27 de junho de 2008

Amazônia Bonsai...

Esta charge do Glauco foi feita originalmente para o jornal Folha de São Paulo. Vi no Caixa Preta.

Dados do desmatamento em Rondônia...

Eis alguns quadros retirados do relatório do GTA tema do post ai de baixo demonstrando a "cara" do desmatamento em RO. Muito bem compilado (para ver melhor, clique na imagem).

GTA e o relatório do desmatamento em Rondônia...

Não havia comentado o relatório do GTA ainda pois a organização não havia liberado o material na íntegra, o que acontece só agora. O relatório é muito bom e fortalece a tendência de acompanhamento contínuo e fiscalização pela qual passa toda a Amazônia Legal, em especial as áreas localizadas na fronteira de expansão agrícola e pecuária, como aqui em Rondônia.

O estudo foi lançado em 16/06/08, em Cacoal/RO, e reúne pela primeira vez dados sobre o desmatamento e a grilagem em áreas protegidas de Rondônia e aponta os responsáveis e co-responsáveis pelo processo que coloca o Estado entre os maiores devastadores da Amazônia. Veja o relatório aqui ou clique na imagem acima.

Produzido nos últimos nove meses pelo Grupo de Trabalho Amazônico (GTA-RO), o dossiê “O Fim da Floresta? A Devastação das Unidades de Conservação e Terras Indígenas no Estado de Rondônia” traz dados sobre a grilagem e a retirada de madeira ilegal de Terras Indígenas, reservas extrativistas, florestas e parques estaduais e nacionais, áreas de proteção permanente e outras, revelando os laços que unem o setor madeireiro, agropecuário e grileiros à elite política do estado.

A divulgação do dossiê, acompanhada por um grupo de cerca de 30 indígenas, foi conduzida por lideranças Suruí, cuja terra Sete de Setembro é um dos casos tratados no dossiê. Contando com a presença da prefeita de Cacoal, representantes do programa de cooperação da ONU USAID, da Polícia Federal, da Funai, do Agência Nacional de Inteligência (Abin) e do programa Google Earth, entre outros, a cerimônia foi encerrada com uma fala do cacique Almir Suruí, que entregou cópias do documento às autoridades presentes com a cobrança de uma agenda futura que discuta a solução dos problemas apontados.

O documento, que havia sido entregue antecipadamente ao ministro Extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, foi apresentado aos conselheiros do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), ao Conaflor/CGFLOP (Conselho Nacional de Florestas), à Frente Parlamentar Ambientalista e aos ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da Justiça, Tarso Genro e ao presidente Lula.

Fonte: GTA.

Florestas brasileiras têm cinco desafios até 2011...

Rio Machado, Ji-Paraná/RO. Foto: Jeison T. Alflen.
O diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Tasso Resende de Azevedo, apresentou os cinco grandes desafios para a gestão florestal para o período 2008-2011, durante palestra de abertura do “I Seminário Nacional sobre Dinâmica de Florestas”, que acontece até sexta-feira (27/6), em Curitiba/PR, organizado pela Embrapa Florestas.

Tasso fez um resgate dos avanços da gestão florestal de 2003 até hoje, quando os objetivos eram reverter tanto a trajetória de desmatamento quanto o déficit de plantios florestais com fins produtivos e aumentar a escala de manejo das florestas naturais, chegando a um patamar de 30%.

Dentre estes pontos, dois avançaram. Um deles é a redução do desmatamento, principalmente na Amazônia e na Mata Atlântica que, segundo Tasso, “embora tenham acontecido alguns repiques de aumento de desmatamento, temos hoje a garantia de esforços contínuos para controle da situação”. Outro ponto que avançou foi o aumento do plantio de florestas, que saíram do patamar de 320 mil hectares para 700 mil hectares. “Plantamos hoje o que vamos colher no futuro”, afirmou.

No caso do manejo de florestas naturais, houve um salto de 300 mil hectares manejados para 3,5 milhões mas, segundo Tasso, “foi um aumento significativo, mas insuficiente se comparado à demanda existente”.

Desafios até 2011

O Brasil ainda tem muitos desafios na área florestal. Um deles é a continuidade nos esforços para queda perene e consistente do desmatamento em todos os biomas, com o reforço do monitoramento no Cerrado e Caatinga. “Além disso”, afirma Tasso, “é necessário incorporar mecanismos de monitoramento da degradação florestal. Hoje realizamos só o de desmatamento”.

O segundo desafio refere-se às florestas plantadas, com o objetivo de chegar em 2011 com um milhão de hectares plantados por ano. “Precisamos dar um salto”, afirma o diretor. Este cálculo tem a ver tanto com a demanda conhecida de produtos florestais tradicionais mas também considerando uma realidade futura para novos tipos de produtos florestais, com valor agregado.

Nesta questão entra ainda a inserção dos pequenos produtores na cadeia florestal. “Em 2003, os pequenos produtores representavam 8% dos que plantavam florestas; em 2007 chegamos a 25%. A meta é chegar a 30% em 2011, com o destaque de que a meta é chegar a um milhão hectares por ano em todo o País, considerando todos os que plantam florestas”, explica Tasso.

Plantio de Teca em São Miguel do Oeste/RO. Foto: Jeison T. Alflen.

Ainda no tópico florestas plantadas, outro objetivo é chegar a pelo menos 10% de plantio de espécies nativas. “Hoje temos 'traço' de plantio de nativas nas estatísticas”, observa. Inserir o pequeno produtor na cadeia é um desafio tecnológico para adaptação do sistema de plantio, produção e colheita. Para Tasso, “até hoje a tecnologia estava focada em colher em áreas grandes e concentradas. Precisamos agora inserir os pequenos no processo e adaptar as tecnologias a esta realidade”.

O terceiro desafio é a ampliação de áreas nativas manejadas de 3,5 milhões de hectares para 15 milhões de hectares e a aposta é na concessão de florestas, em especial para manejo florestal comunitário. “Para isso precisamos conhecer melhor como é a dinâmica das florestas, como crescem, como se comporta em determinados cenários. Isso é fundamental para um bom manejo”. Os dois últimos desafios citados pelos diretos são, para ele, os mais importantes: as mudanças climáticas e a demanda por novos produtos florestais.

Mudanças climáticas

Para Tasso, as mudanças climáticas são uma realidade e, se o País quiser estar preparado tanto para preservar suas florestas quanto fazer um uso sustentável, é fundamental conhecer muito bem a dinâmica das florestas. “Isso vai possibilitar traçar cenários de como as mudanças climáticas vão impactar nas florestas”, observa. “As decisões que vamos tomar hoje precisam ser baseadas nesses cenários futuros”, completa Tasso. Não há, portanto, como projetar o que vai acontecer sem conhecer como as florestas crescem, o que impacta na sua dinâmica e o que acontece em diferentes situações. Tasso é enfático: “isso é estratégico para o Brasil”. Além disso, as florestas também impactam no clima e conhecer a dinâmica de carbono nas florestas também se torna estratégico.

O quinto e último desafio são os novos produtos das florestas, com destaque para geração de energia a partir da biomassa florestal. “Os biocombustíveis de segunda geração estão nas florestas e não na agricultura”, explica Tasso. “Isso vai representar uma demanda e uma oportunidade incrível para as florestas brasileiras. Por isso é importante investir no setor e no conhecimento profundo do funcionamento das florestas”, completa.

Como, então, dialogar com tantos desafios? Para Tasso, as respostas estão na pesquisa e conhecimento de todo este potencial que o País tem. “Vivemos um momento curioso, onde ainda não conseguimos vislumbrar o futuro, mas isso é cada vez mais necessário para planejar o que vamos fazer hoje, no dia-a-dia”, finaliza. Em relação ao Seminário, Tasso demonstrou a importância do evento para não somente gerar o conhecimento sobre a dinâmica de florestas mas também como ferramenta para impactar nas políticas públicas.

Experiência da Bolívia

Como crescem as florestas brasileiras? Esta é uma das principais perguntas do I Seminário Nacional sobre Dinâmica de Florestas. Promovido pela Embrapa Florestas (Colombo/PR) em parceria com o Serviço Florestal Brasileiro, o evento reúne experiências e palestras de todos os biomas brasileiros com o objetivo de entender e monitorar como se desenvolvem as florestas no País.

Esta quarta-feira (25/06) está reservada para conhecer a experiência da Bolívia no acompanhamento da dinâmica de suas florestas e também como trabalham outras redes de monitoramento, tanto nacionais quanto internacionais.

Além disso, os cerca de 150 participantes também vão conhecer mais sobre o uso de bancos de dados para sistematizar as informações sobre o monitoramento das florestas. O evento contempla ainda sessões de pôsteres com experiências de todo o País e reuniões das redes regionais de parcelas permanentes de todos os biomas.

Fonte: Celulose Online divulgado no Portal do Meio Ambiente.

26 de junho de 2008

Desmatamento cai em maio, mas tendência ainda é de alta...

Em maio de 2008, de acordo com SAD, o desmatamento atingiu 294 quilômetros quadrados na Amazônia Legal. Isso representa uma queda de 26% em relação a maio de 2007 quando o desmatamento somou 397 quilômetros quadrados.

No acumulado do período (agosto de 2007 a maio de 2008), o desmatamento totalizou 4.142 quilômetros quadrados contra os 3.870 quilômetros quadrados do período anterior (agosto de 2006 a maio de 2007). Portanto, houve um aumento de aproximadamente 7% na área desmatada.

Em maio de 2008, o desmatamento foi maior no Pará (60%), seguido por Mato Grosso (17%), Rondônia (13%) e Amazonas (9%). Os demais estados contribuíram com cerca de 1% do desmatamento.

Não foi possível detectar a situação do desmatamento em 36% da Amazônia Legal por excesso de nuvens nessas áreas. A região não-mapeada corresponde ao Estado do Amapá, parte de Roraima, norte e noroeste do Amazonas, centro-norte e norte do Pará. Além disso, como o SAD só detecta desmatamentos acima de 12,5 hectares, a estimativa de desmatamento para maio de 2008 é conservadora.

A maioria (70%) do desmatamento em maio de 2008 ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. Foi relativamente expressivo o desmatamento nas Unidades de Conservação alcançando 19%, enquanto os 10% restantes ocorreram em Assentamento de Reforma Agrária. O desmatamento nas Terras Indígenas foi menor do que 1%.

A Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim (Oeste do Pará) perdeu 35 quilômetros quadrados em maio de 2008. No acumulado do período (agosto 2007 a maio de 2008), essa Flona já perdeu 44 quilômetros quadrados de floresta.

Fonte: Imazon.

Acesse aqui o último relatório. Esta e outras edições do Boletim Transparência Florestal, além de mapas e gráficos utilizando o dados do SAD, podem ser acessados de maneira interativa no ImazonGeo, um portal de geoinformação sobre a Amazônia. O objetivo do portal é fornecer informações sobre a situação, dinâmica e pressão sobre as florestas e Áreas Protegidas da região. Os dados e as (geo)informações são organizadas em mapas interativos, gráficos e relatórios. Vale o clique.

Converse com o Ed...

Faz algum tempo que conheci o Robô Ed, criado pelo site da CONPET - Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural para ajudar na difusão de idéias sustentáveis, preservação de energia e de outros recursos naturais. Aproveito a reformulação que deram no sítio para indicar aqui no Progresso. É possivel conversar com ele atráves de um chat com inteligência artificial muito legal. Experimentem clicando na imagem abaixo.

22 de junho de 2008

Sintetizando...

"A natureza não admite mentiras."

Thomas Carlyle

O que restou das florestas no mundo...

Na revista indicada no post anterior, na matéria de Evaristo Eduardo de Miranda, “Campeões de desmatamento” achei esses dois ótimos gráficos que retratam a situação das florestas primárias do mundo.

Fonte: Revista Opiniões.

Florestas e aquecimento global...

Apresento para os amigos do Progresso Verde a Revista “Opiniões” abordando entre outros temas o setor de celulose e papel, cuja missão, conforme a própria publicação, é a de ser uma vitrine de opiniões, com esforço focado na estruturação e consolidação do pensamento do empresário do agronegócio brasileiro, preocupando-se em antever situações para dissolver seus aspectos nocivos ou aproveitar os benefícios de suas vantagens.

A edição de março-maio tem como tema “O Sistema Florestal Brasileiro e as Mudanças Climáticas Globais”, assunto que muito me interessa, tema de meu projeto de pesquisa e importantíssimo para o Brasil na problemática do aquecimento global. Todos os artigos são pertinentes e de primeira linha, escritos por profissionais de renome, inclusive, internacional. Muitos poderiam – e vão – virar posts aqui no PV, mas aproveito para indicar para leitura e reflexão alguns deles. Clicando na imagem acima ou aqui você lê a edição na íntegra. Boa leitura.

Exagero de consumo...

Simplesmente... nós...

O preço do petróleo...

A escalada do preço do barril de petróleo assume contornos extremamente preocupantes. O preço do ouro negro mais do que triplicou em apenas quatro anos, ou seja, dos 30 dólares de 2003 passou para os 50 em 2004, para os 70 em 2005 e para os 100 em 2008.

E agora? As perspectivas não se afiguram muito animadoras. A crescente atividade especulativa e a desvalorização do dólar contribuem para o pessimismo reinante nesta matéria.

O petróleo é um bem muito sensível às realidades geopolíticas, facilmente comprovável no aumento do seu preço em virtude do clima de crispação entre o Irão e os EUA e, posteriormente, no clima de tensão vivido na fronteira entre a Turquia e o Iraque.

Para além dos fatores apontados anteriormente, outras causas permitem explicar o aumento exponencial do preço do petróleo, nomeadamente uma procura desenfreada levada a cabo pela Índia e China, países com grande dimensão demográfica e um elevado crescimento econômico, a invasão, ocupação e posterior instabilidade política e social do Iraque e até mesmo algumas catástrofes naturais.

A apreensão vivenciada pela comunidade internacional prende-se com as inevitáveis conseqüências deste ritmo alucinante de subida do preço do petróleo: este aumento reflete-se no crescimento econômico, com um inegável abrandamento, e na inflação, com um aumento. O constante aumento, no mercado internacional, de alguns bens essenciais, como o trigo, açúcar, café e o arroz, é disso exemplo: de Janeiro de 2007 até agora o pão já registrou uma subida de 25% , fruto do acréscimo de 124% do preço do trigo verificado na zona euro neste ano.

Aumentando o custo do petróleo aumenta necessariamente o custo da generalidade dos bens pois tudo é transportado e os bens são produzidos com recurso a energia estando esta presente em tudo o que consumimos.O abrandamento do crescimento econômico é outras das conseqüências do aumento do preço do petróleo, pois preços altos implicam menos consumo e consequentemente dificuldades para as empresas que assim não conseguem escoar a produção. Este abaixamento na produção traz consigo grandes dificuldades às empresas e invariavelmente assiste-se a um aumento das taxas de desemprego.

Aumentando o custo do petróleo aumenta necessariamente o custo da generalidade dos bens pois tudo é transportado e os bens são produzidos com recurso a energia estando esta presente em tudo o que consumimos.

O abrandamento do crescimento econômico é outras das conseqüências do aumento do preço do petróleo, pois preços altos implicam menos consumo e consequentemente dificuldades para as empresas que assim não conseguem escoar a produção. Este abaixamento na produção traz consigo grandes dificuldades às empresas e invariavelmente assiste-se a um aumento das taxas de desemprego.

Texto elaborado por Miguel Jardim, docente da ESJM.

Vi no Ecomoniz e tirei o gráfico do Acionista.

É possível viver sem petróleo?

Por Redação Akatu

O mundo se prepara para diminuir a dependência deste recurso, mas enfrenta dificuldades.

Diante da escassez anunciada, dos preços em alta e do aquecimento global, o mundo se prepara para reduzir o uso de uma de suas principais fontes de energia, o petróleo. Produtoras e distribuidoras investem em alternativas. Montadoras testam novas tecnologias para mover carros e caminhões. Mas a tarefa é difícil. Da gélida Sibéria ao tórrido deserto do Saara, não há quem dispense o uso do petróleo. A redução influenciaria a quantidade e o tipo dos bens produzidos na economia mundial – e não se está falando apenas de energia e transporte.

Formado por uma mistura de compostos, o petróleo é matéria-prima essencial nas indústrias de tintas, ceras, vernizes, resinas, extração de óleos e gorduras vegetais, pneus, borrachas, fósforos, fertilizantes e alimentos. A partir de seu refino são extraídos, entre outros, gasolina, diesel, querosene, óleo combustível, lubrificante e parafina. Além disso, as perfurações em busca de petróleo geram também o gás de cozinha, encontrado nos poços de petróleo. Assim, não é à toa que ele tenha sido apelidado de “ouro negro”: o petróleo está presente em uma infinidade de produtos.

Dados fornecidos pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) mostram que o petróleo ocupa uma posição de destaque na matriz energética brasileira, com 37% da oferta de energia primária. Apesar disso, o País começa a fazer sua lição de casa e aprende a depender um pouco menos desse tipo de combustível. É o que ocorre, por exemplo, em Betim, município mineiro conhecido como pólo da indústria automobilística e petroquímica. A cidade é modelo nacional no uso de energias limpas. Betim também participa da campanha internacional denominada Cidades pela Proteção do Clima, destinada a incentivar políticas com medidas quantificáveis para a redução de emissões locais de gases de efeito estufa como forma de melhorar a qualidade do ar e da vida.

Significa que a cidade não apenas utiliza fontes alternativas de energia, mas também se preocupa em racionalizar o uso dos combustíveis fósseis e da eletricidade. Lâmpadas a vapor de sódio, mais eficientes e econômicas, substituem as de mercúrio na iluminação pública. Leis municipais obrigam o uso de veículos oficiais do tipo flex (gasolina e álcool) e a frota de ônibus é movida a biodiesel, que contém um percentual de 2% de fonte energética renovável.

Continue lendo aqui.

Espelho parabólico de baixo custo poderá viabilizar energia termo-solar...

Nem sempre a tecnologia mais avançada é a solução ideal. Com esta idéia em mente, um grupo de estudantes do MIT, nos Estados Unidos, decidiu construir o protótipo daquele que poderá se tornar o sistema de geração de energia solar mais eficiente do mundo quando se leva em conta o custo de geração da energia.

Coletor solar com espelho de banheiro

O sistema foi montado inteiramente com peças compradas no comércio. O prato parabólico, com 3,6 metros de diâmetro, foi feito com tubos de alumínio e recoberto com espelhos comuns, do tipo usado em banheiros. Ele é capaz de concentrar a luz do Sol por um fator de 1.000, criando um foco de calor suficiente para fundir uma barra de aço.

O formato parabólico da estrutura é obtido fazendo-se furos em locais precisos nos tubos de alumínio. Quando a estrutura é montada esses furos fazem com que ela assuma automaticamente a curvatura parabólica.

Geração termo-solar de eletricidade

A idéia, porém, não é construir um forno solar, mas um sistema de geração de eletricidade. O calor será dirigido para o núcleo de um sistema de serpentinas, fazendo com que a água que circula em seu interior se transforme instantaneamente em vapor, girando uma turbina que acionará o gerador de energia.

Energia solar barata

O segredo para construir um sistema tão eficiente em termos de custos foi encontrar um tamanho ótimo para o prato coletor. Os pesquisadores descobriram que menor é realmente melhor neste caso. Ao contrário do que acontece com várias tecnologias, onde são os ganhos de escala que viabilizam sua utilização, um prato parabólico menor exige uma estrutura de suporte muito mais simples.

O resultado é que o coletor pequeno custa apenas um terço do que custaria um prato parabólico de grandes dimensões quando se compara a geração de energia por área do coletor.

O recorde de eficiência de geração de energia termo-solar - tecnicamente falando, e não em termos de custos - pertence a um coletor de grandes dimensões (veja Batido recorde mundial de eficiência na conversão energia solar-eletricidade).

Para conhecer outra solução promissora para a geração de energia termo-solar, veja Concentrador de luz torna energia solar competitiva com petróleo e carvão.

Fonte: Inovação Tecnológica.

Vem aí um novo marco regularório para energia eólica no Brasil...

A Comissão do Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) do Senado propôs na quinta-feira a elaboração de um novo marco regulatório para a energia eólica no Brasil até o dia 30 de julho. A proposta foi apresentada durante audiência pública sobre a ampliação da participação da energia eólica na matriz energética brasileira.

A elaboração do documento prevê a participação da Comissão Especial de Fontes Renováveis de Energia da Câmara dos Deputados, representantes do governo federal, estadual e municipal, a associação brasileira de energia eólica e entidades ligadas à pesquisa e à produção de energias renováveis.

"O Greenpeace vai acompanhar de perto esse trabalho para garantir que o marco regulatório seja ambicioso e impulsione o desenvolvimento da energia eólica no País", afirma o coordenador de campanhas do Greenpeace Brasil, Ricardo Baitelo.

"Este é o elemento fundamental para consolidar um mercado ainda insipiente no Brasil, mas que movimentou US$ 38 bilhões no mundo em 2007", completa Baitelo.

O marco regulatório pretende viabilizar o desenvolvimento da energia eólica no país.

"O aproveitamento do enorme potencial eólico será decisivo para a manutenção de uma matriz elétrica limpa e para a segurança energética do país. A geração hidrelétrica depende fortemente do regime de chuvas e durante o período de seca o país é obrigado a acionar termelétricas movidas a combustíveis fósseis para completar a geração. A geração eólica é mais forte justamente neste período e será decisiva para evitar as emissões destas termelétricas", explica Baitelo.

O Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês) viu com otimismo as últimas iniciativas brasileiras.

"Recebemos com alegria as notícias sobre iniciativas políticas desta semana para o desenvolvimento da energia eólica no Brasil. Tanto o encontro entre governadores e o Banco do Nordeste na segunda-feira, quanto o anúncio, na audiência da criação de uma comissão especial de energias renováveis para estabelecer o marco regulatório para a energia eólica são passos importantes", declarou Ramón Fiestas, representante do conselho.

Fonte: Greenpeace Brasil através do Portal do Meio Ambiente.

19 de junho de 2008

É possível “salvar” a Amazônia?

José Goldemberg

Há 10 mil anos as florestas cobriam uma área de quase 50 milhões de quilômetros quadrados da superfície da Terra, seis vezes maior do que todo o Brasil. Com o avanço da civilização, cerca de 10 milhões desses quilômetros quadrados foram derrubados e transformados em áreas dedicadas à agricultura, principalmente na Europa, na América do Norte, bem como em áreas com florestas de clima temperado ou boreal.

Nessas regiões o desmatamento cessou há mais de cem anos e muitas áreas foram reflorestadas, como, aliás, é o caso da Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, que fora substituída, na primeira metade do século 19, por plantações de café, sendo a madeira utilizada para lenha e carvão.

O que está ocorrendo hoje é a derrubada de florestas tropicais - que até meados do século 20 tinha sido pequena -, principalmente na Indonésia, no Brasil, na Malásia, na Tailândia e em países da África. Cerca de 100 mil quilômetros quadrados por ano dessas florestas estão sendo transformados em áreas dedicadas à agricultura ou a pastagens, quase 20% dos quais no Brasil, principalmente na Amazônia.

A expansão da fronteira agrícola nas florestas tropicais não está ocorrendo por acaso, mas é o resultado de forças econômicas consideráveis, que tentam responder à demanda crescente por alimentos no mundo e ao comércio ilegal de madeiras nobres.

Continue lendo.

16 de junho de 2008

Sintetizando...

"Em vez de internacionalizar a Amazônia, vamos amazonizar o mundo."

GTA

Equilíbrio Ecológico...

Via Rasura Livre.

As 8 coisas que você pode fazer pelo Clima...

Evitar uma tragédia maior com o Clima é dever de todos os países, todos os governos, todas as pessoas. Veja o que cada um pode fazer.
  1. Ajude a pressionar o governo.
  2. Ajude a circular pela internet matérias, opiniões e manifestos sobre o tema. Converse com os amigos e familiares.
  3. Plante árvores. Elas absorvem carbono.
  4. Troque o automóvel pela bicicleta, uma vez por semana. Se for difícil prá você, uma vez de 15 em 15 dias, ou de mês em mês.
  5. Economize energia elétrica. Isso é fundamental nos países que operam usinas elétricas à carvão ou óleo combustível. A base energética do Brasil é hidroelétrica mas o aumento demanda pode levar a construção de novas termoelétricas. Economizar energia elétrica é sempre bom para o seu bolso!
  6. Diminua seu consumo de carne. A pecuária contribui direta e indiretamente para o efeito estufa.
  7. Interesse-se pelo lixo em seu município. Se ele ainda usa vasadouro (lixão) ou um aterro que não elimine ou reutilize o gás metano, proteste e pressione a prefeitura local.
  8. Não vote em políticos de partidos que sejam contrários ao estabelecimento de metas de redução de emissões ou abriguem representantes dos setores do agrobuisness, da pecuária, dos madeireiros e dos ruralistas que desmatam e queimam a Amazônia.

CPA - COMISSÃO POPULAR DE ACOMPANHAMENTO PARLAMENTAR

Fonte: Portal do Meio Ambiente.

Manual de atitude...

A série "Manual de Atitude" é uma iniciativa de conscientização ecológica do Website Oficial Gisele Bündchen. Inspirado no "Manual de Etiqueta Sustentável", da Editora Abril, este vídeo aborda dicas simples de boas práticas ambientais em casa, na rua, no trabalho, nas viagens e na escola. A modelo também tem um blog.


“Em casa”


“Na rua”


“No trabalho”


“Na escola”


“Na viagem”

G8 apóia o lançamento de 20 projetos de CCS até 2020...

O grupo das oito maiores potências industriais, o G8, anunciou nesta semana que espera lançar 20 grandes projetos para enterrar os gases do efeito estufa (GEE) até 2010 e pretende usar largamente a tecnologia na década seguinte.

Segundo uma declaração escrita dos ministros de energia do G8, a captura e armazenamento de carbono (CCS, na sigla em inglês) tem um “papel crítico no combate das mudanças climáticas e desafios de segurança energética”.

“Nós apoiamos fortemente a recomendação de que 20 projetos de grande escala de CCS demonstrativos precisam ser lançados globalmente até 2010; tendo em vista um apoio ao desenvolvimento tecnológico e uma redução de custo para o início de um grande uso de CCS em 2020”, afirmaram os ministros do G8 no documento divulgado no último domingo.

A tecnologia seria uma saída para resolver o problema das usinas energéticas movidas a carvão, matéria-prima que responde hoje por 25% da demanda de energia primária e representa 40% da energia elétrica produzida no mundo. Somente na China, o carvão representa mais de 80% das reservas energéticas.

Continue lendo aqui diretamente no sítio do Carbono Brasil.

Manejo de Produtos Florestais Não Madeireiros...

O pessoal do PESACRE e do CIFOR, com apoio da USAID, lançou o livro "Manejo de Produtos Florestais Não Madeireiros: um manual com sugestões para o manejo participativo em comunidades da Amazônia", em versão eletrônica, com autoria de Frederico S. Machado, sendo esta uma proposta trabalhada desde 2005 e concluída no mês de junho de 2008. Quem se interessar baixe o livro aqui ou na imagem acima e divulguem.

O autor coloca que tendo em vista a importância dos produtos florestais não madeireiros e os riscos associados com o aumento de sua escala de produção, passando do uso de subsistência para uma escala comercial, torna-se fundamental o seu manejo, objetivando o controle e a diminuição do impacto de sua extração/coleta sobre a floresta e sobre as populações.

O manejo é importante também porque:

  • Mantém a floresta em pé e praticamente sem alterações, pois não envolve a morte de seus componentes (no caso de manejo sem supressão de indivíduos) – promovendo a manutenção não só de sua estrutura e funções ecológicas, como também a integralidade de sua biodiversidade;
  • É uma alternativa de desenvolvimento com bases realmente sustentáveis para áreas onde ainda haja florestas;
  • É uma forma de tornar a floresta rentável e valorizá-la ainda mais por isso;
  • É uma maneira de mostrar que as riquezas da floresta são capazes de gerar riquezas monetárias, configurando a atividade de manejo de PFNMs como um contraponto aos modelos vigentes de geração de divisas a partir do uso de recursos naturais na Amazônia – uma oposição, especialmente, à expansão da fronteira agropecuária e às atividades que promovem a emissão de gases que ampliam o efeito estufa e promovem o aquecimento global;
  • É uma atividade que valoriza e garante a continuidade de padrões culturais de povos e comunidades amazônicas;
  • É uma boa opção para complementar a renda familiar, aumentando o bem estar de povos e comunidades da floresta – considerando-se as espécies que têm mercado estabelecido ou em expansão;
  • É uma alternativa econômica que pode diminuir o êxodo rural e as taxas de desmatamento;
  • Pode gerar produtos de qualidade e exóticos, alguns deles com propriedades únicas e já com boa aceitação de mercado;
  • Em boa parte dos casos os produtos podem ser manejados de forma simples, alguns dentro das próprias práticas de extrativismo que os povos e comunidades já conduzem;
  • Promove a sistematização de conhecimentos tradicionais, explicitando-os e valorizando-os dentro e fora dos povos e comunidades florestais;
  • É uma maneira de garantir que as futuras gerações possam também se beneficiar dos mesmos recursos não madeireiros;
  • É uma forma de acompanhar ou monitorar fatores relacionados com a sustentabilidade ambiental, social, cultural e econômica da atividade;
  • Possibilita um trabalho mais organizado e com menor risco de acidentes;
  • É uma oportunidade de aprender mais sobre a floresta e suas espécies – muitas delas ainda pouco conhecidas;
  • Possibilita que grupos comunitários se capacitem e estejam socialmente organizados para assumir integralmente a atividade, autogerindo-se.

    14 de junho de 2008

    Ministério da Agricultura dá primeiro passo para "adotar" florestas plantadas...

    O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Reinhold Stephanes assina, no próximo dia 18, a ata de instalação da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Silvicultura. A solenidade acontece na sede da Embrapa, em Brasília (DF).

    A iniciativa é um marco para o setor de florestas plantadas no Brasil e confirma o interesse de Stephanes em vincular a silvicultura em sua pasta. "Eu vejo esse setor, como setor de produção. Gostaria, inclusive, de ver políticas florestais editada pelo ministério", ressaltou o ministro em entrevista exclusiva à Painel Florestal.

    Assista o vídeo

    Para o diretor-executivo da Associação Brasileira de Produtores de Florestas (ABRAF), Cesar Reis, este é o primeiro passo para o reconhecimento da silvicultura como atividade agrícola. "Estamos confiantes no papel que esse grupo poderá desempenhar discutindo políticas de florestas plantadas, tratando o setor como ele deve ser tratado", ressaltou Reis lembrando, inclusive, que essa é uma reivindicação antiga da Abraf.

    Nesse sentido tramita, na Câmara Federal, o Projeto de Lei nº 3.482, de autoria do deputado José Santana de Vasconcellos (PR-MG). Aprovado pela Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Desenvolvimento Rural, o Projeto de Lei está sendo analisado pela Comissão de Finanças e Tributações.

    "A floresta plantada é como qualquer atividade em que você planta e colhe e, além disso, preserva as matas nativas", justifica o deputado federal. Para José Santana, sob a responsabilidade do Ministério da Agricultura, o setor poderá contribuir ainda mais com o desenvolvimento do país.

    A Câmara Setorial será composta por representantes de entidades florestais de diversos estados, universidades, Embrapa, CNA, INMETRO e dos ministérios da Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Meio Ambiente e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

    Para a solenidade de instalação da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Silvicultura estão sendo esperadas as presenças de deputados federais, senadores e de entidades e instituições convidadas como SEBRAE e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

    Fonte: Painel Florestal

    Dar valor à floresta "em pé" como alternativa ao padrão de tradicional de desmatamento...

    Enquanto o lucro anual com um boi é de R$ 100, o valor do carbono emitido para o pasto crescer chega aos US$ 4.800

    Comitiva em Rondônia. Foto: Jeison T. Alflen

    Por Carlos Eduardo Young

    O pau está comendo -ou melhor, queimando- na floresta amazônica. No debate sobre o futuro da floresta, boa parte dos atores insiste em repetir antigas falas, como a necessidade de desmatar para garantir o "progresso" ou negar a realidade dos números do desmatamento. Mas existem idéias novas que podem construir o tão necessário consenso.

    A mais importante delas é dar valor à floresta conservada ("em pé") como forma alternativa ao padrão tradicional de ocupação pelo desmatamento. O conceito é simples: se o valor dos serviços ambientais gerados pela floresta for maior do que o lucro obtido com a extração predatória da madeira e com a pastagem ou cultivo implementados em seu lugar, então, economicamente, seria ilógico desmatar!

    Uma conta rápida exemplifica como a incorporação de apenas um desses serviços, a manutenção dos estoques de carbono, torna a conservação florestal economicamente atraente. Para adicionar um boi a mais na Amazônia, queima-se em média 1,5 hectare de floresta, lançando cerca de 180 toneladas de carbono na atmosfera -algo equivalente à emissão anual de duzentos automóveis, rodando mil quilômetros mensais!

    O lucro anual que o fazendeiro pode obter com o aumento do rebanho na fronteira amazônica dificilmente ultrapassará R$ 100 por animal, e o rendimento médio está bem abaixo disso.

    Mas o custo desse carbono emitido para aumentar a pastagem vale, na Bolsa de Clima de Chicago, cerca de US$ 4.800 e mais ainda no mercado europeu. Ou seja, quem está trocando ouro por espelhos não são os povos indígenas, mas a destruição causada pela nossa "marcha do progresso".

    Leia toda a matéria aqui.

    Ecologia urbana: a mudança indispensável...

    Texto de Manoel Neto e Flávio Shirahige, do Le Monde Diplomatique Brasil, publicado originalmente no site Envolverde. Boa reflexão!

    Uma das questões mais comuns que enfrentamos, face à crescente importância da questão ambiental, diz respeito à necessidade de mudarmos hábitos e padrões de consumo profundamente arraigados. Somos educados, há quase um século, em uma cultura do desperdício, dentro de uma lógica de consumo irresponsável, de industrialização predatória, baseada no pressuposto suicida de que os recursos naturais são ilimitados, da mesma forma que a energia barata.

    Porém, é cada vez mais evidente que precisamos combater a crise ecológica e transitar para outro padrão de economia, de atividade industrial e de consumo. Como fazer isso? Apresenta-se, por vezes, uma disjuntiva: ou mudanças de consciência e de hábitos práticos do consumidor (quer dizer, reeducação das pessoas e educação das crianças) ou imposição, pelos poderes públicos, de normas e regulamentos aos fabricantes, comerciantes e governos, que seriam obrigados a produzir e tratar de forma sustentável suas mercadorias e serviços. Trata-se de um falso dilema.

    É evidente que de nada adianta, por exemplo, separar o lixo para reciclagem se a coleta despejar todos os detritos misturados em um lixão! Também são inúteis legislações que, por falta de respaldo na vida prática das pessoas, não se materializem em novos hábitos e comportamentos, impactando também as atividades produtivas e comerciais. Porém, cidadãos conscientes, atuando politicamente (e não apenas numa perspectiva individual), podem respaldar e impor mudanças na legislação, normas de controle, processos de fabricação e comercializaçã o, procedimentos de fiscalização, etc. Sem isso, as leis ficam no papel.

    Tomemos um caso, destacado pelo ambientalista Washington Novaes. "No Brasil, para pilhas e baterias já existe uma resolução (nº 257) do Conselho Nacional do Meio Ambiente, que determina a entrega de pilhas e baterias que contenham cádmio, chumbo, mercúrio e seus compostos, bem como produtos eletroeletrônicos que as incluam, aos estabelecimentos que os comercializam ou à rede de assistência técnica das respectivas indústrias, para que repassem aos fabricantes ou importadores, que deverão reutilizá-los, reciclá-los ou lhes dar destinação final adequada. Mas o cumprimento ainda é escasso, mesmo com o crescimento acelerado da produção de lixo tecnológico" [1]. Esta norma continuará sendo uma legislação "pra inglês ver", com se dizia no Segundo Império, enquanto não for amplamente publicizada pelos governantes e se tornar um hábito do consumidor.

    Para evitar esse tipo de situação e também para politizar de forma cidadã as questões ecológicas urbanas, propomos o lançamento de quatro campanhas. Campanhas em que muito pode ser feito em relativamente pouco tempo, particularmente se as iniciativas dos movimentos organizados e da sociedade civil forem capazes de construir ações de grande exemplaridade.

    O decisivo é conduzir as quatro campanhas como uma ação encadeada. Isso permitirá gerar sinergia e induzir uma reflexão sobre a o consumo e o descarte dos produtos:

    1. Muitos países têm substituído o uso de sacos plásticos por sacolas e mochilas ou, no limite, por sacos de papel. Campanhas em torno desse tema já vêm sendo desenvolvidas, assim como propostas de restrição ao uso dos sacos plásticos. Mas as iniciativas só prosperarão com uma ampla difusão de informações sobre o caráter nocivo deste tipo de produto - o que exige a participação ativa do comércio, a começar pelas grandes redes varejistas. Precisamos consolidar as campanhas fazendo com que saiam do âmbito individual e sejam assumidas pelos governos, regulamentando e limitando legalmente a utilização das sacolas.
    2. O mesmo se passa com a substituição das lâmpadas incandescentes por lâmpadas frias, muito mais eficientes na relação entre o consumo de energia e a iluminação obtida. Foi um processo iniciado no Brasil no período do "apagão", mas depois abandonado pelo desleixo governamental. Esta é uma campanha central de conscientizaçã o da sustentabilidade em países como Cuba e Venezuela. Os governos dos países centrais também estão adotando legislações que banem a fabricação de lâmpadas incandescentes. São propostas que deveriam ser seguidas também pelos governos federal, estaduais e municipais, além de empresas.
    3. Um terceiro desafio é reverter a tendência ao aumento do consumo da água engarrafada. Este costume arraigou-se profundamente por todo o mundo, já que a água destas garrafas passou a ser vista como segura contra contaminação. Isso até pode ter sentido em países onde os sistemas de tratamento de água são precários, mas não é o caso dos países centrais nem na maior parte do Brasil, onde filtros ou bebedouros são igualmente seguros. Valorizar a água encanada é o primeiro passo de uma mudança que terá que afetar todas as embalagens de plástico, as de maior impacto ambiental.
    4. É igualmente indispensável recolher todo material descartado que seja tóxico ou nocivo ao meio ambiente - o que inclui produtos inertes, mas com alto impacto ecológico. É o caso do óleo de cozinha (cuja coleta já é objeto de campanha de uma ONG), de pneus, mas também garrafas de pet, sandálias de plástico e materiais similares. Deve-se, para tanto, fazer valer o que a legislação já estabelece para pilha e baterias, estendendo estes procedimentos para computadores, celulares, eletrônicos, televisores e eletrodomésticos em geral. Isso pode ser agilizado pelos governos municipais e estaduais, com o estabelecimento de postos ou centros de coleta destes materiais, em colaboração com os fabricantes e grandes varejistas. O seu sentido não é somente técnico, mas político, de conscientizaçã o da população e mudança de hábitos de consumo e relações com os processos produtivos e o meio ambiente.

    Estas quatro questões devem ser objeto de campanhas cidadãs, com o apoio de empresas (que, em geral, se envolvem nestas atividades como relações públicas) e governos, difundindo a consciência da relação entre padrões de consumo e defesa do meio-ambiente. O mais decisivo, porém, é conduzirmos estas campanhas particulares como uma ação encadeada. Isso permitiria gerar sinergia entre os vários movimentos e induzir uma reflexão sobre a necessidade do consumo e do descarte dos produtos. Tudo isso deve ser trabalhado com uma meta política geral e culminar no desestímulo e proibição da produção e uso de bens de alto impacto ambiental e na generalização da reciclagem dos bens e resíduos descartados como lixo.

    Graças ao Educom Verde.

    Preservar está na moda...

    Vídeo campeão do premio Jovem Talento, do premio Gazeta de comunicação 2008. Por Thalles Viola Trouva e Willian Sampaio.

    Vi no UEBAS.

    Sintetizando...

    "Pensar globalmente, agir localmente".

    Princípio da sustentabilidade

    Programas de educação ambiental...

    Vou indicar duas ótimas dicas de softwares de educação ambiental que descobri navegando na rede. Iniciativas louváveis de cidadãos – ou organizações – de bem preocupados em divulgar os princípios ambientais para nossas crianças.

    O primeiro é o CD-ROM "Nossos Bichos: Mamíferos do Pantanal", idealizado pela Embrapa Pantanal e a Conservação Internacional (CI) disponível no sítio da Embrapa Pantanal. São dois jogos interativos sobre os mamíferos do pantanal onde é possível conhecer muitas informações como pegadas, sons e características de diversas espécies. O CD contém ainda um arquivo com informações adicionais de cada animal citado com o objetivo de apoiar os professores na sala de aula, além de uma bibliografia adicional para aquele que desejar se aprofundar no conteúdo.

    O material estará disponível para download aqui e será baixado na forma de arquivo zip. Depois de extrair o conteúdo basta abrir a pasta e clicar no arquivo denominado "inicio". Leia aqui a notícia do lançamento do CD.

    A outra iniciativa é o guia de educação ambiental da Fundação Movimento OndAzul, uma organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP que nasceu em 1990 com a missão de promover e participar de ações visando a preservação, conservação e a otimização do uso sustentado das águas brasileiras e ecossistemas associados. Uma iniciativa de Gilberto Gil, estimulado pelos resultados conquistados por um movimento ambientalista que liderou no ano anterior: o Movimento OndAzul.

    O joguinho é muito massa – literalmente, pois é apresentado por um bonequinho de massinha de modelar – e conta com vários tópicos como “o espaço onde moramos”, “as cidades vem crescendo” e “vida urbana e meio ambiente sustentável” entre outros. Aqui você baixa o jogo, que também pode ser jogado online, sem a necessidade de download.

    Enjoy!

    Nova argamassa ambiental para construção civil...

    Saiu no Portal do Meio Ambiente. O Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) e o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), órgãos do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), desenvolveram projeto de uma argamassa ambiental. Segundo as instituições, trata-se de alternativa ecológica e econômica às 720 toneladas de resíduos finos (“pó de rochas”) lançadas mensalmente pelas serrarias de rochas ornamentais nos riachos e rios do município de Santo Antônio de Pádua (RJ).

    O resultado prático do estudo dos dois institutos de pesquisa foi a inauguração, nesta quarta-feira (11/06), da primeira fábrica de argamassa ambiental no Rio de Janeiro.

    A empresa Argamil investiu R$ 8 milhões na instalação da fábrica em Santo Antônio de Pádua, e o Banco de Fomento do Rio de Janeiro (Investrio), R$ 2 milhões para viabilizar o projeto. A fábrica tem capacidade de produzir 1,24 tonelada por mês do produto.

    Cetem e INT avançaram na pesquisa da argamassa ambiental a partir da utilização dos resíduos produzidos pelas serrarias que cortam, à beira dos rios, rochas conhecidas como pedras miracema e madeira, para aproveitamento em revestimento de pisos e paredes na construção civil.

    A nova técnica, além de reciclar a água poluída, gera um resíduo sólido que, após secagem, pode ser utilizado na formulação da argamassa. Segundo o Cetem, a argamassa ambiental permitirá economia de outras substâncias minerais como a cal ou o calcário, que serão substituídos pelo pó de rocha na formulação da argamassa.

    A implantação do projeto do Cetem, em colaboração com o Departamento de Geologia da UFRJ e do Instituto Nacional de Tecnologia, modificou quadro socioeconômico e ambiental no município fluminense de Santo Antonio de Pádua, um dos mais pobres do Estado. Com a atualização de tecnologia, preparo de mão-de-obra e atualização de gestão, o projeto reconduziu à formalidade 76 pedreiras e 82 serrarias ameaçadas de fechamento, na cidade que tem na mineração de rochas ambientais a principal fonte de geração de emprego e renda.

    Além disto, o Centro encontrou alternativa ecológica e econômica para as 720 t de resíduos finos (poeira das rochas) que eram lançadas mensalmente nos rios locais: a argamassa ambiental, com aproveitamento no revestimento de pisos e paredes na construção civil, produto 30% mais barato que o convencional.

    Mais informações no sítio do CETEM.

    Reino Unido e Irlanda sugerem comércio de carbono para cidadãos...

    Campanhas educativas não fazem você esquecer que é preciso diminuir o consumo de combustível, economizar água e desligar a luz; porém nunca ninguém exigiu um pagamento pelos excessos de consumo destes bens, certo? Pensar que ações ambientalmente corretas são atitudes meramente voluntárias está com os dias contados com os primeiros indícios de um mercado de carbono para cidadãos.

    Dois países vizinhos, Reino Unido e Irlanda, lançam propostas para dividir a responsabilidade pela redução de gases do efeito estufa (GEE) com seus habitantes. O Reino Unido inicia nesta semana um sistema experimental no estilo ‘cap-and-trade’ (captura e comércio) para pessoas físicas, já a Fundação para Sustentabilidade Econômica (Foundation for the Economics of Sustainability - Feasta) sediada em Dublin, na Irlanda, propõe um sistema de comércio de carbono que limitaria o consumo de combustíveis fósseis, o ‘cap-and-share’ (captura e compartilhamento).

    Veja aqui, na matéria do Carbono Brasil a iniciativa dos dois Países.

    13 de junho de 2008

    Pense de novo - desmatamento...

    Desmatamento é o tema do segundo vídeo da trilogia Pense de Novo do WWF.

    A estratégia é mudar o sistema...

    Dedicada à causa ambiental, dos direitos das minorias e pela paz entre as nações, a economista Amyra El Khalili realiza projetos que buscam desenvolver uma economia solidária.

    Por Léia Tavares

    Atuando por duas décadas no mercado de capitais, trabalhando como operadora da BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros), a economista Amyra El Khalili já realizou transações gigantescas, negociando contratos e títulos, também moedas, ouro, petróleo, gado, café e outros insumos. De ascendência palestina – seu pai veio refugiado do Oriente Médio em 1960 – e tendo conhecido a fundo as mazelas sociais e os mecanismos perversos de exploração da natureza, também do homem pelo homem, Amyra sempre esteve engajada na luta pelos direitos das minorias, pelo equilíbrio ambiental e, principalmente, pela paz, razão pela qual já foi indicada para o Prêmio Bertha Lutz, 2007, e o Prêmio Mil Mulheres, ao Nobel da Paz, 2004.

    Lidando diretamente com as grandes especulações internacionais e conhecendo a fundo esse jogo em que tanto se ganha como se perde milhões num mesmo dia, ela passou a estudar a relação direta entre as guerras e o mercado financeiro: “Percebia que a cada vez que o petróleo subia, estourava uma guerra em algum lugar, o que, conseqüentemente, tinha correlação direta com a morte de pessoas. Quando os banqueiros estão ganhando dinheiro de um lado, proporcionalmente estão morrendo milhares do outro”. Isso serviu para aproximar Amyra das questões que envolvem o ambiente e o desenvolvimento sustentável. Não compactuando com a frenética atividade predadora do mercado financeiro, preferiu lançar-se a novos desafios, dentre eles o de fazer valer a ética nas macrorrelações econômicas. Se havia quem estivesse lucrando com o petróleo e as guerras, sua proposta foi a de desenvolver um modelo econômico mais justo e solidário.

    E foi assim que ela, em 1996, fundou o projeto B.E.C.E. – Brazilian Enviromental Commodities Exchange, sigla em inglês para Bolsa Brasileira de Commodities Ambientais, que tem como base o tripé educação, informação e comunicação. Com sua união a REBIA, Rede Brasileira de Informação Ambiental, formou-se a parceria BECE-REBIA. O projeto B.E.C.E. busca estimular não apenas a produção de pequenos agricultores como também desenvolver atividades de valorização cultural de pequenas comunidades. Todo o trabalho desenvolvido por sua organização pode ser melhor conhecido no Portal do Meio Ambiente, bem como por meio de sua publicação, a Revista do Meio Ambiente. Amyra acredita que só por meio da informação é que poderemos construir uma economia mais solidária, respeitando-se as diferenças culturais, multirraciais e religiosas. Mas para isso é preciso uma nova consciência no meio econômico.

    Leia aqui a entrevista com Amyra El Khalili.

    Por que continua o desmatamento na Amazônia?

    Após três anos de queda, a retomada no ritmo de desmatamento na Amazônia, verificada no último semestre de 2007, agora se confirma com os dados divulgados tanto pelo Inpe quanto pelo Imazon — Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, para o mês de abril de 2008. O aumento é explicável sobretudo pela alta nos preços de produtos como soja e carne. A floresta está sendo derrubada porque, a curto prazo (e para alguns segmentos econômicos) a agropecuária é mais lucrativa do que opções tais como o manejo sustentável, que permite a retirada de madeira e outros produtos sem destruição ambiental. Para entender por que estamos encalhados há mais de três décadas na busca de solução efetiva para esse problema, é preciso conhecer suas causas.

    O desmatamento é relativamente recente na história amazônica. Foi impulsionado a partir da década de 70 pelo governo federal por meio de incentivos para a ocupação da região. Passou de 0,5% do território da floresta original, em 1975, para quase 18% — ou mais de 740 mil quilômetros quadrados — até 2007, área equivalente à soma dos estados de Minas Gerais e Paraná. Além disso, da floresta remanescente estima-se que cerca de um terço já tenha sofrido algum tipo de pressão, como exploração madeireira predatória e incêndios. Isso significa que a situação é muito mais crítica do que sugerem os dados do desmatamento recém-divulgados.

    Por que o desmatamento persiste na Amazônia? A explicação mais plausível é que ele gera benefícios econômicos e políticos para segmentos que lá atuam. O Imazon chama isso de padrão “boom-colapso”: nas novas áreas desmatadas (municípios de fronteira), ocorre rápido e efêmero crescimento na renda e no emprego, porém com altos custos em termos de violência rural e degradação ambiental. A médio prazo, em geral após uma década, os indicadores socioeconômicos pioram e esses municípios entram em colapso social, econômico e ambiental. É o pior dos mundos — natureza destruída e manutenção ou agravamento da pobreza.

    Leia aqui todo o artigo de Adalberto Veríssimo.

    A questão da antropização da Amazônia vai além da extinção de espécies...

    Fronteira Rondônia/Mato Grosso. Foto: Jeison T.Alflen
    A extinção de uma espécie é um fato cruel, porém nos constantes e famigerados desmatamentos aqui na Amazônia onde diversas espécies arbóreas podem vir a ser extintas, toda comunidade é atingida. Desde o seu nível mais elementar, como a comunidade bacteriana, ao maior dos animais que habita o ecossistema. Não bastasse a erradicação de espécies nativas, estimula-se a proliferação de espécies exóticas cujas conseqüências ao meio são, muitas vezes, desconhecidas.

    Da mesma forma que a extinção se dá em todos os níveis, a introdução de espécies afeta profundamente o meio ambiente. Desde espécies arbóreas exóticas, como a teca e animais de produção de grande porte, como os búfalos, passando pelas culturas anuais, como o café ou a soja, chegando também às comunidades microbianas, sob a forma de novos patógenos ou ainda de agrotóxicos, por exemplo. A conseqüência dessas duas intervenções são igualmente preocupantes e desconhecidas.

    Observemos todas as etapas de queda de uma floresta: a derrubada de apenas uma árvore produz um efeito em cadeia semelhante, mantidas as devidas proporções, a uma bomba nuclear. Vários nichos são perdidos automaticamente, desde a vida que se sustenta no alto dos galhos, que possui um ecossistema próprio e único, até as interações que ocorrem ao nível do solo e necessitam tanto da sombra providencial quanto do substrato para sustentação.

    Pensar na perda de um desses exemplos é alarmante, mas pensar que todos os mecanismos estão conectados e que a alimentação de todos componentes vivos das partes estão intimamente ligados, para ficar em um exemplo mais óbvio, nos dá uma atmosfera de desolação total. A queda daquela árvore representa agora a queda de dezenas, centenas ou milhares de nichos ecológicamente interligados. A queda de toda floresta amplifica de forma definitiva a tragédia.

    Araras na região de Costa Marques/RO. Foto: Jeison T.Alflen

    Mas, infelizmente, não para por ai. A introdução não apenas de outras espécies, mas de novas interações com o meio são como “um tiro no escuro” nas áreas deflagradas. A compactação produzida pela esteira do trator, o monóxido de carbono liberado pela combustão de seu motor são exemplos disso. De alguma forma, em maior ou menor grau, o meio ambiente está sendo afetado e incentivado a se manifestar e adaptar buscando novamente o equilíbrio. Isto não é de todo mal e é um dos fundamentos da seleção natural e da evolução. Entretanto, para que obtenha sucesso é necessário que o substrato básico se mantenha, e não é isso que temos observado na constante supressão de qualquer condição de suporte às espécies mais avançadas, restando, muitas vezes, substrato para proliferação apenas de microorganismos.

    A inserção de novas espécies animais, vegetais ou microbiológicas, da mesma forma que a retirada dos atores do ecossistema através da degradação de áreas nativas altera profundamente a relação entre as espécies, principalmente através da alimentação e refúgio. Assim como as espécies que não sucumbiram à violência da supressão da vegetação de um local buscarão novos habitats para viverem, novas espécies começarão a habitar o ecossistema impactado, causando descontrole de toda cadeia e conseqüente desequilíbrio ambiental.

    Esquece o homem que é apenas mais uma espécie integrante desse mecanismo. Assim como agente fomentador de todo desequilíbrio, sofre com as adaptações promovidas pelo meio ambiente na desesperada luta para sobreviver. Se a mudança no comportamento da microfauna do solo não impressiona, alterações no regime de chuvas, para ficar novamente em um exemplo mais óbvio e veiculado, colocam o homem a par dos efeitos de suas ações.

    Recentemente li em um artigo o desabafo de um produtor autuado e “injustiçado” que justificava toda degradação de nosso patrimônio ambiental como conseqüência do progresso. Teríamos que “ter paciência”. Na verdade, à medida que sentimos no dia a dia os efeitos de nossa interferência no planeta, estamos caminhando um passo em busca da correção da situação e, o que é mais importante, na construção de uma sociedade mais sustentável.

    9 de junho de 2008

    Amazônicas...

    By Rasura Livre.

    Interromper a destruição de florestas tropicais é fundamental para reduzir o ritmo das mudanças climáticas...

    As pessoas têm um bom entendimento da ligação entre a destruição das florestas tropicais e a mudança climática, mas contam com soluções e liderança de governos, de acordo com uma nova pesquisa patrocinada pelo Projeto de Florestas Tropicais do Príncipe (PRP).

    De acordo com os principais resultados de um programa de pesquisa independente de mercado conduzido por Lippincott no início de 2008 no Reino Unido, Estados Unidos, França e Alemanha:

    • Os consumidores entendem as conseqüências do desmatamento na mudança climática – em média, 56% das pessoas de todos os países estão conscientes de que esse fator contribui mais para a emissão de gases de efeito estufa do que todo o setor global de transporte.
    • Preservar as florestas tropicais é visto como prioridade que só fica atrás da mudança para o uso de energia renovável, entre os fatores com maior potencial prático para reduzir o ritmo de mudança climática.
    • Dois terços (67%) acreditam que os governos têm um papel fundamental no desenvolvimento de soluções para ajudar a lidar com o problema da mudança climática.

    Leia toda matéria aqui.

    Fonte: Portal do Meio Ambiente

    Mudança climática: estudo da KPMG identifica quatro riscos às empresas...

    Estudo da KPMG International, intitulado Climate Changes Your Business, identificou quatro riscos às empresas relacionados à mudança climática: normativo, reputacional, físico e de litígios. Concluiu-se também que tais riscos devem pesar cada vez mais no futuro. Eles se materializam, independentemente dos índices atuais de alterações no clima.

    A pesquisa é baseada em análise autorizada de 50 estudos publicados que abordam os riscos comerciais e os impactos econômicos no geral da mudança climática em âmbito setorial. Dos quatro riscos apurados, o mais citado (presente em 72% dos relatórios) foi o relacionado à legislação.

    Empresas e setores que falham em se adequar a um ambiente empresarial mutante criado por novas leis e normas enfrentam desvantagens competitivas, ao mesmo tempo em que incertezas regulatórias dificultam o planejamento das empresas. Já o risco físico foi abordado por metade dos estudos analisados. Entretanto, a maioria deles se refere exclusivamente a impactos diretos em eventos relacionados ao clima. O potencial indireto e os riscos de longo prazo são menos discutidos. Continue lendo.

    Fonte: Administradores.com.br

    Mudando os hábitos de consumo...

    Compilo aqui algumas dicas para mudar nossos hábitos de consumo visando minimizar nossa influência quanto às mudanças climáticas.

    A primeira dica é o sítio do IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). Neste especial diversas informações sobre vários aspectos do impacto ambiental nos dias de hoje, como por exemplo o que você pode fazer no dia a dia para combater o desmatamento, para economizar energia, para minimizar as emissões provocadas pelo transporte, e para reduzir a produção de lixo.

    O IDEC propões uma mudança radical. Existe um princípio no direito internacional que se aplica à questão das mudanças climáticas não apenas entre países, mas também para definir qual deve ser a divisão de trabalho entre governo, empresas e consumidores: responsabilidades comuns, mas diferenciadas. Queremos dizer que os consumidores têm papel fundamental, mas dependem de alternativas que devem ser estimuladas por políticas públicas conduzidas pelo governo e implementadas pelas empresas, que devem ofertar produtos e serviços “sustentáveis”, ou seja, com menor impacto social e ambiental negativo.

    De qualquer maneira, é importante ressaltar que os hábitos do consumidor são uma parte do problema (e da solução). É preciso que governos e indústrias - os quais o consumidor pode, evidentemente, pressionar - contribuam para uma mudança radical nos padrões de produção e consumo.

    As pessoas no mundo desenvolvido, como em alguns países e cidades em desenvolvimento – de Manchester e Manhatan a Moscou e Mumbai – podem desde já começar a “deixar o hábito”, segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

    Algumas medidas simples podem reduzir à metade as emissões diárias de CO2 de um indivíduo, com a possibilidade de cortes ainda maiores se alguns setores, como os fornecedores de energia, automobilíticos, aviação e fábricas de eletrodomésticos, contribuírem mais para um estilo de vida global mais ecológico.

    Pesquisas demonstram que, por exemplo, se cada passageiro de uma empresa aérea reduzisse para menos de 20kg o peso dos bens e pertences carregados e comprassem aquilo que necessitasse ao chegar, no “duty-free” do saguão de chegada, poder-se-ia reduzir anualmente aproximadamente dois milhões de toneladas das emissões de dióxido de carbono. Leia aqui mais sobre pequenas escolhas para reduzir nosso impacto.

    A campanha da ONU intitulada "Deixe o vício do CO2" sugere, entre outras atitudes, que o consumidor coma menos carne de boi e mais verduras, não use escova elétrica para escovar os dentes e desligue seu computador quando não o estiver usando.

    O foco da campanha são os consumidores que andam a pé, que não precisam fazer "grandes mudanças, ou grandes sacrifícios", para reduzir pela metade sua cota individual de emissões de gases nocivos ao ambiente, de acordo com o Pnuma, que escolheu a Costa Rica para lançar a iniciativa. Leia mais aqui.

    No Folha Online li que o IEA pede "revolução tecnológica" contra emissões de CO2. Segundo a agência, o mundo deve destinar 1% de seus recursos anuais para reduzir à metade as emissões de gases que provocam o efeito estufa até 2050, anunciou a IEA (Agência Internacional de Energia, na sigla em inglês), que pediu "uma revolução tecnológica" para combater o aquecimento global.

    Caso não sejam adotadas medidas, as emissões de CO2, um dos principais gases que provocam o efeito estufa, aumentarão 130% até meados do século e a demanda de petróleo subirá 70%, revelou a IEA em um relatório divulgado em Tóquio.

    Para reduzir à metade as emissões de CO2, o mundo deveria gastar 45 bilhões de dólares adicionais para desenvolver tecnologias energéticas limpas, ou seja, 1% do PIB (Produto Interno Bruto) médio do planeta, calculou a IEA. "Não há dúvida alguma de que alcançar o objetivo de 50% de redução de emissões constitui um desafio formidável", declarou o diretor executivo da agência, Nobuo Tanaka.

    Saiba mais: