A idéia, descrita em artigo publicado na edição de 11 de julho da revista Science, substitui os telhados por janelas, que, além de oferecer vista e claridade, passam a fornecer energia elétrica para uso dos moradores.
O segredo está no uso de um dispositivo chamado concentrador fotovoltaico orgânico, que usa tecnologias desenvolvidas para lasers e diodos emissores de luz. Como a luz é coletada em toda a área da janela e acumulada nas pontas, diminui o uso das caras células solares – os dispositivos semicondutores que transformam luz solar em eletricidade.
Segundo os autores do estudo, dos departamentos de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação do MIT, a concentração aumenta em dez vezes a energia gerada por cada célula em relação aos valores normais. Como o sistema tem fabricação simples, os pesquisadores estimam que deverá estar disponível no mercado em até três anos.
Os dispositivos também poderão ser usados em sistemas existentes, com um aumento, de acordo com os pesquisadores, de 50% na eficiência com um pequeno custo.
Diferente dos dispositivos atuais, que usam grandes e caros espelhos, o novo modelo envolve uma mistura de tintas feitas de compostos como o dicianometileno. Ao serem aplicadas em camadas de vidro ou plástico, as tintas agem em conjunto para absorver a luz em uma faixa luminosa. As ondas são então emitidas novamente em comprimento de onda diferente e transportadas pelo painel para os coletores nas bordas.
“O projeto utiliza design inovador para alcançar alta conversão solar. Os resultados demonstram a importância crítica de pesquisa básica inovativa para trazer avanços na utilização da energia solar com baixo custo”, disse Aravinda Kini, gerente do Escritório de Ciências Energéticas Básicas do Departamento de Energia do governo norte-americano.
O artigo High-Efficiency organic solar concentrators for photovoltaics, de Michael Currie e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.
Fonte: Agência FAPESP.
Aqui a matéria direto do sítio do MIT.
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