15 de julho de 2008

Compensação por serviços ambientais é tema de seminário na Câmara...

Rio Madeira no Estado do Amazonas. Foto: Jeison T. Alflen.
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, a Frente Parlamentar Ambientalista, a Fundação SOS Mata Atlântica e a organização Conservação Internacional no Brasil promoveu dia 10 seminário para discutir a compensação por serviços ambientais.

A compensação por serviços ambientais é o pagamento, com dinheiro ou outros meios, para aqueles que ajudam a conservar ou produzir esses serviços mediante a adoção de práticas, técnicas e sistemas que beneficiem a todos os envolvidos em determinada área geográfica.

A secretária-executiva do Ministério do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, deve participar da abertura das mesas de trabalho. O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Egon Krakhecke, e o diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Tasso Azevedo, devem participar do painel Pagamento sobre Serviços Ambientais no Brasil: Visão Governamental.

Fonte: Agência Brasil.

Matança...

Nascido no sertão baiano, Xangai aprendeu a cantar com vaqueiros e cantadores da região, influência que permeou sempre a sua obra. Cantador, trovador, violeiro, gravou, além dos discos individuais, um em parceria com Renato Teixeira e dois volumes do disco "Cantoria", resultado de um show ao lado de Elomar, Vital Farias e Geraldo Azevedo realizado em 1984. Do primeiro volume é a música “matança”, um verdadeiro tributo à floresta. No sítio da Kuarup Discos, você encontra a obra do artista.

boomp3.com

"Cipó caboclo tá subindo na virola
Chegou a hora do pinheiro balançar
Sentir o cheiro do mato da imburana
Descansar morrer de sono na sombra da barriguda

De nada vale tanto esforço do meu canto
Pra nosso espanto tanta mata haja vão matar
Tal mata Atlântica e a próxima Amazônica
Arvoredos seculares impossível replantar

Que triste sina teve cedro nosso primo
Desde de menino que eu nem gosto de falar
Depois de tanto sofrimento seu destino
Virou tamborete mesa cadeira balcão de bar

Quem por acaso ouviu falar da sucupira
Parece até mentira que o jacarandá
Antes de virar poltrona porta armário
Mora no dicionário vida eterna milenar

Quem hoje é vivo corre perigo
E os inimigos do verde da sombra, o ar
Que se respira e a clorofila
Das matas virgens destruídas vão lembrar
Que quando chegar a hora
É certo que não demora
Não chame Nossa Senhora
Só quem pode nos salvar é

Caviúna, cerejeira, baraúna
Imbuia, pau-d'arco, solva
Juazeiro e jatobá
Gonçalo-alves, paraíba, itaúba
Louro, ipê, paracaúba
Peroba, massaranduba
Carvalho, mogno, canela, imbuzeiro
Catuaba, janaúba, aroeira, araribá
Pau-fero, anjico amargoso, gameleira
Andiroba, copaíba, pau-brasil, jequitibá"

Composição: Jatobá

Sintetizando...

“Os humanos são uma parte do ecossistema global e atualmente estão alterando as características básicas desse ecossistema, tais como clima e biodiversidade. A habilidade de mudar e destruir ecossistemas dá aos humanos uma responsabilidade como guardiões desses recursos para gerações futuras.”

Philip M. Fernside

Moeda Verde ajuda o meio ambiente no Espírito Santo...

Em Vila Velha, um projeto criado por movimento popular está fazendo os moradores da cidade a contribuir para proteger o meio ambiente. Eles trocam plásticos, vidros e óleo usados pelo Dinheiro Verde.

Fonte: Globo Vídeos.

UPDATE 1: mais informações sobre a iniciativa aqui e aqui.

UPDATE 2: contato junto ao fórum Permanente da Bacia do Rio Aribiri (27) 3229-8822 com a assistente social do projeto, Renata Lima.

LEDS, as lâmpadas do futuro...

Os LEDS são já considerados a nova geração de lâmpadas e a provável alternativa futura aos modelos hoje utilizados na iluminação doméstica. Isto porque o seu consumo energético é bastante reduzido – inferior a dois watts – e o seu tempo de vida muito maior em relação às lâmpadas incandescentes e até às de baixo consumo ou fluorescentes compactas.

A tecnologia de lâmpadas LED já se encontra disponível no mercado, embora ainda não esteja suficientemente desenvolvida para ser utilizada em áreas de maior iluminação, como salas, cozinhas e escritórios. Para já, os LEDS podem ser uma solução bastante economizadora para iluminar zonas de passagem, como corredores, elevadores e halls ou ainda como iluminação de presença.

Mesmo tendo em conta a sua utilização ainda limitada, um LED pode substituir quatro das lâmpadas existentes numa habitação. Extrapolando esta estimativa à totalidade das habitações portuguesas, a aplicação de LEDs permitiria poupar 47,2 milhões de quilowatts/hora (kwh) por ano, o correspondente a 5,6 milhões de euros. Essa poupança evitaria a emissão de 22,7 mil toneladas de CO2. Para além da sua utilização em espaços interiores, a tecnologia LED já é utilizada também em espaços exteriores e em dispositivos como os semáforos.

Estamos a falar de uma alternativa sem dúvida mais eficiente e portanto mais ecológica, que promete num futuro próximo revolucionar a área da iluminação. Com o aperfeiçoamento da tecnologia, o seu uso tenderá a ser não só mais comum como também mais diversificado, aumentando ainda mais o potencial de redução do consumo energético atrás referido.

Fonte: TopTen.

Salão internacional apresenta inovações energéticas na França...

Equipamentos inteligentes que reduzem o consumo energético em uma residência ou água e energia produzidas a partir de um mesmo aparelho são alguns exemplos das inovações tecnológicas apresentadas na última semana no Salão Internacional de Soluções Energéticas Inovadoras, realizado em Nice, no sul da França.

O software desenvolvido pelo grupo Wirecom tecnologias ajuda a diminuir o uso energético residencial sem precisar contar com a consciência ambiental dos seus moradores. Instalados em cada equipamento doméstico, os chips permitem um reconhecimento mútuo e trocas de informações úteis para a regulação automática da temperatura, da luminosidade do ambiente e da utilização dos aparelhos eletrônicos e de informática.

“É uma solução para gestão de sistemas energéticos que permite o controle e otimização em função de vários parâmetros, como ocupação de uma sala e temperatura exterior”, explica o presidente da Wirecom, Thierry Allard.

O diretor comercial da francesa Enoleo, Pascal Torres, afirma que a economia de energia de “dois dígitos” é possível em 90% dos edifícios através de medidas de otimização e redução no uso. Alguns exemplos são a modernização de equipamentos, otimização da regulação, recuperação de energia, integração de fontes renováveis e melhoria do isolamento.

Atuando no setor de otimização energética e energias renováveis, as soluções tecnológicas desenvolvidas pela Enoleo têm como objetivo reduzir o consumo energético ao mesmo tempo em que se aumentem o conforto dos usuários e a segurança das instalações.

Certificações Green Buildings

Assim, surgiram as certificações de qualidade ambiental de construções, que avaliam o desempenho energético, o consumo de água, os materiais de construção, a utilização do espaço, a produção de poluição, o conforto e a qualidade interior. As edificações que são aprovadas em todos estes quesitos podem ser chamadas de “green buildings”.

Os principais selos de certificação existentes no mundo são o BREEAM, LEED, Green Star, CASBEE e HQE.

O inglês BREEAM (BRE Environmental Assessment Method) já certificou 65 mil edifícios, sendo que alguns setores são obrigados a obter esta certificação na Inglaterra. O norte-americano LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) já certificou sete mil edificios e o francês HQE (Haute Qualité Environnemental), 150.

Tanto o australiano Green Star quanto japonês CASBEE (Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency) se baseiam no Breeam e no LEED e ainda possuem poucas certificações.

Apesar das similaridades, a maiorias dos selos não é exportável para outros paises, segundo o especialista em energia do Bureau Veritas, Patrick Vendeville. Ele explica que os métodos para certificação são baseados em regras e boas práticas locais e em adequação com a regulamentação local.

No Brasil, o processo ainda é recente e desenvolvido pelo Green Buildins Council do Brasil, utilizando o selo LEED.

O Bureau Veritas, líder mundial em certificação de normas de qualidade como os ISO 14001 e 9001, irá lançar um selo para “green buildings” em parceria com quatro empresas. O ‘Green Rating’ irá avaliar o desempenho de um edifício existente através de indicadores tangíveis e mensuráveis de eficiência energética, pegada de carbono, consumo de água, gestão de resíduos, saúde e disposição de transportes coletivos próximos ao edifício. “Primeiramente este padrão será aplicado a nível europeu, para depois ser transposto internacionalmente”, afirma Vendeville

A metodologia de auditoria, que está em fase de validação, já foi testada em quatro países (Espanha, Inglaterra, Alemanha e França). Vendeville ressalta que a principal dificuldade é responder às diferentes realidades de cada país.

Energia eólica para produzir água

Pensando nas regiões áridas e isoladas, onde o acesso à agua é escasso, a empresa francesa Eole-Water desenvolveu uma tecnologia para transformar a umidade do ar em água doce através do uso de energia eólica. A tecnologia Eole-Tech captura a água presente na atmosfera em forma de vapor e a transforma em líquido com a energia produzida a partir do vento.

“O rotor eólico conduz o compressor do sistema termodinâmico do circuito de condensação, assim como a turbina de circulação de ar e o gerador de energia elétrica. O ar ambiente é aspirado para a máquina, desumidecido e liberado”, explica o diretor da Eole-Water, Marc Parent.

A água recuperada é armazenada no alto do mastro, pressionando continuamente a coluna d'água. Assim, a água pode ser direcionada e estocada à distância, no local de consumo, por exemplo.

A grande vantagem da tecnologia é a produção simultânea de água e de energia elétrica, que pode ser estocada em baterias ou utilizada para produzir hidrogênio por eletrólise da água produzida. “Uma turbina com uma hélice de nove metros de diâmetro pode produzir 18 quilowatts (KW) à 10m/seg e 780 litros de água em 24 horas (em ambiente com 30° e 60% de umidade)”, explica Parent. A Eole-Water prevê o desenvolvimento em escala comercial para o ano que vem.

Por Paula Scheidt, CarbonoBrasil com reportagem de Fernanda B. Muller, enviada especial a Nice, França

Fonte: CarbonoBrasil.

14 de julho de 2008

Energia solar concentrada...

Um dos problemas do uso de energia solar em residências é a quantidade de placas coletoras que precisam ser instaladas, o que influi no tamanho da área de instalação e no custo. Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, acabam de apresentar uma alternativa eficiente e de baixo custo.

A idéia, descrita em artigo publicado na edição de 11 de julho da revista Science, substitui os telhados por janelas, que, além de oferecer vista e claridade, passam a fornecer energia elétrica para uso dos moradores.

O segredo está no uso de um dispositivo chamado concentrador fotovoltaico orgânico, que usa tecnologias desenvolvidas para lasers e diodos emissores de luz. Como a luz é coletada em toda a área da janela e acumulada nas pontas, diminui o uso das caras células solares – os dispositivos semicondutores que transformam luz solar em eletricidade.

Segundo os autores do estudo, dos departamentos de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação do MIT, a concentração aumenta em dez vezes a energia gerada por cada célula em relação aos valores normais. Como o sistema tem fabricação simples, os pesquisadores estimam que deverá estar disponível no mercado em até três anos.

Os dispositivos também poderão ser usados em sistemas existentes, com um aumento, de acordo com os pesquisadores, de 50% na eficiência com um pequeno custo.

Diferente dos dispositivos atuais, que usam grandes e caros espelhos, o novo modelo envolve uma mistura de tintas feitas de compostos como o dicianometileno. Ao serem aplicadas em camadas de vidro ou plástico, as tintas agem em conjunto para absorver a luz em uma faixa luminosa. As ondas são então emitidas novamente em comprimento de onda diferente e transportadas pelo painel para os coletores nas bordas.

“O projeto utiliza design inovador para alcançar alta conversão solar. Os resultados demonstram a importância crítica de pesquisa básica inovativa para trazer avanços na utilização da energia solar com baixo custo”, disse Aravinda Kini, gerente do Escritório de Ciências Energéticas Básicas do Departamento de Energia do governo norte-americano.

O artigo High-Efficiency organic solar concentrators for photovoltaics, de Michael Currie e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.

Fonte: Agência FAPESP.

Aqui a matéria direto do sítio do MIT.

Aquecimento global já faz peixes migrarem...

Mudanças de temperatura provocado pelas alterações climáticas terão um forte impacto sobre as pescas e da aquicultura, relatou na quinta-feira a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).

O FAO realizou uma reunião nesta semana em Roma sobre o tema, que pretende traçar uma imagem detalhada dos desafios que irão enfrentar a pesca marinha e os milhões que dela dependem para a sua renda e de alimento. Na reunião participaram cerca de 200 especialistas e autoridades políticas da pesca em todo o mundo.

De acordo com este organismo, ao contrário de espécies terrestres, aquáticos variar o seu corpo, dependendo da temperatura ambiente. Qualquer mudança na temperatura do seu habitat afeta seu metabolismo, afetando o seu crescimento, produtividade, de reprodução e de sensibilidade para doenças sazonais e toxinas.

Além disso, a agência observou que já sentiu os efeitos das alterações climáticas. O Atlântico mostra sinais claros de aquecimento de águas profundas e que tenham sido observadas alterações na distribuição de pescado. A água morna espécies estão se movendo em direção ao pólo. Além disso, há alterações na salinidade dos oceanos devido ao degelo e aumentou chuva.

O FAO salientou que o peixe é um dos produtos alimentares mais comercializados em todo o mundo e que cerca de 42 milhões de pessoas estão diretamente empregados no setor da pesca, principalmente nos países em desenvolvimento.

Fonte: ONU Brasil (espanhol). Vi no Portal do meio Ambiente.

Brasil é líder total em desmatamento, mostra novo estudo...

As florestas tropicais do mundo todo encolheram o equivalente a mais de um Estado de São Paulo entre 2000 e 2005. E quase metade dessa destruição aconteceu --onde mais?-- no Brasil.

Os dados são de um estudo americano publicado na edição de hoje da revista "PNAS". Eles mostram que, nesses cinco anos, o país foi campeão de área absoluta desmatada e de velocidade de devastação. A análise, justiça seja feita, não capturou todo o período no qual o desmatamento esteve em queda no país (entre julho de 2004 e agosto de 2007).

Mesmo assim, com 3,6% de perda na Amazônia em relação ao total de floresta que havia em pé no ano 2000, o país ganhou até da Indonésia --dona da indústria madeireira mais predatória do mundo. Na África, onde a pressão do agronegócio industrial ainda não chegou, a taxa foi de 0,8%.

O estudo, liderado por Mathew Hansen, da Universidade do Estado de Dakota do Sul, contabilizou 272 mil quilômetros quadrados de florestas perdidas na América Latina, na África e no Sudeste Asiático.

A fatia do leão coube ao Arco do Desmatamento brasileiro, em especial Mato Grosso. "Por área, o Brasil responde por 47,8% de toda a derrubada de florestas tropicais, quase quatro vezes mais do que o segundo maior [desmatador], a Indonésia, que tem 12,8% do total", dizem os pesquisadores.

Apesar de sistemas de monitoramento do desmatamento não serem novidade nenhuma para um país como o Brasil, o novo trabalho é um dos primeiros a estipular a área desmatada nesse bioma no mundo todo. Esse tipo de monitoramento é crucial numa época em que o mundo reconhece a importância do desmatamento como fonte de gases-estufa e que países tropicais pleiteiam receber dinheiro na forma de créditos de carbono por controlá-lo.

"Muitos países não têm sistemas como o do Brasil, então a abordagem pode ser útil na capacitação para monitorar florestas", disse à Folha Ruth DeFries, da Universidade de Maryland, co-autora do estudo.

DeFries e colegas desenvolveram uma metodologia que combina imagens dos satélites Modis (mais rápidos) e Landsat (mais preciso). Em vez de olhar imagem por imagem de país por país, o grupo pegou uma amostra limitada de imagens e extrapolou o desmatamento para regiões vizinhas. "É uma abordagem estatística" diz Carlos Souza Jr., do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), que já trabalhou com DeFries.

Segundo ele, a correlação encontrada pelo grupo foi "muito boa". Ou seja, a notícia é muito ruim.

Fonte: Folha On Line.

8 de julho de 2008

Sintetizando...

"A natureza dá a cada época e estação algumas belezas peculiares; e da manhã até a noite, como do berço ao túmulo, nada mais é que um sucessão de mudanças tão gentis e suaves que quase não conseguimos perceber os seus progressos."

Charles Dickens

Príncipe Charles lança fundo para construir prédios ecológicos...

da Efe, em Londres

O príncipe Charles, herdeiro do trono britânico, decidiu lançar um fundo imobiliário de US$ 1,99 bilhão que investirá em projetos compatíveis com a proteção do meio ambiente. O herdeiro do trono britânico contratou, para isso, seu banco de investimentos, o Credit Suisse, que já começou a buscar investidores do Oriente Médio dispostos a aplicar no fundo, batizado de Tellesma, informam hoje vários veículos de comunicação locais.

O Tellesma será dirigido por uma equipe de importantes executivos do setor, entre eles Ian Henderson, ex-diretor-executivo da Land Securities, a maior imobiliária do país, que foi nomeado presidente e terá a seu lado Mark Collins, também da Land Securities. O príncipe não deve desempenhar um papel oficial no novo fundo, embora sua empresa beneficente, The Foundation for the Built Environment, será consultora no Tellesma.

Um terço do novo fundo será do The Prince's Charities, grupo de 19 organizações beneficentes apoiadas pelo príncipe de Gales, entre elas o Prince's Trust, que se beneficiarão dos lucros obtidos. Os outros dois terços pertencerão aos diversos investidores, que receberão também regularmente sua parte dos lucros gerados.

O príncipe criou o Tellesma para aproveitar a experiência adquirida no desenvolvimento de Poundbury, uma vila construída há 15 anos no condado de Dorset (sul da Inglaterra) e que muitos consideram um modelo de desenvolvimento urbano sustentável. A vila de Poundbury foi construída em terrenos pertencentes ao Ducado da Cornualha, ou seja, do próprio Charles. Seus prédios têm um caráter tradicional, já que imitam as velhas aldeias ao redor, e as fábricas criadas estão no mesmo local para evitar longos deslocamentos ao trabalho.

O novo projeto, no entanto, se centrará mais na reforma de instalações industriais abandonadas ou em propriedades comerciais, sempre com respeito ao meio ambiente. Os responsáveis pelo novo fundo querem aproveitar a queda de preços dos terrenos urbanizáveis, que se baratearam, em muitos casos, em 25% e mesmo 50%.

Fonte: Carbono Brasil.

Destinação do lixo é desafio...

O Brasil gera diariamente cerca de 141 mil toneladas de resíduos sólidos por dia, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas Públicas e Resíduos Especiais (Abrelpe). O volume assustador de lixo produzido é ainda mais preocupante quando estima-se que 59,5% desse total são dispostos inadequadamente no ambiente, e apenas 3,8% são reciclados ou compostados. Esses números mostram a necessidade de ampliação de investimentos público-privados e da conscientização da população no que diz respeito à questão do lixo urbano e seus efeitos no meio ambiente.

A capital mineira tem um exemplo de um aterro sanitário de sucesso, cuja vida útil foi encerrada depois de 32 anos. Agora, estuda alternativas para o futuro. O caso de Belo Horizonte e exemplos de aterro consorciado e de concessão dos serviços de limpeza urbana para a iniciativa privada foram algumas experiências apresentadas no 6º Seminário Meio Ambiente e Cidadania, promovido pelo HOJE EM DIA, no último dia 17.

Segundo o diretor operacional da Superintendência de Limpeza Urbana de Belo Horizonte (SLU), Edmundo Martins, a população de BH gera cerca de 54,52 Kg de resíduo por minuto. A quantidade de resíduo aterrado na cidade é de 4.430 toneladas por dia, o que representa em média 94% do total. São dados bastante positivos, já que o aterro sanitário é uma destinação ambientalmente correta para o lixo.

Leia a matéria completa aqui.

Fonte: Ambiente Brasil.

Edital público Natura Carbono Neutro 2008...

Iniciou a partir de 05 de junho estão abertas as inscrições para o Edital Público Natura Carbono Neutro 2008, programa que selecionará projetos para compensar as emissões de gases de efeito estufa da empresa no ano.

Está se buscando um portfólio variado, contemplando projetos com foco em reflorestamentos, energia renovável e outras iniciativas inovadoras de redução de emissões. A expectativa é receber também projetos de compensação com foco nos temas desmatamento evitado e reciclagem.

A avaliação das propostas será realizada com base na ficha de projeto a ser preenchida no sítio da empresa. É composto por 15 critérios, divididos em quatro temas centrais: GEE, Social, Ambiental e Inovação. O prazo para envio de propostas é 5 de setembro. Informações clique aqui.

Novo Atlas de Economia Solidária do Brasil está disponível na internet...

Lançado na semana passada, o novo Atlas da Economia Solidária no Brasil já pode ser acessado por meio do site do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Com informações atualizadas pelo mapeamento realizado até 2007, o atlas traz dados de 21.859 empreendimentos econômicos solidários distribuídos por municípios, estados, regiões, microrregiões, mesorregiões, territórios de cidadania e nacional.

Os dados coletados alimentam o Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária (Sies), que registra e identifica todas as informações sobre os empreendimentos econômicos solidários e entidades de apoio, assessoria e fomento à economia solidária no país. As atividades são de produção de bens, prestação de serviço, fundos de crédito, comercialização ou de consumo solidário.

A gestão do SIES é realizada por meio de um mutirão nacional que executa o mapeamento dos empreendimentos. Em âmbito nacional, o Grupo de Trabalho do Mapeamento da Economia Solidária é formado pela Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes) e pelo Fórum Brasileiro de Economia Solidária.

Em âmbito estadual, os fóruns estaduais de Economia Solidária, as delegacias regionais do trabalho, universidades e outras entidades que atuam com economia solidária também participam do processo. As atribuições desses grupos são as seguintes: Elaboração do Plano de Trabalho; Mobilização e sensibilização; Coordenação da coleta de informações e Manutenção do Sistema Estadual. O mapeamento é feito em duas fases. Na Fase I, são realizadas a identificação e a listagem; na Fase II, é feita a caracterização desses empreendimentos cadastrados.

O usuário do Atlas pode obter informações sobre a quantidade de empreendimentos, ano de criação, atividades econômicas (produtos e serviços), comercialização, crédito e finanças, autogestão e compromisso social e ambiental, entre outras. O Atlas foi desenvolvido pela Coordenação Geral de Informática do MTE juntamente com o Departamento de Estudos e Divulgação da Secretaria Nacional de Economia Solidária.

Os dados estão disponíveis no endereço: http://www.mte.gov.br/sistemas/atlases/. As entidades com características solidárias podem ainda informar seus dados no sistema por meio dos formulários que se encontram no endereço: www.sies.mte.gov.br.

Fonte: Envolverde/Adital.

Proteger e preservar está em suas mãos...

Campanha da RENCTAS.


RCEs são negociadas a preços recorde...

Custos da energia em alta e dúvidas sobre a oferta de créditos de carbono até 2012 empurraram para cima os preços nos mercados primário e secundário de Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) ao longo do mês de junho e avançando em julho.

Em três de julho, as negociações secundárias de RCEs expedidas fecharam em 21,50 euros para os contratos de dezembro de 2008 na Bolsa Européia do Clima (ECX - European Climate Exchange), ganhando cerca de três euros ao longo do ultimo mês e alcançando nova alta. Um pico temporário de 22 euros aconteceu devido aos rumores de que a França assumiria sozinha a responsabilidade de conectar-se ao International Transaction Log (ITL) da ONU, um gesto muito esperado por todos os países da União Européia (UE) para facilitar a negociação completa das RCEs expedidas. Os novos níveis acima de 21 euros apareceram apesar da queda de 1,80 euros do mercado de permissões da UE (EUAs - European Union Allowances) para 27,45 euros, o que segundo reportagem da Reuters, os negociadores dizem ser devido a correções neste mercado.

Isto reduz o spread entre EUAs e RCEs em cerca de 7,50 ou 6,15 euros, apesar de ser incerto que as RCEs mantenham os preços atuais se as EUAs continuarem a serem negociadas em baixa. De qualquer maneira, o movimento nos contratos para dezembro de 2008 não contam toda a história sobre a tendência dos preços no mercado de RCEs.

Os preços aumentaram ainda mais nos contratos a longo prazo, que agora valem mais do que os contratos a curto prazo. As RCEs para dezembro de 2009 fecharam em 22,25 euros, para dezembro de 2010 em 22,92 euros; para dezembro de 2011 em 23,89 euros e para dezembro de 2012 em 24,93 euros, uma curva de preços mais convencional, como descreveriam analistas técnicos.

Continue lendo.

Fonte: Carbono Brasil.

G-8 aceita corte de 50% na emissão de gases até 2050...

O primeiro-ministro do Japão, Yasuo Fukuda, disse nesta terça-feira que as maiores economias industrializadas do mundo aceitaram reduzir a emissão de gases poluentes em 50% até 2050. O acordo foi anunciado durante o segundo dia de reunião da cúpula anual do G-8, no Japão. Segundo Fukuda, o grupo pediu para alguns países, em particular, o estabelecimento de metas de médio prazo para diminuir as emissões dos gases responsáveis pelo aquecimento global.

Durante o encontro, os líderes do G-8 expressaram também "forte preocupação" sobre a ameaça que a alta dos preços dos alimentos e do petróleo representa para a economia mundial. Eles destacaram que a capacidade de produção e refinamento de petróleo precisa ser ampliada para diminuir os preços do petróleo cru. Os governantes pediram esforços adicionais para aumentar a eficiência energética e diversificar as fontes de energia.

Alguns líderes ressaltaram a necessidade de cooperação entre as nações ricas e os países em desenvolvimento no que diz respeito ao câmbio estrangeiro. Segundo eles, as taxas de câmbio, os mercados financeiros em geral e os preços dos recursos naturais estão "muito relacionados" e medidas estruturais de longo prazo podem ser necessárias para combater os problemas nessas áreas.

O grupo concordou também em concentrar esforços para finalizar com sucesso a Rodada da Doha na Organização Mundial do Comércio (OMC), informou a agência Kyodo News, citando autoridades japonesas. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Yahoo News.

UPDATE: a foto é uma ótima sacada do Danosse.

Síntese da reunião do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas...

O Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC) promoveu uma reunião, no dia 13/06/2008, no auditório do Solar da Imperatriz, na cidade do Rio de Janeiro. A reunião teve por objetivo avaliar os dados relativos ao aumento da taxa de desmatamento na Amazônia divulgados recentemente, além da discussão sobre a expansão da produção dos Biocombustíveis no Brasil e seus possíveis impactos.

Foram também apresentadas as ações desenvolvidas no âmbito dos Fóruns Estaduais de Mudanças Climáticas e debatido como se dará o processo construção do Plano Nacional Sobre Mudanças Climáticas (definido no Decreto Presidencial Nº. 6.263 de 21 de janeiro de 2007).

A reunião foi coordenada pelo Professor Luiz Pinguelli Rosa, Secretário Executivo do FBMC e contou com a presença do Ministro de Meio Ambiente, Carlos Minc. Também estiveram presentes representantes de Ministérios, Governos Estaduais, Fóruns Estaduais de Mudanças Climáticas, além de pesquisadores das universidades brasileiras, de empresas e organizações não-governamentais.

Leia aqui a matéria completa e as avaliações e contribuições sintetizadas.

Fonte: Portal do Meio Ambiente.

União Européia negocia regras de combate às mudanças climáticas...

Da Efe, em Paris

Os ministros do Meio Ambiente da UE (União Européia) começaram nesta quinta-feira (3) as negociações para estabelecer as novas regras de combate às mudanças climáticas do continente. O objetivo é chegar a um acordo, a ser assinado antes do final do ano, que estabeleça como meta a redução de pelo menos 20% das emissões de dióxido de carbono (CO2).

Por enquanto, os países do Leste Europeu, liderados pela Hungria, já manifestaram sua rejeição em utilizar o ano de 2005 como referência para os cálculos do acordo. Esses países argumentam que a data favorece os membros mais ricos da UE. Segundo o bloco, o ano de 1990 seria mais adequado como base para os cálculos.

O pedido vai de encontro à posição da Comissão Européia --braço executivo da UE--, que argumenta que antes de 2005 não havia dados precisos sobre as emissões de CO2 de cada país.

O ministro do Meio Ambiente alemão, Sigmar Gabriel, disse que a Presidência francesa da UE conseguirá um compromisso antes de dezembro.

Os 27 países-membros da UE se comprometeram a reduzir suas emissões em 30% se conseguirem chegar, na cúpula de Copenhague em 2009, a um acordo internacional para depois de 2012, ano em que encerrará a vigência do Protocolo de Kyoto.

Fonte: Folha Online.

Humanidade tem até 2015 para cortar emissões...

Por Rodrigo Craveiro

O cronômetro do aquecimento global está prestes a parar e a humanidade precisa agir logo para evitar danos à economia e ao meio ambiente. De acordo com o cientista indiano Rajendra Pachauri, presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e Prêmio Nobel da Paz em 2007, o mundo tem apenas sete anos para estabilizar as emissões de gases do efeito estufa a um nível considerado seguro. "Em 2015, as emissões atingirão o pico e terão de ser reduzidas obrigatoriamente", explicou Pachauri, em entrevista ao Correio, por telefone, de Abu Dhabi (Emiradores Árabes Unidos). "Se a temperatura média global aumentar dois graus Celsius em sete anos, teremos de começar a diminuir as emissões", alertou o especialista. Antes, o prazo estimado pelo IPCC expirava em 2020 - segundo o painel da Organização das Nações Unidas, os países industrializados precisariam cortar suas emissões entre 25 e 40 pontos percentuais para garantir a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

De acordo com Pachauri, o impacto do aquecimento global será "bastante grave", caso o mundo não consiga atingir a meta até 2015. "As conseqüências não serão imediatas, vão demandar um certo tempo, e incluem impactos na agricultura, nos recursos hídricos e na preservação da vida selvagem. As ondas de calor, secas e inundações, tudo isso se tornará mais sério", previu. O Nobel da Paz demonstra ceticismo sobre a possibilidade de os Estados Unidos negociarem um acordo ambiental efetivo, nos moldes do Protocolo de Kyoto. "Eu espero que isso ocorra, mas quem pode saber disso?", desconversou.

Pachauri defendeu ainda a liderança da União Européia (UE) nesse processo e admitiu que se mantém otimista. Antes de viajar ao Oriente Médio, o cientista se reuniu com ministros do bloco em Paris e fez um alerta. "Se a UE não liderar, temo que qualquer tentativa de fazer mudanças e de gerenciar o problema da mudança climática vai desmoronar", disse, naquela ocasião. "Vocês não conseguirão trazer outros países também."

Ceticismo

O dinamarquês Bjorn Lomborg, conhecido mundialmente como o "ambientalista cético", disse por telefone à reportagem que as previsões de Pachauri são surreais. "Não existe base científica para falarmos em um prazo de sete anos, 20 anos ou 40 anos", afirmou, acrescentando que as reduções das emissões dependem da exigência do nível de corte. "É totalmente improvável a redução de emissões em sete anos", avisou. Segundo ele, o mundo tem despejado cada vez mais gases do efeito estufa na atmosfera. "Isso ocorre porque especialmente os países subdesenvolvidos estão queimando mais combustíveis fósseis", acrescentou.

Lomborg defendeu que a humanidade precisa parar de se preocupar com a redução de emissões para apoiar as pesquisas e o desenvolvimento de tecnologias limpas, mais baratas e eficientes. "O IPCC nos alerta que enfrentaremos o aquecimento global, que veremos o aumento do nível do mar em até 59cm no fim do século, mas nenhum desses cenários assustadores é plausível", declarou. O dinamarquês admitiu que aterrorizar pessoas apenas estimula a tomada de decisões baseadas no pânico. E ele citou como exemplo o etanol brasileiro. "Ainda que o Brasil tenha a oportunidade de aumentar a produção de cana-de-açúcar e de etanol, acabará expandido o consumo de combustíveis fósseis, pelo simples motivo de eles serem ponte para a riqueza."

Ontem, representantes do setor de energia da União Européia cogitaram um acordo com o Brasil e se afastaram da polêmica meta de biocombustíveis do Velho Continente. Apesar de não terem realizado propostas de mudanças concretas para a legislação de biocombustíveis, os ministros do bloco afirmam que a UE falhou em comunicar seus planos para fazer com que 10% do combustível dos transportes terrestres venham de fontes renováveis, até 2020.

Fonte: Correio Braziliense graças ao Carbono Brasil.