30 de maio de 2008

Verde é tuo...

Comercial deveras sem noção mostrando que na década de 70 já havia preocupação com o meio ambiente. Detalhe para as crianças "surrando" a planta no vaso.

Lavando e andando...

Parece piada, mas é um conceito interessante, embora um sistema encanado de filtragem para reutilização da água deva ter mais futuro. Washup é uma combinaçao de máquina de lavar roupas e vaso sanitário que tem como principal objetivo o aproveitamento da água. Após a lavagem das roupas, a água usada é armazenada num compartimento do vaso e utilizada na descarga.

Fonte: Caixa Preta

Amazônia, Mudanças Climáticas e o Cinismo dos Muito Ricos...

A origem do fundo descrito no post abaixo, de uma reserva para aplicação em meio ambiente constituído pelo governo da Noruega com uma taxação sobre a exploração de petróleo no Mar do Norte, está presente abaixo no ótimo artigo de Luiz Prado. Não acho que as negociações de compensação e flexibilização são verdadeiramente "licenças" para poluir, mas servem para fomentar iniciativas em busca de um planeta um pouco mais sustentável. Ou você acha que a Noruega, na inexistência do Protocolo de Quioto, deixaria de explorar os novos campos de petróleo? Toda a questão serve para desenvolver um pensamento reflexivo de todo o "mercado verde" que possui apenas dez anos de existência. Muita água vai rolar por baixo dessa ponte.

Amazônia, Mudanças Climáticas e o Cinismo dos Muito Ricos...

Por Luiz Prado

As empresas de navegação dos países nórdicos e canadenses estão felizes com as mudanças climáticas: já duplicaram, na úlltima década, e ampliam-se rapidamente as condições de trânsito dos grandes cargueiros por rotas do Ártico que até recentemente permaneciam fechadas pelo gelo durante a maior parte do ano. Até mesmo o trâfego de carga de Nova York a Yokohama (Japão) poderá ser feito por distâncias significativamente menores: de 25.000 km através do Canal de Suez ou 18.500 km pelo Canal do Panamá para 15.000 km pelas “novas” rotas do Ártico. “O uso comercial dessas rotas é questão de tempo” - comemoram os executivos dessas empresas, ainda que as condições de segurança ideais possam requerer mais 5 anos de derretimento da calota do Polo Norte.

“Com reservas petrolíferas que já foram estimadas pelo Kremlim em 586 bilhões de barris - algo em torno de 100 vezes maior do que o potencial do mega-campo brasileiro de Tupi -, o mar de Barents, entre a Noruega e a Rússia, poderá em breve se transformar em um novo eldorado energético e já afeta as estratégias de defesa desses países” - informa o jornalista Daniel Rittner, de Estocolomo, em publiação do Valor Econômico de 19 de maio de 2008. A Noruega já encomendou 48 novos caças militares para proteger essas rotas.

Para os “verdes”, que não gostam de Real Politik ambiental, vale dizer que nos dias 27 e 28 de maio, reuniram-se, na capital da Groenlândia, Illulissat, representantes da Rússia, Canadá, EUA, Dinamarca e Noruega para discutir o controle das reservas petrolíferas e minerais que se abrem rapidamente à exploração comercial em decorrência do degelo. “Cientistas norte-americanos estimam que na região encontram-se 25% das reservas mundiais de petróleo e gás natural”.

A Groenlândia é um “estado” autônomo da Noruega. Nos termos dos tratados internacionais em vigor, cada país tem direitos exclusivos sobre a exploração dos recursos naturais numa faixa de 200 milhas. Mas qualquer país pode ir além desses limites se provar que a sua plataforma continental é mais extensa.

Esses países pretendem abocanhar o maior pedaço possível dessa áreas alegando tratar-se de um prolongamento de suas plataformas continentais. Na prática, as possibilidades maiores são da Rússia, do Canadá e da Dinamarca, mas os EUA não se contiveram e enviaram a tediosa Condoleezza Rice à reunião.

Lutam para queimar mais petróleo, principal causa das mudanças climáticas, e falam em proteger a Amazônia e a biodiversidade. Maior cinismo é impossível. Sobretudo quando a Noruega anuncia que será a primeira doadora do Fundo Brasil Amazônia para a proteção das florestas. Doará talvez o equivalente ao preço dos caças militares comprados para proteger os seus interesses nas jazidas de petróleo agora acessíveis em decorrência do degelo no Ártico.

***

A Anistia Internacional divulgou relatório falando sobre terras indígenas e silenciando sobre o genocídio cometido pelos norte-americanos no Iraque, bem como sobre a decisão dos EUA de expandir as prisões abusivas do tipo Guantánamo para outros países. Dose adicional de cinismo no tabuleiro das relaçôes internacionais.

Fonte: Luiz Prado Blog.

29 de maio de 2008

Fundo Amazônico...

Nem bem terminei de definir o tema do artigo para minha pós em engenharia ambiental, eis que surge o assunto do "avoided deflorestation" no BNDES. Ainda não é um mecanismo de flexibilização, mas estamos no caminho. Mr. Fearnside agradece.

A semana que vem promete. Além dos números sobre o desmatamento, sai o decreto de criação do Fundo Amazônico, que será gerido pelo BNDES e receberá dinheiro de doações para ser distribuído para atividades que ajudem a conter o desmatamento da região.

No dia 5, o conselho do Fundo Amazônico e sua regulamentação também serão revelados ao distinto público. O conselho, em outros tempos, seria chamado de saco de gatos. Vai ter de fazendeiro a ambientalista, de índio a empresário e de acadêmicos a técnicos do governo. É uma salada que pode dar certo.

Em 2 meses, o fundo estará apto a receber dinheiro. O primeiro a entrar virá do bolso do governo norueguês. Serão 500 milhões de dólares ao longo de cinco anos. Os recursos são de uma reserva para aplicação em meio ambiente constituído pelo governo da Noruega com uma taxação sobre a exploração de petróleo no Mar do Norte. O governo brasileiro bem podia copiar a idéia.

O fundo não irá enriquecer ninguém, a não ser a si próprio. A partir de uma média de desmatamento nos últimos dez anos, ele terá condições de captar doações toda a vez que a taxa anual de derrubada na Amazônia ficar abaixo desse número. Vai funcionar mais ou menos assim: a cada tonelada de carbono não emitida por conta da redução do desmatamento, o Brasil terá direito de captar junto a doadores 5 dólares.

Fonte: O Eco

Infográfico: o que polui?

Fonte: Blog Ecodebate

IPVA verde?

Segundo pesquisas realizadas recentemente, pelo menos 40% do que ganhamos são destinados pra pagar impostos. Todos sabem que esse dinheiro na maior parte dos casos não vai pros lugares devidos e pra piorar ainda mais, tem imposto que a gente paga duas vezes. Enfim, tá tudo errado e o IPVA é um dos impostos errados que deveria ser repensado para a realidade de hoje em dia.

Hoje paga-se uma média de 4% do valor do carro todo ano. Carros com mais de 20 anos são isentos. Não vou dizer que é culpa do IPVA, mas ele acabou sendo mais um incentivo para comprarmos carros poluentes. Calma, deixa eu colocar meu ponto. Um cara que compra um carro diesel novo - que polui muito mais o ar e com o barulho, agrava a poluição sonora - paga menos imposto (proporcionalmente) que um popular a álcool, por exemplo. Uma caminhonete a gasolina, consome muito mais que um carro japonês, polui muito mais, e o imposto é o mesmo. Sem falar nos carros velhos, que gastam e poluem muito mais que qualquer outro, tanto o ar como poluição sonora e muitas vezes são isentos de IPVA.

O imposto sobre automóveis em pleno 2008 deveria levar em conta além do valor da caranga, a poluição sonora, a poluição do ar e a utilização de materiais recicláveis na produção. Um carro que polui mais deveria pagar mais imposto que um que polui menos. E faço “mea culpa”, me incluo no perfil dos poluentes com o meu carro, já prometi que vou me desfazer dele e ficar só de bike ainda esse semestre. Agora que eu deveria pagar mais imposto por ele poluir mais que outros, deveria.

Fica a sugestão para os políticos que vem aí esse ano.

Fonte: Update or Die

Sintetizando...

“Nós abusamos da terra, pois consideramos que ela nos pertence. Quando virmos a terra como uma comunidade à qual pertencemos, poderemos começar a usá-la com amor e respeito.”

Aldo Leopold

Floresta Amazônica está em crescimento contínuo...

REBIO Jaru/RO. Foto: Jeison T. Alflen.

Estudos realizados no âmbito do Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) vêm demonstrando há anos que na Floresta Amazônica entra muito mais carbono do que sai. Agora sabe-se também que esse carbono seqüestrado é utilizado para manter a floresta em crescimento contínuo, desafiando a teoria clássica da ecologia sobre o clímax ecológico, pela qual um ecossistema maduro está em permanente equilíbrio – portanto, com biomassa constante.

A pesquisa mostra que manter a floresta em pé é importante não somente para não liberar mais carbono, mas também porque as matas estão limpando a atmosfera de gases de efeito estufa. Esse fator ressalta o papel das matas como prestadoras de serviços ambientais.

“Há cerca de dez anos percebemos, através das torres de fluxo de carbono instaladas acima da copa das árvores na Amazônia, que na maior parte havia seqüestro de carbono pela floresta. No entanto, a metodologia é relativamente recente e precisávamos de comprovação no terreno. A melhor delas é através de medidas biométricas, ou seja, acompanhar o crescimento das árvores, através do aumento dos troncos ano a ano em parcelas permanentes. Foi o que fizemos com os inventários da Rede Amazônica de Inventários e Levantamentos Florestais (Rainfor)”, conta o pesquisador Flávio Luizão, especialista em ciclos biogeoquímos (reciclagem de nutrientes), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

A Rede monitora mais de 200 parcelas permanentes em toda a Amazônia biológica, no Brasil e países vizinhos, algumas delas há mais de dez anos. E demonstrou que, apesar de índices diferentes conforme a região, a floresta continua crescendo e absorve, em média, entre 0,5 e 1 tonelada por hectare/ano de carbono. “É uma quantidade imensa sendo seqüestrada que, por enquanto, está anulando o carbono emitido pelas queimadas na região. Mas isso não significa que vai se manter assim. Se o ritmo de desmatamento acelerar, o quadro pode mudar”, diz Luizão.

Embora os estudos ainda não indiquem uma relação direta entre desmatamento e diminuição das chuvas (a não ser em pequena escala), o biólogo do Inpa ressalta que o desmatamento altera o regime de formação de chuva, o que deve interferir na sua distribuição, “o que já é grave o suficiente”, acredita. Além disso, existem limites para as quantidades de carbono que a floresta pode absorver para crescer, o que torna a criação de mecanismos de conservação tão emergencial.

Segundo o pesquisador, nas regiões mais chuvosas e com solos mais férteis o crescimento da floresta (e a conseqüente absorção de carbono) é muito maior do que na região sul da Amazônia, como o norte do Mato Grosso, onde o crescimento é muito baixo e, em alguns pontos, próximo de zero. “Atribuímos esse resultado às características dessas florestas, que estão em uma área de transição com o Cerrado, menos úmida por natureza”.

Além da quantidade de carbono na atmosfera e a extensão das estações secas, a qualidade do solo também parece ser importante para o aumento da biomassa da floresta. Isso acontece porque, ao fazer fotossíntese, a planta fixa carbono, mas para isso usa o gás carbônico da atmosfera, água e nutrientes do solo. Se o solo não é fértil, ela não tem capacidade de crescer e seqüestrar carbono.

O próximo passo da Rainfor, conforme Luizão, será investir no estudo da presença de carbono no solo, já que com o crescimento da floresta, uma maior quantidade de carbono pode estar sendo retida através da massa das raízes e do maior volume de matéria orgânica produzido.

Programado para durar quatro anos, o projeto deve ter início nos próximos meses e terá o pesquisador do Inpa como um dos líderes, já que vai coordenar no Brasil a análise de amostras de solo de toda a Amazônia.

Fonte: Clima em Revista

Clique aqui para conhecer mais sobre o LBA.

Herbário eletrônico...

O setor de botânica da Cedro Assessoria Ambiental está desenvolvendo uma lista de aproximadamente 500 espécies exóticas e nativas da flora brasileira com registros fotográficos e localização das mesmas.

A empresa está priorizando a publicação de indivíduos com registro fotográfico que contenham flor e fruto para auxiliar na identificação das espécies. Os dados estão agrupados por ordem alfabética, bastando clicar na modalidade desejada (nome comum, nome cientifico ou família).

Para acessar o herbário eletrônico, que apresenta espécies encontradas em Santa Catarina, clique aqui ou na imagem acima.

27 de maio de 2008

Reciclagem: você já faz isso...

Graças ao sempre antenado Eduardo Bayer.

Nosso luxo é tropical...

Olha só. Ontem falei das eco-tendências e hoje, revendo meus arquivos, achei essa notícia que liga as novas tendências “verdes” de estilo e moda com o Brasil.

No primeiro dia de palestras no Fashion Mkt, em 09/04/08, Ermenegildo Zegna super falou sobre ao mercado de luxo em moda e sobre um consumidor consciente, que “estuda” e sabe o que quer.

O dono da Printemps, Maurizio Borletti, listou os três caminhos que ele acha que a moda brasileria podia trilhar: moda praia, moda eco-friendly e pedras preciosas. Tudo remetendo ao “lifestyle brasileiro” (como esse tema é entendido lá fora), tipo valorizando nossos recursos e belezas naturais.

Na última palestra do dia, a headhunter Floriane de Saint Pierre disse que produtos ‘verdes’ com design podem ser o “novo luxo”, especialmente pra gente aqui: ela diz que o mercado internacional pode prestar mais atenção ao produto brasileiro se as marcas têm preocupação com a natureza - e deu o exemplo da Natura. Não por acaso a Osklen tá numa matéria bem “elogiativa” na Vogue América do mês de abril. Tipo país tropical forever and ever.

Fonte: Update or Die

Poluição na Atmosfera, Mudanças do clima e mudanças de vidas...

O objetivo do artigo que indico aqui é de relatar alguns dos efeitos nocivos á saúde humana, causados pelos diversos poluentes atmosféricos. O autor Carlos Roberto Lino procura responder a perguntas como: quais as causas e as conseqüências dos problemas respiratórios na saúde humana? Como a poluição na atmosférica pode trazer grandes danos à saúde humana?

A exposição à poluição ambiental é uma das grandes causas de doenças respiratória crônica, sendo maior causa de exacerbação de asma e de doença pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC), influenciando o aparecimento de doenças respiratórias que incluem o aumento da insuficiência respiratória aguda, inflamação e irritação de brônquios e diminuição da função pulmonar.

Esses poluentes lançados na atmosfera sabidamente causam sérios distúrbios respiratórios, inclusive com a necessidade se recorrer a atendimento hospitalar e ambulatorial. A estreita relação entre problemas respiratórios e a concentração de poluentes atmosféricos deveria significar uma preocupação cada vez maior para os administradores das políticas publicas, não apenas da área da saúde, mas, também, do ambiente e planejamento econômico social.

Leia o artigo na íntegra aqui.

Fonte: Portal do Meio Ambiente

Estudo derruba ligação entre raios solares e aquecimento global...

Cientistas britânicos produziram novas e convincentes provas de que a mudança climática atual não é causada por mudanças na atividade solar.

A pesquisa contradiz a teoria favorita dos "céticos" do aquecimento global, segundo a qual raios cósmicos vindos para a Terra - e não as emissões de carbono - determinam a quantidade de nuvens no céu e a temperatura no planeta.

A idéia é que variações na atividade solar afetam a intensidade dos raios cósmicos, mas cientistas da Universidade de Lancaster descobriram que não houve nenhuma relação significativa entre as duas variáveis nos últimos 20 anos.

Esta é a mais recente prova a colocar sob intensa pressão a teoria dos raios cósmicos, desenvolvida pelo cientista dinamarquês Henrik Svensmark, do Centro Espacial Nacional da Dinamarca. As idéias defendidas por Svensmark formaram o principal argumento do documentário The Great Global Warming Swindle (A Grande Fraude do Aquecimento Global, em tradução livre), exibido pela televisão britânica, que intensificou os debates sobre as causas das mudanças climáticas atuais.

Leia aqui toda a matéria da BBC Brasil.

Energia nuclear: os dois lados da moeda...

Em um curso de perícia ambiental no ano passado conheci o Dr. Georges Kaskantzis Neto, autoridade em impacto ambiental muito requisitado para perícias que envolvem, principalmente, acidentes com petróleo. Dr. Georges me afirmou ser um "apreciador" da energia nuclear e que, recentemente, havia mudado seu conceito sobre a tecnologia. Eu ainda acho que não compensa devido ao lixo nuclear produzido: a usina gera energia por 30, 40 anos e seus resíduos devem ser monitorados por 10.000 anos. Não dá.

Mas o Progresso Verde, democrático como é, coloca aqui os dois lados da moeda. O entendimento de dois experts no assunto para informar e gerar discussão sempre em busca de um planeta um pouco melhor para vivermos.

A energia elétrica produzida através da fissão do urânio enriquecido artificialmente ainda gera muitas dúvidas. Há argumentos fortes tanto com relação aos seus benefícios, quanto aos riscos. O Eco conversou com duas pessoas de opiniões absolutamente contrárias sobre a nova planta. As entrevistas com Iukio Ogawa, superintendente de licenciamento e meio ambiente da Eletronuclear, e José Rafael Ribeiro, coordenador da Sociedade Angrense de Proteção Ecológica (SAPÊ) aconteceram um pouco antes do diretor interino de Licenciamento do Ibama, Valter Muchagata, iniciar a audiência pública do Iate Clube, em Angra dos Reis.

De acordo com Ogawa, a população que vive no entorno do local escolhido para erguer Angra 3 pode ficar tranquila: não há qualquer risco da usina liberar material radioativo para a atmosfera. “A estrutura conta com várias barreiras (para cortar a radiação), os operadores são treinados para enfrentar essas situações anormais, e há vários sistemas de alarme, detenção e monitoração para orientar a ação de nossos trabalhadores. Então, o projeto já é voltado para reduzir a níveis insignificantes a possibilidade de um acidente”, diz.

Já Ribeiro enxerga perigos latentes. Segundo ele, ainda não existe solução para a destinação final segura dos rejeitos radioativos em nenhum lugar do mundo. Além disso, sugere que o plano de evacuação montado pela estatal é ineficiente e conta que há trabalhadores temporários expostos à radiação nos momentos de parada das usinas. “Se o empreendedor levasse os problemas a sério, não iria construir uma planta no nível do mar, sendo que há previsões de que ele vai se elevar nos próximos anos. Será o primeiro cemitário nuclear submerso”, lamenta.

Para conferir às duas entrevistas na íntegra, clique nos arquivos abaixo

Fonte: O Eco

Google Earth demonstra o aquecimento global...

O que acontecerá com o mundo daqui a 100 anos, principalmente com as mudanças climáticas? Quanto a temperatura aumentará no Ártico, por exemplo? Pois o governo britânico, em parceria com o Google Earth Outreach, te dá a resposta. E ela não será nada boa.

Eles desenvolveram layers que entram na navegação do Google Earth que mostram como as regiões do mundo serão afetadas pelo aquecimento global. Um termômetro dividido por cores mostra quanto cada região será aquecida até novembro de 2099. E, como vocês podem ver, a situação não será nada boa. Principalmente no Ártico, onde espera-se que haja uma elevação de aproximadamente 17 graus!

Além dessas previsões, há diversas informações do que acontece em todas as partes do mundo, como a captação anormal pela Nasa de radiação na costa brasileira. Ou a porcentagem de queda de umidade na Amazônia. Ou informações sobre as ações da WWF no Brasil.

Os dados foram levantados pelos cientistas do Britanic Antartic Survey e cruzados com o Met Office Hadley Centre, que desenvolveu e modelou as animações e as ilustrações das mudanças na temperatura.

Os dois layers, chamados “Climate Change in Our World” (Mudanças Climáticas em Nosso Mundo, em tradução livre), podem ser baixados aqui e aqui.

Fonte: Planeta Sustentável

26 de maio de 2008

Iluminação com garrafas pet...

Em 2002, em pleno apagão, o mecânico de Uberaba percebeu que poderia escapar do breu pendurando no telhado de casa garrafas plásticas cheias de água. 'É uma garrafa PET de dois litros, com água limpa, duas tampinhas de água sanitária e um potinho de filme de máquina fotográfica para proteger do sol, para não estragar a tampa', ensina seu Alfredo.

A invenção atravessou divisas e virou atração no Parque Ecológico Chico Mendes, na Grande São Paulo. Também atiçou a curiosidade da ciência. O engenheiro elétrico Clivenor de Araújo Filho mediu a intensidade de luz de cada garrafa. 'Essa luminosidade equivale a uma lâmpada entre 40 e 60 watts', constata. A idéia luminosa de seu Alfredo se espalhou pela vizinhança.

A dona de casa Geralda Monteiro de Melo tratou logo de instalar as tais lâmpadas de água em casa, até no banheiro. 'O banheiro era incrível de escuro e agora está claro. Ela não tem desvantagem nenhuma. Funciona quando chove, não tem goteira', garante dona Geralda.
Aprovação também na oficina do torneiro mecânico José Marcos de Castro.

A conta de luz baixou. As lâmpadas estão lá há dois anos e sem nenhuma manutenção. 'É só deixar lá. Quando eu chego de manhã, já estão ligadas. À noite, desligam automaticamente', diz.
A imagem é curiosa: bicos de garrafas para fora dos telhados no bairro todo. Sem janelas e com o orçamento apertado, a dona de casa Lídia Arapongas também fez furos no teto para sair da penumbra. 'É ótimo', elogia.

Idéias simples como essas podem ajudar o planeta, mas precisam ser postas em prática com a urgência que a natureza agora impõe. Rafael e seus colegas de escola, seu Jairo e seu Alfredo já começaram a cuidar do futuro.

Fonte: Ambiente Ecológico


Sintetizando...

"O desmatamento em relação a sua capacidade de gerar um emprego é desproporcional. É importante lembrar que a floresta em pé pode gerar desenvolvimento econômico. Se fossem criados mecanismos para compensar estes serviços ambientais, eles poderiam formar a base de outra economia."

Phillip Fearnside

Fotos e fatos do aquecimento global...

Mais algumas fotos que demonstram os efeitos do aquecimento do planeta. Clicando aqui você é conduzido ao World View of Global Warming que, através de documentação fotográfica pretende chamar atenção aos impactos que o aquecimento global está produzindo no mundo. São diversas galerias como: Antartida, Alasca, geleiras, zonas costeiras, oceanos, entre outras. Estas duas fotos ai de cima são as geleiras do Alasca em 1950 e julho de 2002

Nesta página aqui, mantida pelo Greenpeace, também estão disponíveis diversas imagens e outros documentos interessantes.

Ainda falando de fatos e registros que comprovam as conseqüências do aquecimento global, recente é a notícia que fala do desaparecimento da geleira 'Broggi', que ficava a cerca de 400 quilômetros ao nordeste de Lima. A geleira 'Pastoruri', no mesmo país, também está retrocedendo rapidamente. A geleira Broggi teria desaparecido em 2005, apesar de ter contado com uma superfície superior a 1,8 quilômetro quadrados em 1995, segundo a agência oficial Andina.

O diretor da Unidade de Glaciologia do Instituto Nacional de Recursos Naturais (Inrena), Marco Zapata afirmou que a superfície da Cordilheira Blanca, a cadeia montanhosa coberta de gelo que atravessa o centro do Peru, é de 535 quilômetros quadrados, o que representa uma diminuição de 25% em relação à existente em 1970. O cientista lembrou que entre 1948 e 1977 a média de retrocesso anual das geleiras na cordilheira era de entre oito e nove metros por ano, mas desde 1977 até o momento o retrocesso é da ordem de 20 metros.

Veja abaixo a evolução da geleira.

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"Há 30 anos começou a acontecer um retrocesso bastante acelerado das geleiras, o que é indubitavelmente conseqüência do aumento de temperatura global do ambiente. São muitos os fatores, mas todos conseqüência da mudança climática", declarou.

Além disso, Zapata lembrou que com relação às geleiras não há formas ou técnicas para possibilitar sua recuperação. Teria que começar "a aplicar medidas que permitam diminuir o aumento da temperatura global que origina a mudança climática, mas é uma questão de esforço em nível de todos os países do mundo", explicou. Notícia completa aqui.

Fonte: G1 e fotos do Caos Ambiental

Eco-tendências...

Apesar de não gostar desse papo de eco pra cá, eco pra lá, acho que o tema, se bem usado, pode garantir apelo suficiente para que se discuta e implante iniciativas sustentáveis no dia-a-dia.

Confabulações à parte, o site TrendWatching elegeu 8 tendências de consumo que ditarão o ano de 2008. As previsões englobam diversos temas: status spheres, premiumzation, snack culture, online oxygen, eco-iconic, brand butlers, make it yourself e crowd-mining.

Vamos aos pontos que interessam:

  1. Status spheres (campos de status): neste ano, entre outras subdivisões, há um item para explicar a busca pelo status verde. Para exemplificar, o site cita a grande demanda pelo carro híbrido Prius, que traz certa visibilidade sustentável a quem o está dirigindo. Os norte-americanos, em vez de comprarem aqueles grandes jipes ou utilitários (conhecidos como SUVs), preferem adquirir o automóvel movido a hidrogênio. Outra subdivisão interessante é a filantropia. "Ache um só milionário que não está intimamente ligado à filantropia". De acordo com a previsão, os ricos estão muito mais preocupados em doar seu tempo e dinheiro do que há alguns anos. E indo nessa linha também, outro aspecto abordado é "a participação é o novo consumo". As pessoas querem ter um público focado em suas habilidades, participando de meios e grupos sobre determinado tema.
  2. Premiumzation: são os produtos chiques que as empresas desenvolvem para um público muito específico. Segundo o site, todos os produtos terão sua versão premium. Algumas, claro, muito duvidosas, como é o caso da Bling H2O, uma garrafa de água que tem cristais Swarovski. Nada sustentável, mas mostra o caminho que as empresas devem seguir: customizar ao máximo para atingir públicos bem específicos.
  3. Snack culture: designa os produtos feitos para consumo rápido e satisfação instantânea. Pode-se considerar os fast-foods nesse item, mas não é só de alimentação que o termo trata. São utensílios menores, feitos sob medida para uma pessoa. Um grande exemplo é o automóvel Smart, desenhado para caber apenas dois passageiros e para poluir menos do que um carro convencional. Considerando que a maior parte da frota de carros paulistana trafega com apenas uma pessoa, o Smart é uma alternativa ecoeficiente e faz parte da snack culture.
  4. Online oxygen: não pense que é a venda de oxigênio pela internet. Em 2008, mais pessoas e mais serviços online serão disponibilizados pelo mundo inteiro. A necessidade da criação desse tipo de produto é tão urgente como se uma pessoa tivesse sem ar – ou oxigênio. O TrendWatching acredita que neste ano, milhares de novos produtos serão criados nesse meio, o que possibilitará com que mais pessoas entrem em sites sobre sustentabilidade, como o nosso Planeta Sustentável.
  5. Eco-iconic: para o site, os produtos sustentáveis passaram por transformações durante os anos. Se antes eles eram apenas chamados de ecos, passaram a ser considerados eco-feios, por causa do design esquisito, preços salgados e sustentabilidade duvidosa. Depois de muita pesquisa e propagação da idéia, ser eco virou moda, surgindo a classificação eco-chic. Depois de toda a hype, o TrendWatching aposta no eco-iconônico, ou seja, produtos com design bonito e característico, alternativas voltadas ao meio ambiente e eficácia incontestável. Um desses itens, novamente, é o carro Prius!
  6. Brand butlers: a idéia é a seguinte: em vez das marcas de produtos bombardearem seus clientes com propagandas, elas oferecem um serviço ao consumidor. Por exemplo, uma marca de fraldas construir um fraldário em um aeroporto – com os devidos créditos – para que os passageiros tenham mais comodidade.
  7. Make it Yourself: é o velho e bom “faça você mesmo”. A aposta é que, graças à revolução digital, as pessoas invistam mais em produções próprias de filmes, músicas, imagens e blogs. Em vez de dependerem apenas das grandes corporações e empresas, elas podem fazer qualquer coisa de casa. Como diz o nosso querido TreeHugger, “fazer é o novo comprar de 2008”.
  8. Crowd-mining: a tendência é que as pessoas se juntem para “lapidar e polir o diamante”. Como diz o velho ditado: duas cabeças pensam melhor do que uma. Agora, imagine várias pessoas pensando sobre um mesmo assunto ou projeto. A aposta é que as pessoas se organizem para elaborar e construir produtos para se viver melhor e ajudar a outras. Difícil imaginar? É o que a comunidade open source faz atualmente. O site Wikipedia, por exemplo, é construído seguindo esse preceito.

Essas tendências não só se concretizaram, como foi preciso acrescentar mais duas. No briefing deste mês, o site reforça uma característica que eles já divulgaram, o eco-iconic, e adiciona o eco-embedded e o eco-boosters.

Além do famoso carro híbrido, desta vez o trendwatching mostra uma série de outros itens que podem ser considerados como exemplos dessa tendência. A linha de produtos de limpeza da Nova Zelândia, o protótipo do carro elétrico da Tesla Motors, as bolsas feitas de papéis de bala e de bolachas, os novos tênis da Adidas, bolsas com película fotovoltáica e prédios que incorporam a energia eólica em seu design.

Embora o eco-icônico pareça algo forte e que durará por muito tempo, o site acredita que existe outra que irá superá-la. É o eco-embedded (eco-embutido, em tradução literal). A idéia dessa tendência é que as empresas não precisarão mais da força popular para desenhar e produzir artigos que demonstram preocupação com o meio ambiente. Na verdade, o consumidor não terá mais escolha. Ele será obrigado a consumir produtos sustentáveis por não haver outra opção. O conceito de sustentabilidade já estaria embutido nesse novo mercado, seja por pressão do governo, por coragem da empresa ou por brilhantismo do design. Não importa. Eles até consideram a parte de regulamentação como o quarto ‘R’, complementando o Reduzir, Reutilizar e Reciclar.

Um exemplo vem de São Francisco, nos EUA, onde desde novembro de 2007 os mercados com mais de cinco lojas na cidade não podem mais usar as sacolas plásticas. Ou seja, os consumidores não têm escolha. As sacolas agora dadas aos clientes são recicladas e recicláveis.

Se o eco-embutido já parece sonho, o eco-boosters está no céu! Essa dominação é dada para as empresas que fazem – ou farão – além do que realmente precisam. Em vez de apenas neutralizar as emissões que seus produtos provocam, a companhia faz muito mais do que isso, como neutralizar 120% dos gases, replantar uma floresta devastada – que nada tem a ver com a produção da empresa -, cuidar da biodiversidade, enfim, cuidar de esferas que não são atingidas diretamente pelos seus produtos.

E o trendwatching dá alguns exemplos, como a água Fiji que “neutraliza” 120% das emissões; o serviço de carros londrinos Ecoigo, que não “neutraliza” só 120%, mas o dobro (ou seja, nem é mais neutralizar...); ou o papel que, depois de usado, pode ser plantado em um jardim.

Fonte: Planeta Sustentável (adaptado)

Futuro movido à energia solar...

Utilizar energia solar é imitar a natureza. Mesmo considerando que a matriz energética do Brasil é uma das mais limpas do planeta, devido à tecnologia hidrelétrica, o país tem muito a contribuir para a energia solar que está em voga no mundo inteiro.

Paradoxalmente, aqui a energia hidrelétrica é um dos limitantes para utilização da tecnologia. Apesar do grande potencial que tem para desenvolver a energia solar, o Brasil ainda utiliza muito pouco essa alternativa, por causa dos altos custos. Segundo o coordenador do Centro de Referência para Energia Solar e Eólica, Hamilton Moss, enquanto o megawatt-hora da energia solar custa em torno de R$ 600, o megawatt-hora da Usina Hidrelétrica de Jirau foi leiloado semana passada (19) por R$ 71,40. “É muito difícil competir com fonte hidráulica”, disse. Atualmente, são gerados 20 megawatts de potência em todo o país com energia solar. Para se ter uma idéia, só na Usina Hidrelétrica de Itaipu são gerados 14 mil megawatts. Leia a matéria completa aqui.

Mesmo assim, aquecedores solares economizaram em 2007 energia suficiente para abastecer 350 mil domicílios no Brasil. Segundo pesquisa realizada durante a reunião da Convenção do Clima da ONU (UNFCCC) em Bali, que procurou avaliar as tecnologias disponíveis que inspiram mais confiança em sua capacidade de combater o aquecimento global, a solução com maior índice de aprovação na pesquisa foi o uso de energia solar para aquecimento de água (74%). A IUCN ouviu mil integrantes de governos, de organizações não governamentais e do setor industrial de 105 países." Os dados da pesquisa só comprovam a grande importância do aquecimento solar para o desenvolvimento mundial" , comenta Délcio Rodrigues, coordenador da iniciativa brasileira das Cidades Solares. Mais aqui.

A riqueza de recursos naturais no Brasil pode, inclusive, fazer do país um grande exportador de painéis solares. É o que acredita Hamilton Moss, do Centro de Pesquisas em Energia Elétrica (Cepel) . Segundo ele, o grande gargalo da indústria de painéis solares atualmente é o fornecimento de silício, matéria-prima utilizada na fabricação das placas. “O Brasil é o maior produtor mundial de silício; o país tem chances de ser um grande exportador de painéis”, acredita Moss. Veja mais informações.

A tecnologia para captação da radiação solar é um dos limitantes ao emprego mais usual da energia solar. Já falei aqui da nanotecnologia aplicada a tecnologia solar. Pesquisadores da Califórnia desenvolveram uma forma de tornar a energia solar até 20 vezes mais barata. O projeto, que teve apoio do governo americano, deve provocar mudanças na arquitetura do futuro. Quando os arquitetos projetarem casas e edifícios no futuro, poderão trocar telhas de barro ou cerâmica por telhas solares. Janelas de madeira por janelas solares. E, em vez de pintar as paredes com cores claras, poderão usar esse líquido cinzento, a tinta solar. Genial.

Para se ter uma idéia do potencial da energia solar para o futuro se prevê que ela atrairá mais de US$ 85 bi em investimentos. Um exemplo: o Google Inc., a Chevron Corp. e o Goldman Sachs Group Inc. estão apostando que este tipo de energia vai se tornar mais barata que o carvão. A sociedade mantém um usina que usa luz solar concentrada para gerar energia para até 112.500 residências no sul da Califórnia. A alta dos preços de gás e os limites às emissões de dióxido de carbono podem transformar a energia termossolar na fonte de combustível de crescimento mais rápido na próxima década, dizem pessoas que apóiam o projeto, entre eles Vinod Khosla, fundador da fabricante de computadores Sun Microsystems Inc. Leia a notícia na íntegra aqui.

O uso eficiente de energia...

O bolso de muitos brasileiros sofre na hora de pagar a conta de luz, o custo e o consumo de energia têm subido constantemente nas últimas décadas. As principais conseqüências desta evolução são o aumento do consumo de combustíveis fósseis e a resultante poluição ambiental em todos os níveis, ¾ local regional e global. Cerca de 85% do enxofre lançado na atmosfera - principal responsável pela poluição urbana e pela chuva ácida - origina-se na queima de carvão e petróleo, bem como 75% das emissões de carbono - responsável pelo "efeito estufa" - fica explicado o porquê de fontes alternativas de energia estarem ganhando espaço.

Entre elas destacam-se: hídrica, térmica, nuclear, geotérmica, eólica e fotovoltaica, sendo esta ultima a mais difundida nos grandes centros urbanos, fornecida através de painéis contendo células fotovoltaicas ou solares que sob a incidência do sol geram energia elétrica. Países como Estados Unidos, Japão e Holanda têm prédios residências que usam este tipo de energia. “A energia solar é limpa, inesgotável e gera economia, o consumidor consciente sente a diferença no orçamento doméstico” diz o engenheiro Luiz Fernando Lucho do Valle, presidente da Ecoesfera Empreendimentos Sustentáveis.

Outras medidas podem ser adotadas para reduzir o consumo excessivo no período das estações mais frias, como por exemplo, o uso de lâmpadas de baixo consumo em toda casa, sensores de presença nas áreas comuns dos edifícios e garagens “O menor consumo representa uma substancial redução na conta de luz de cada apartamento e na taxa do condomínio e, ainda, otimiza os investimentos e as intervenções na natureza para produção de mais energia” define do Valle.

Veja dicas para um consumo eficiente:

  • Desligar aparelhos que tem a função “stand by”, pois mesmo nesta função eles continuam gastando energia, manter ligados somente eletrodomésticos que necessitam de uso constante como geladeiras e freezer.
  • No inverno, a temperatura interna da geladeira/freezer não precisa ser tão baixa quanto no verão.
  • Para começar, é preciso escolher produtos, eletrodomésticos e eletroeletrônicos com certificados e selo de economia.
  • Tomada quente é sinônimo de desperdício. Por isso evite o uso de benjamins que sobrecarregam as tomadas, aquecem os fios desperdiçando energia elétrica e podem causar acidentes.
  • Banhos demorados aumentam o valor de sua conta de energia elétrica. Não tente reaproveitar uma resistência queimada, pois além de provocar um aumento de consumo, isto põe em risco sua segurança.

Fonte: Visar Planejamento

Veja o que já rolou aqui no PV sobre o tema e aqui outras dicas para economizar energia.

24 de maio de 2008

O Tecido da Terra...

Apresento aqui uma pintura a óleo de Alexei Farfán Pino que faz parte da exposição "O Tecido da Terra". Para ver outras telas e mais informações clique aqui.

Concentração de CO2 é a mais alta em 800 mil anos...

A concentração dos dois principais gases causadores do efeito estufa, o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4) é atualmente a mais elevada dos últimos 800.000 anos, segundo um relatório publicado pelo Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS).

A concentração de CO2 supera hoje o volume de 380 partes por milhão, quando até recentemente não havia superado ainda as 300 partes por milhão e, há 667 mil anos, registrava um mínimo de 172, segundo os dados do CNRS.

No caso do metano (CH4), constatou-se que atualmente existem 1,8 mil partes por cada um bilhão, enquanto no passado o volume variava entre 350 e 800 partes por bilhão.

Os números são o resultado de um teste de mostras de gelo retiradas de uma profundidade de até 3,27 km, na calota polar da Antártida, realizado por cientistas franceses das universidades Joseph Fourier e Saint-Quentin, assim como da Universidade de Berna na Suíça.

Essas porções de gelo, extraídas nas proximidades da base científica franco-italiana Concórdia no continente antártico, são os mais antigos analisados até agora - o precedente era de 650 mil anos -, e dão conta da história climática da Terra durante oito sucessões de períodos de geleira interglacial.

Os cientistas que trabalharam com essas mostras de gelo, nas quais estavam contidas gotas de gases atmosféricos de tempos remotos, puderam confirmar a correlação entre as mudanças climáticas, e em particular a evolução da temperatura de nosso planeta, e o ciclo do carbono.

Sobre o metano, os pesquisadores constataram que o aumento da intensidade das monções no sudeste asiático acaba com a alta da concentração deste gás na atmosfera. Uma vinculação que tem a ver, em parte, com a umidade ou com a camada de neve no alto do Tibete e com a insolação.

Fonte: Terra.

Mercado de ecossistemas é uma saída para a preservação ambiental...

Três Barras (Santa maria/RS). Foto: Jeison T. Alflen

O crescimento e fortalecimento das negociações de créditos de carbono mostram que ferramentas de mercado podem ser uma saída para a preservação de ecossistemas, com um valor de legado ainda difícil de ser precificado.

Os pagamentos por serviços de ecossistemas (conhecidos pela sigla em inglês PES) são baseados na premissa de que estes fornecem serviços valoráveis que a maioria das pessoas utiliza de forma gratuita. Problemas decorrentes de escassez de alguns bens naturais, com a água doce, e a degradação ambiental são fatores que fazem especialistas acreditarem ser necessário o desenvolvimento de um mercado de ecossistemas, nos moldes do de carbono.

Leia a matéria completa de Paula Scheidt aqui e veja algumas Experiências de Pagamentos por Serviços Ambientais pelo mundo.

Fonte: CarbonoBrasil

A "cara" do desmatamento...

Falei do desmatamento evitado lá atrás. Gosto do tema e pretendo postar mais aqui sobre os índices de desmatamento que, nessa queda considerável que se prevê, mostram-se como forte argumento da possibilidade de ganhos com a venda de CERs.

Entretanto entendo que o tema é extremamente complexo e a venda de créditos apenas uma ferramenta na tentativa de desenvolvimento sustentável da região. Como diria o ditado: o buraco é mais embaixo.

O artigo "Rondônia: Estado está ausente em região que desmata" é simplesmente completo na descrição sumária da problemática. Vale a pena dar uma lida para entender como se estrutura o dia-a-dia do mercado da madeira e como esse é a base da economia de muitos Municípios aqui de Rondônia. As tags do texto definem a principal meta da discussão: políticas públicas.

O artigo começa contando a história do paranaense Ismael Osório Meira que já derrubou árvores em toda sorte de lugares em Rondônia: reservas estaduais de mata nativa, reservas federais, áreas indígenas, propriedades de pequenos e grandes agricultores, áreas de extração legalizadas pelos órgãos ambientais. Para ele, nunca fez muita diferença de onde tirava a madeira. “Mata é mata, é tudo igual”, gosta de repetir. Nunca lhe pediram - e ele nunca deu - qualquer tipo de documento das árvores que pôs abaixo. Toras entregues, dinheiro no bolso, simples assim.

Leia aqui toda a matéria do Valor Econômico de 19/05/2008 no Portal Ecodebate.

UPDATE: este artigo complementa o post. Trata da influência da BR-364 para o avanço do desmatamento aqui em Rondônia.

22 de maio de 2008

Sintetizando...

"Buliram muito com o planeta
E o planeta como um cachorro eu vejo
Se ele já não aguenta mais as pulgas
Se livra delas num sacolejo."

Raul Seixas em As Aventuras de Raul Seixas na Cidade de Thor

Água quente que abastece casas na Islândia não custa nada para população...

Vi no Jornal Nacional e repasso aqui no PV (Progresso Verde, não o partido do Gabeira). A água que sai das montanhas da Islândia é aquecida por causa dos vulcões que existem no país. Por causa disso, o governo decidiu canalizar a água quente e distribuir nas casas, sem gastos adicionais. Para ver a matéria, clique na imagem acima ou aqui.

Maiores emissores do mundo se encontram no Japão...

Ministros do meio ambiente dos países do G8 e outros grandes emissores mundiais de gases do efeito estufa irão se encontrar em Kobe, no Japão, de 24 a 26 de maio, para tentar avançar nas negociações internacionais sobre metas de redução.

O encontro faz parte de uma série de reuniões que antecedem as discussões dos líderes do G8 na ilha de Hokkaido em julho.

Abaixo você encontra uma tabela com os 20 maiores emissores mundiais de gases do efeito estufa, classificados por milhões de toneladas de dioxido de carbono equivalente.

País

1990

2000

2004

1990 vs 2000

(% mudança)

EUA

6,033

6,928

7,074

+15

China

3,750

4,938

N.A

+32

Rússia

3,047

1,952

N.A

-36

Índia

1,339

1,884

N.A

+41

Japão

1,205

1,317

1,355

+9

Alemanha

1,199

1,009

1,015

-16

Brasil

686

851

N.A

+24

Canadá

565

680

758

+20

Inglaterra

727

654

659

-10

Itália

499

531

583

+7

Coréia do Sul

291

521

N.A

+79

França

546

513

563

-6

México

432

512

N.A

+19

Indonésia

353

503

N.A

+42

Australia

408

491

534

+20

Ucrânia

926

482

381

-48

Africa do Sul

356

417

N.A

+17

Irã

288

480

N.A

+67

Espanha

289

381

428

+32

Polônia

461

381

386

-18

* Membros do G8: Japão, Canada, França, Alemanha, Itália, Federação Russa, Reino Unido, Estados Unidos e representantes da Comissão Européia.

Fontes: Reuters, informações de 2004 - UNFCCC, informações de1990 e 2000 - World Resources Institute. Ministério do Meio Ambiente do Japão
Compilado por Julian Draper; Edição por Gillian Murdoch
Traduzido por Fernanda B Muller, CarbonoBrasil

Fonte: Reuters

Greenpeace lança game online para falar sobre mudanças climáticas...

O Greenpeace lança nesta semana um game online e multiusuário que alerta os participantes sobre a emissão de gases poluentes do mundo e a questão do aquecimento global. O game “Weather” traz todas as informações que a ONG quer comunicar sobre as mudanças climáticas e ainda permite que os usuários possam interagir com pessoas do mundo todo para salvar o planeta. Para acessá-lo, basta ir ao endereço: www.greenpeaceweather.com.br

No jogo, os participantes precisam lutar para reduzir o aquecimento global, podendo formar um exército verde para criar táticas e estratégias, com um trabalho coordenado e cooperativo para resolver problemas que surgem nos territórios. Se esses problemas não forem solucionados na mesma rodada, eles ganham força e tornam-se crônicos.

O game permite a participação de 2 a 4 pessoas em cada sala e possui três diferentes níveis de dificuldade.

O projeto foi desenvolvido com telas criadas em 3D que parecem tabuleiros reais, mas também poderá ser impresso e produzido em papel reciclado. O Greenpeace busca parceiros para elaborar o jogo físico para que ele possa ser distribuído em escolas de todo o país.

O game foi criado pela AlmapBBDO e utiliza a tecnologia do Flash Media Server Interactive da Adobe. A LocaWeb, que também está envolvida neste projeto, fornecerá o suporte na internet para o game, que foi produzido em parceria com a Colméia.

Fonte: Greenpeace/AlmapBBDO

Entrevista com Phillip Fearnside...

Uma das maiores autoridades quando se fala em desmatamento evitado e Amazônia é o ecólogo Phillip Fearnside, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Ele é o segundo cientista mais citado no mundo sobre aquecimento global - 530 vezes, para ser mais exato. O número está no Science Citation Index, um índice compilado pela gigante inglesa Thomson Scientific e é parte do ramo da empresa especializado na criação de bancos de dados com informações sobre ciência.

A frequência com que os colegas citam Fearnside dá uma medida da importância científica de suas idéias. Elas estão formuladas em mais de 400 artigos baseados em suas pesquisas na Amazônia, onde bateu meio por acidente em 1976. Fearnside, nascido em Massachussets, nos Estados Unidos, planejava fazer seu nome como cientista na Índia. A geopolítica tirou-o da rota.

O cientista concedeu uma ótima entrevista para o sítio O Eco, que você confere aqui. Para saber mais das publicações de Fearnside visite sua página no INPA.

Desmatamento evitado ou o "avoided deflorestation"...

Estradas na floresta Amazônica facilitam o avanço do desmatamento. Foto: Jeison T. Alflen

Cerca de 20% das emissões globais e 70% da emissão de GEE no Brasil decorrem do desmatamento. Paradoxalmente, o Protocolo de Quioto não prevê nenhuma proposta para conter o desmatamento, aumentando a importância da pesquisa e discussão com relação a essa questão. A maior “contribuição” do Brasil para o agravamento do efeito estufa é a destruição da floresta amazônica, pois no processo de queima e mesmo pela decomposição natural, as árvores liberam CO2 para a atmosfera, resultado natural de toda problemática de supressão da floresta primária, questão que gira em torno do fator lucro, seja ele com a venda da madeira, com a agricultura ou com a pecuária, lucro com os incentivos fiscais e os subsídios do governo, lucro com a especulação sobre a terra, etc.

Caso forem definidos critérios e valorados os benefícios financeiros da remuneração para manutenção da floresta a partir da diminuição do desmatamento, se inicia um processo de consolidação do novo ponto de vista de que, economicamente, a floresta é mais rentável se mantida em pé. Assim surge a possibilidade de incluir o Brasil diretamente no comércio de emissões para ajudar os países a cumprirem os compromissos assumidos de redução de emissões. Isso deveria interessar ao país, pois os lucros do combate ao efeito estufa se anunciam muito mais rentáveis que a venda de madeira e a abertura de pastagens na floresta.

Além disso, o interesse em pesquisa sobre um possível sumidouro de carbono em florestas em pé é intenso, e avaliações de dados de inventário estão em andamento para estimar o quanto realmente uma floresta absorve (seqüestra) e movimenta de CO2. Dado a vasta área de floresta ainda em pé, até mesmo uma absorção pequena por hectare faria uma contribuição significativa ao balanço de carbono global.

Está sendo muito discutido o chamado "avoided deflorestation", ou seja, o desmatamento evitado: reduzindo aquilo que historicamente o país desmata, abre-se a possibilidade de geração de créditos de CO2, mas somente se metodologias e estratégias para conduzir o processo forem devidamente definidas. Embora o MDL possa render bastante dinheiro para o Brasil, muito mais poderia ser ganho se o País aderisse ao não-anexo 1 e vendesse credito ganho pela diminuição do desmatamento, usando o "comercio de emissões" de Artigo 17 do Protocolo. Seriam financiados somente os projetos visando à proteção das florestas ameaçadas de desmatamento imediato.

Desmatamento em Rondônia. Foto: Jeison T. Alflen

Um exemplo típico seria o de projetos enfocados para preservar as florestas de Rondônia, muito ameaçadas, enquanto que florestas em áreas remotas do Estado do Amazonas não receberiam nenhum benefício de crédito de carbono, se protegidas como reservas. Em outras palavras, para ganhar o crédito de carbono, apenas as reservas próximas à frente de desmatamento seriam recompesadas, enquanto, para a biodiversidade, pode ser muito mais barato implantar grandes reservas em áreas relativamente pouco ameaçadas.

Em suma, se ações de combate ao desmatamento forem incluídas no novo tratado a ser promulgado após o término da vigência do Protocolo de Quioto, o Brasil será beneficiado, pois poderá receber recursos para reduzir a principal causa de emissões de gases estufa do País. Convertendo o quantitativo de carbono que deixou de ser emitido em eventuais créditos de carbono por desmatamento evitado gerará recursos e investimentos à altura do desafio de manter o desenvolvimento da região amazônica no princípio da sustentabilidade.

O valor da floresta...

Floresta Amazônica no Estado de Amazonas. Foto: Jeison T. Alflen

É inegável que as descobertas da ciência podem ajudar, e muito, na preservação. O próprio trabalho do Inpe, que vai até o espaço para fotografar os buracos na mata, é um bom exemplo disso. Mas os avanços nos estudos da preservação e em formas menos irracionais de exploração da floresta não vão garantir, sozinhos, sua sobrevivência. A conservação não é apenas uma questão técnica e tecnológica, mas essencialmente política, de princípios, filosófica e ética. É necessária uma mudança na forma como vemos o mundo. Enquanto vigorar o raciocínio segundo o qual as coisas valem prioritariamente segundo seu valor monetário e/ou financeiro, em detrimento de outras formas de valorização, a floresta vai continuar a ser dizimada.

Merece atenção a idéia de calcular o valor econômico da floresta como prestadora de serviços de difícil mensuração, como regulação climática, contenção de erosão, prevenção de enchentes, manutenção de mananciais e estoque de carbono como exemplos. É interessante também buscar aprimorar os usos das populações tradicionais com o auxílio da tecnologia, pois é inegável que elas adotam procedimentos mais racionais e têm impacto mais reduzido que os representantes da agroindústria e das madeireiras. Essas idéias podem representar uma saída de curto prazo para diversas regiões de floresta – mas, é importante frisar, apenas de curto prazo, para ganharmos tempo. Em um prazo maior, é fundamental uma mudança de paradigma na relação do Homem com a Natureza. Se sonhamos em achar uma saída para o pesadelo do aquecimento global, é imprescindível compreender que não é possível continuar lidando com a Terra e seus recursos naturais como algo a ser explorado irresponsavelmente e sem contrapartida, como temos feito desde sempre, mas com muito mais intensidade nas últimas décadas.

A valoração da floresta em pé pode significar uma saída parcial e o princípio de uma solução mais duradoura se traduzir-se na criação de novos parques e áreas efetivamente protegidas. Já no caso da interação das populações tradicionais com a mata, mesmo essa relação é em maior ou menor grau impregnada pelos valores não sustentáveis acima relacionados. Sem uma mudança efetiva na forma como nos relacionamos com os recursos naturais, num prazo mais longo até mesmo esses pequenos núcleos sociais representarão ameaças ao equilíbrio necessário à sobrevivência da nossa espécie.

Recentemente, o presidente da comissão de Meio Ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Assuero Veronez, justificou o avanço da pecuária sobre a Amazônia como uma resposta ao baixíssimo valor econômico da floresta. Para o executivo da entidade, que representa os interesses dos ruralistas, “a floresta é um ativo de baixíssimo valor econômico e, de outro lado, há uma atividade econômica que dá retorno e dá renda. Você não pode desconsiderar que a pecuária é uma atividade econômica rentável”.

Rio Madeira no Estado de Amazonas. Foto: Jeison T. Alflen
O argumento do membro da CNA incomodou-me profundamente. Mais tarde, refletindo sobre a origem deste incômodo, percebi que o sentimento foi causado principalmente pelo fato de que, dentro da lógica atual, sua afirmação encerra uma grande verdade. A floresta tomba exatamente porque, segundo o raciocínio imediatista que impera, vale mais no chão. E este raciocínio não mora apenas na cabeça do madeireiro nem do pecuarista, mas é corroborado por todos nós em nossas atitudes cotidianas. Em alguns, como no caso do senhor Veronez, ele aparece de forma mais acentuada e é mais explícito, mas arrisco afirmar que ninguém escapa completamente dessa forma de pensar. Explicando melhor, independentemente do nosso discurso e mesmo dos nossos reais esforços por uma mudança de hábitos, as atitudes do dia-a-dia acabam, em maior ou menor intensidade, por seguir ou reforçar a lógica perversa.

Desta forma, é difícil encontrar, num mundo a cada dia mais acelerado e exigente de respostas rápidas, espaço para justificar a preservação da floresta com base no inestimável valor de seus serviços menos facilmente visíveis e com aproveitamento econômico de baixo impacto baseado na aplicação de avanços da ciência, o qual quase sempre exige paciência na busca por novos caminhos. Que dirá da preservação por valores outros, não econômicos.

Como exemplo, podemos citar os planos de manejo florestal na Amazônia, que na teoria derrubam árvores de maneira “sustentável”. Tenho dúvidas se existe algum plano de manejo no Brasil que siga à risca o que as teorias sobre a técnica preconizam. As inúmeras e graves denúncias de irregularidades nos planos de manejo mostram que a teoria de nada serve quando utilizada por pessoas sem consciência de sua importância, e quando não há fiscalização adequada. Novas tecnologias e novas descobertas da ciência continuarão no papel e não passarão de teorias enquanto não desejarmos realmente a preservação da floresta, mesmo que isso não seja defensável sob um ponto de vista puramente econômico.

Sem essa consciência por parte de todos não acredito ser possível salvar o que resta das florestas tropicais do planeta. Apesar de fundamentais, nem leis, nem decretos, nem descobertas científicas, nem aumento do efetivo do Ibama, nada disso conseguirá ser mais forte que o desejo de lucro rápido e fácil que a destruição da floresta proporciona.

Danilo Pretti Di Giorgi é jornalista.

Fonte: Portal EcoDebate