimo e máximo, valor agregado e viabilidade de comercialização).
  7. Formatação final do projeto e encaminhamento para aprovação junto ao Governo Brasileiro e obtenção da Verificação e Certificação Internacional.
Graças ao CEBDS.

28 de janeiro de 2008

A importância da engenharia e da arquitetura para o mercado de commodities ambientais...

"....Cada uma destas funções deve ser atribuída a profissionais distintos, para evitar conflitos de interesses, ou seja, quem monitora não pode ser o implementador do projeto e aquele que audita ou certifica não pode ser o mesmo que faz avaliação ou realiza a perícia. O mesmo acontece quando lidamos com as especificidades da profissão de economistas, assim sendo, quando o economista está trabalhando no projeto econômico-financeiro não pode ser auditor financeiro e contábil dos projetos..."

Palestra a ser proferida durante no curso "Projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) e Mercados Emergentes", à realizar-se pelo Depto de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RIO), disciplina Economia Socioambiental, nos dias 28/11 e 29/11/2008 e 05 e 06/12/2008.

No IIIº Seminário de Água-Negócios, tendo como tema central a "Bacia Hidrográfica do Rio Doce" promovido pela Sociedade Mineira de Engenheiros Agrônomos (SMEA), juntamente com a Prefeitura Municipal de Governador Valadares, EMATER/MG, Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), Agência Nacional de Águas (ANA) e o Comitê da Bacia do Rio Doce, no período de 14 a 16 de agosto de 2002, no Garfo Clube em Governador Valadares, teve a oportunidade de debater sobre o tema "Commodities Ambientais" conjuntamente com as lideranças dos profissionais que congregam os CREA’s – Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura. Discutimos sobre o importante papel destes profissionais para a formação do Mercado de Commodities Ambientais.

Quando lidamos com meio ambiente, estamos tratando de assuntos que exigem uma série de especializações em função das peculiaridades de cada projeto. Nos projetos em Commodities Ambientais cujas matrizes são a água, energia, biodiversidade, madeira, minério, reciclagem e controle de emissão de poluentes (água, solo e ar), será fundamental a multidisciplinaridade para que os economistas possam desenvolver ferramentas e estruturar projetos econômico-financeiros de acordo com as necessidades de cada setor.

Existem várias oportunidades de trabalho que se abrem a partir da formação deste novo mercado, sendo necessário treinar profissionais para exercer atividades em: a) Projeto e Implementação; b) Monitoramento; c) Avaliação e Perícia; d) Auditoria e Certificação.

Cada uma destas funções deve ser atribuída a profissionais distintos, para evitar conflitos de interesses, ou seja, quem monitora não pode ser o implementador do projeto e aquele que audita ou certifica não pode ser o mesmo que faz avaliação ou realiza a perícia. O mesmo acontece quando lidamos com as especificidades da profissão de economistas, assim sendo, quando o economista está trabalhando no projeto econômico-financeiro não pode ser auditor financeiro e contábil dos projetos.

O objetivo do mercado de commodities ambientais é abrir o mercado de trabalho para as comunidades através da produtividade agro-ambiental, agro-florestal, industrial, de comércio e serviços com planejamento urbano e sócio-econômico, estimulando a migração da população das grandes cidades para as cidades do interior, destacando a importância da agricultura sustentável e o ordenamento da construção civil em harmonia com o meio ambiente.

A engenharia de produção e planejamento proporcionará os subsídios necessários para a operacionalização da engenharia financeira, cuja função primordial será captar recursos para o financiamento dos projetos e torná-los economicamente viáveis.

A participação dos profissionais de engenharia e arquitetura no fomento e regulamentação deste novo mercado em conjunto com outros conselhos profissionais classistas é fundamental, uma vez que a conscientização ambiental não acompanha a degradação do meio ambiente, esta um reflexo da degradação social e da desumanização do capital.

Não há como preservar o meio ambiente sem preservarmos, em primeiro lugar, o mercado de trabalho para todos.

Fonte: Livro inédito A Mais Pura Fonte dos Manan­ciais - de Amyra El Khalili - Organizador Antonio Carlos Teixeira. Editora Virtual BECE-REBIA (no prelo)

Vi no BECE REBIA. Visite.

25 de janeiro de 2008

Sintetizando...

"Vamos atravessar esse novo século discutindo meio ambiente e desenvolvimento, queiram ou não queiram"

Marina Silva

O ano da energia limpa...

O ano de 2008 será decisivo para a corrida das energias renováveis e, mais uma vez, o Brasil vai ocupar uma posição de destaque mundial. Embora os investimentos em alternativas ao petróleo e ao carvão venham crescendo de forma acelerada nos últimos dois anos — chegaram a 85 bilhões de dólares em 2007, crescimento de 20% sobre o ano anterior —, um eventual aperto nos mercados de crédito mundiais pode limitar os recursos destinados ao setor.

Ninguém se arrisca a fazer previsões sobre os rumos da economia mundial no próximo ano, especialmente a dos Estados Unidos, mas parece claro que uma desaceleração representará inevitável atraso no desenvolvimento de alternativas aos combustíveis fósseis.

Os financiadores das novas tecnologias energéticas têm os olhos fixos no mercado de capitais — as empresas de energia solar estiveram entre as estrelas da bolsa americana Nasdaq este ano —, e a perspectiva de um mercado pouco receptivo certamente vai diminuir o apetite dos capitalistas de risco. Ao mesmo tempo, devem crescer as pressões por subsídios e regulamentações que ajudem a viabilizar as fontes de energia limpa.

Ainda é infinitamente mais barato empurrar a economia adiante jogando dióxido de carbono na atmosfera e, sem incentivos ou obrigações, argumentam os investidores e empreendedores, o planeta não vai conseguir reduzir sua dependência dos vilões da mudança no clima.

O complexo jogo de forças da matriz energética planetária deve ser um dos principais itens da agenda dos líderes globais, sejam eles das empresas ou dos governos — e todos vão olhar para as bem-sucedidas experiências brasileiras.

O maior exemplo, claro, é a produção de etanol. Enquanto os produtores americanos ainda dependem de pesadíssimos subsídios governamentais, o combustível brasileiro hoje é extremamente competitivo. E deve surgir uma novidade importante entre os produtores de cana-de-açúcar: além de abastecer os carros de etanol, a planta será cada vez mais usada na geração de eletricidade.

Hoje, as usinas aproveitam apenas cerca de um terço do bagaço e da palha da cana para gerar energia elétrica — que, em geral, é consumida na produção de álcool e açúcar. Os dois terços desperdiçados têm um enorme valor, e ele começará aparecer em 2008, com maior aproveitamento da biomassa.

De acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), o potencial elétrico da biomassa da cana já é equivalente à produção esperada da hidrelétrica do rio Madeira e, em cinco anos, será igual à da usina de Itaipu.

Mas, para que essa promessa se concretize, falta uma definição política: o governo precisa tomar a decisão de incentivar essa energia limpa pagando melhores preços. "Se o governo está mesmo preocupado com a crise energética, deve criar incentivos fiscais para o desenvolvimento de energias alternativas", diz Marcos Jank, presidente da Unica.

Fonte: Revista Exame

Potencial da reciclagem para redução de CO2...

Um estudo realizado pela empresa de consultoria alemã Ökopol calculou pela primeira vez o potencial de redução das emissões de dióxido de carbono se metas obrigatórias para a reciclagem de resíduos sólidos municipais fosse estabelecida na União Européia (UE).

Segundo dados preliminares do estudo, a média de reciclagem dos resíduos sólidos na União Européia é de 37%, deixando de emitir 160 milhões de toneladas de CO2 por ano. Atualmente, a meta mínima da UE é de 50% e se cada país-membro alcançar esta taxa em 2020 e aqueles que já estão acima da taxa não diminuírem seus esforços, a economia anual de CO2 poderia aumentar em mais 88 milhões de toneladas.

Se todos os países-membros alcançarem o máximo atual dos Países Baixos (65%) até 2020, mais 144 milhões de toneladas de CO2 não seriam lançadas na atmosfera por ano.

As informações utilizadas no estudo foram tiradas de relatórios de ciclo de vida e das estatísitcas européias de resíduos de 2005, presumindo que as taxas de incineração continuem constantes. A versão final do estudo será publicada no dia 31 de janeiro em uma conferência internacional sobre resíduos e mudanças climáticas em Londres.

A conferência, organizada pela Associação de Cidades e Regiões para a Reciclagem e Manejo Sustentável dos Recursos (Association of Cities and Regions for Recycling and Sustainable Resource Management - ACR), irá apresentar vários estudos recentes sobre o balanço de CO2 em relação à diferentes opções de manejo dos resíduos, como a prevenção, reuso, reciclagem e recuperação de energia.

Fonte: Ecopress / Carbono Brasil / Waste Management Options and Climate Change.

24 de janeiro de 2008

Construção verde...

Termo do inglês "Construção Verde", define construções comerciais e residenciais que priorizam o desenvolvimento sustentável em seus projetos, preocupando-se em otimizar a eficiência da utilização de recursos - energia, água e materiais - enquanto reduz os impactos da construção na saúde humada e do ambiente através da escolha da melhor localização, design, construção, operação, manutenção e remoção - o ciclo de vida completo do empreendimento.

Aqui no Brasil, o primeiro projeto deste tipo é o Rocheverá Towers, localizado em São Paulo, e que atualmente está em fase de construção.

O sítio GreenBuilding promete TUDO E MAIS o que você quiser sobre construção verde. Lá você encontra os conceitos, princípios e, como eles mesmo dizem "soluções visionárias". É possível passear por todas as partes da casa e descobrir o que fazer para tornar a construção mais sustentável.

Revista Time escolhe José Goldemberg como herói ambiental...

O físico nuclear da Universidade de São Paulo e honorary founding father do GBC Brasil, José Goldemberg, foi escolhido pela revista Time como um dos heróis do meio ambiente mundial. Seu nome está ao lado de personalidades como Al Gore, o príncipe Charles da Grã-Bretanha e o ex-presidente russo Mikhail Gorbachev.

Em edição especial, a revista destaca a iniciativa de Goldemberg em pensar e divulgar uma forma alternativa de combustível tendo com base a cana-de-açúcar, o que deu origem ao etanol. A idéia foi publicada no final da década de 1970 no periódico científico Science.

“O [paper] foi minha grande contribuição... eu destaquei que a cana-de-açúcar não era somente um produto, mas um combustível – e não fóssil. O que eu fiz foi assegurar que aquele era o caminho a seguir”, disse Goldemberg à Time.

A revista ressalta ainda que o pesquisador continua sua luta ambiental pautado principalmente na preocupação com o poder de destruição da humanidade. Goldemberg se posicionou contra a retomada da energia nuclear como fonte energética no Brasil.

“Nós [a humanidade] percebemos que representamos uma ameaça real, e daqui para frente, teremos de ser mais cuidadosos”, disse. “As pessoas estão se conscientizando que elas se tornaram forças ecológicas”, afirmou.

Leia na íntegra a reportagem sobre José Goldemberg no site da revista Time.

Fonte: GBCBrasil.

A "primeira cidade sustentável do mundo"...

Mais uma dos Emirados Árabes... só por curiosidade, a verba destinada ao projeto é ilimitada...

Representantes da empresa de energia árabe Masdar Initiative e arquitetos britânicos da Foster and Partners apresentaram nesta segunda-feira (21), durante uma conferência sobre energia em Abu Dhabi, os detalhes sobre o que supostamente é a primeira cidade sustentável do mundo, localizada nos Emirados Árabes Unidos.

Chamada Masdar ("a fonte", em árabe), a cidade será a primeira livre de emissões de carbono e desperdício. Além disso, será abastecida apenas com energia renovável.

Localizada no deserto nos arredores de Abu Dhabi, a cidade murada será construída em uma área de seis quilômetros quadrados e terá capacidade para abrigar 50 mil habitantes e 1,5 mil estabelecimentos comerciais.

A previsão é de que os primeiros moradores se mudem para a cidade no início de 2009.

Cidade 'verde'

Segundo Norman Foster, da Foster and Partners, Masdar será livre de emissões de carbono, com 100% de sua energia fornecida por fontes renováveis.

A cidade deve abrigar também a maior fonte de energia fotoelétrica (conversão direta da energia solar em energia elétrica) do mundo.

Masdar também não terá desperdício, dizem os arquitetos, já que a previsão é de que 99% do lixo seja reciclado ou transformado em compostos.

Outra novidade é o transporte público da cidade, que não terá carros. De acordo com o planejamento urbano elaborado pelos arquitetos da Foster and Partners, nenhum pedestre terá que andar mais de 200 metros para ter acesso ao transporte público.

A maioria das ruas da cidade terá apenas 3 metros de largura e 70 de comprimento para facilitar a passagem do ar e incentivar a caminhada.

"Masdar promete estabelecer padrões para as cidades sustentáveis do futuro", diz um comunicado da Foster and Partners.

Fonte: BBC Brasil

Leia mais sobre a iniciativa aqui e mais detalhes do projeto aqui.

19 de janeiro de 2008

Sintetizando...

"Quando agredida, a natureza não se defende. Apenas se vinga."

Albert Einstein

Guerra e paz...

Terra a respirar... ou a sufocar?

Este site dá-nos uma simulação dos níveis de dióxido de carbono produzidos em cada país do nosso planeta in momento, para além das taxas de natalidade e de óbito.

Depois de algum tempo a ver o que se passa na Terra, podemos ficar realmente impressionados com o que se passa em alguns países. A título de exemplo, repare-se na quantidade de CO2 despachada pelos "States" ou na taxa de natalidade na China e na Índia...

Vi no Netalidades graças ao amigo Eduardo Bayer.

2007 foi o ano do clima...

O ano de 2007 iniciou alarmista, com o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) apontando a ação humana como muito provavelmente a principal responsável pelo aquecimento global nos últimos 50 anos. As previsões de que as temperaturas globais poderiam subir de 1,8ºC a 4ºC e o nível do mar consequentemente se elevar em até 58 cm ainda neste século, fizeram com que o tema permanecesse em destaque na mídia durante todo o ano.

Outros três relatórios furam publicados durante o ano, indicando as principais conseqüências das mudanças climáticas para o planeta e as ações que precisam ser tomadas para controlar o problema. O IPCC apresentou um cenário em que um terço das espécies do planeta estão ameaçadas e que as populações estão mais vulneráveis a doenças e destruição, sendo que as nações pobres serão as mais atingidas.

O grupo sugere que os países possam diminuir os efeitos maléficos do aquecimento global estabilizando as emissões de carbono em um patamar razoável até 2030 – isso custaria 3% do PIB mundial.

Os alertas do IPCC foram a principal bandeira do ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore. Com o seu livro e filme “Uma verdade inconveniente”, Al Gore rodou o mundo buscando criar uma consciência global sobre as medidas que devem ser adotadas para se lidar com as mudanças climáticas. Como resultado desse esforço, Gore recebeu, juntamente com o IPCC, o Prêmio Nobel da Paz 2007.

O ano seguiu marcado pelas discussões em torno das obrigações dos países para reduzir o nível de emissões dos gases do efeito estufa. Desde 2005, quando foi ratificado o Protocolo de Kyoto, cerca de 35 nações desenvolvidas aceitaram metas obrigatórias de redução. Os Estados Unidos, maior emissor mundial de CO2 até então, continua se recusando a estipular cortes compulsórios, o que vem aumentando a antipatia pelo país na comunidade internacional.

Em 2007, no entanto, um relatório alemão, apontou que as emissões chinesas teriam pela primeira vez na história ultrapassado as americanas. O recorde da China aqueceu o debate sobre a necessidade de as grandes economias em desenvolvimento, como China, Índia e Brasil, também adotarem metas de redução de emissões em um novo acordo pós-Kyoto previsto para depois de 2012.

O ano termina sem consenso sobre esse assunto. Em dezembro, representantes de 187 países estiveram reunidos em Bali para definir as bases do novo tratado. A Conferência do Clima terminou com a adesão da Austrália (um dos maiores emissores mundiais de CO2, principalmente devido às fontes energéticas sujas baseadas no carvão) ao Protocolo de Kyoto.

Os Estados Unidos avançaram ao aceitar o documento que traça o “mapa do caminho”, que deve ser seguido até 2009, quando se definirá o novo acordo para substituir o Protocolo de Kyoto.

Para representantes da União Européia, onde estão os países com as iniciativas mais avançadas no combate ao aquecimento global, esses próximos dois anos serão a parte mais difícil para o acordo do clima. O “mapa do caminho” saiu de Bali sem a definição de metas de redução de emissões para os países – o que deve ser acordado até 2009, quando se realiza uma nova conferencia do clima, na Dinamarca.

Por Sabrina Domingos, CarbonoBrasil

Fonte: CarbonoBrasil