8 de julho de 2008

Príncipe Charles lança fundo para construir prédios ecológicos...

da Efe, em Londres

O príncipe Charles, herdeiro do trono britânico, decidiu lançar um fundo imobiliário de US$ 1,99 bilhão que investirá em projetos compatíveis com a proteção do meio ambiente. O herdeiro do trono britânico contratou, para isso, seu banco de investimentos, o Credit Suisse, que já começou a buscar investidores do Oriente Médio dispostos a aplicar no fundo, batizado de Tellesma, informam hoje vários veículos de comunicação locais.

O Tellesma será dirigido por uma equipe de importantes executivos do setor, entre eles Ian Henderson, ex-diretor-executivo da Land Securities, a maior imobiliária do país, que foi nomeado presidente e terá a seu lado Mark Collins, também da Land Securities. O príncipe não deve desempenhar um papel oficial no novo fundo, embora sua empresa beneficente, The Foundation for the Built Environment, será consultora no Tellesma.

Um terço do novo fundo será do The Prince's Charities, grupo de 19 organizações beneficentes apoiadas pelo príncipe de Gales, entre elas o Prince's Trust, que se beneficiarão dos lucros obtidos. Os outros dois terços pertencerão aos diversos investidores, que receberão também regularmente sua parte dos lucros gerados.

O príncipe criou o Tellesma para aproveitar a experiência adquirida no desenvolvimento de Poundbury, uma vila construída há 15 anos no condado de Dorset (sul da Inglaterra) e que muitos consideram um modelo de desenvolvimento urbano sustentável. A vila de Poundbury foi construída em terrenos pertencentes ao Ducado da Cornualha, ou seja, do próprio Charles. Seus prédios têm um caráter tradicional, já que imitam as velhas aldeias ao redor, e as fábricas criadas estão no mesmo local para evitar longos deslocamentos ao trabalho.

O novo projeto, no entanto, se centrará mais na reforma de instalações industriais abandonadas ou em propriedades comerciais, sempre com respeito ao meio ambiente. Os responsáveis pelo novo fundo querem aproveitar a queda de preços dos terrenos urbanizáveis, que se baratearam, em muitos casos, em 25% e mesmo 50%.

Fonte: Carbono Brasil.

Nenhum comentário: