26 de dezembro de 2007

Torres Sustentáveis...

Dubai é a capital do petróleo e localiza-se nos Emirados Árabes Unidos. Sempre apresenta construções inovadoras e impressionantes, como a maior pista indoor de ski do mundo, um condomínio formado por ilhas artificiais em forma de palmeira e o luxuoso hotel em forma de vela.

Um arquiteto alemão dirige um projeto ambicioso no País onde deseja construir edifícios de escritórios em Riad, Dubai e Bahrain que produzam toda a energia que consomem. Parece que a hora dos edifícios de escritório com emissão zero enfim chegou.

O primeiro lançamento são essas torres giratórias, que possuem em cada andar uma turbina que funciona com a força do vento, gerando energia para o pavimento, tornando o prédio auto-sustentável.

Leia mais sobre o assunto aqui.

Energia Eólica no Brasil...

Vista aérea do Parque Eólico de Osório (RS)

No Brasil, a energia eólica é bastante utilizada para o bombeamento de água na irrigação, mas quase não existem usinas eólicas produtoras de energia elétrica. No final de 2006 o Brasil possuía uma capacidade de produção de 237 MW, dos quais 208 MW foram instalados no decorrer do mesmo ano. O Brasil tornou-se assim o país da América Latina e Caribe com maior capacidade de produção de energia eólica. O primeiro projeto de geração eólica no país foi desenvolvido em Pernambuco, na ilha de Fernando de Noronha, para garantir o fornecimento de energia para a ilha que antes só contava com um gerador movido a diesel.

Quase todo o território nacional possui boas condições de vento para instalação de aerogeradores. A energia eólica brasileira teve um grande impulso com o programa do Governo Federal, o Proinfa, que possibilitará a instalação de novas usinas em diversas localidades brasileiras, principalmente no litoral nordestino e no litoral sul do Brasil. Desde 2000 foram instaladas as usinas de Mucuripe (Fortaleza-CE), Prainha (CE), e as maiores são o Parque Eólico de Osório (RS), que produz 150 MW e a de Rio do Fogo (Rio do Fogo-RN).

Dada a importância da caracterização dos recursos eólicos da região Nordeste, o Centro Brasileiro de Energia Eólica - CBEE, com o apoio da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL e do Ministério de Ciência e Tecnologia - MCT lançou, em 1998, a primeira versão do Atlas Eólico do Nordeste do Brasil (WANEB - Wind Atlas for the Northeast of Brazil) com o objetivo principal de desenvolver modelos atmosféricos, analisar dados de ventos e elaborar mapas eólicos confiáveis para a região. Um mapa de ventos preliminar do Brasil gerado a partir de simulações computacionais com modelos atmosféricos é mostrado na figura abaixo

Mapa das potencialidades eólicas do Brasil. Dados da CBEE.

Custo da energia eólica

Considerando o grande potencial eólico existente no Brasil, confirmado através de medidas de vento precisas realizadas recentemente, é possível produzir eletricidade a custos competitivos com centrais termoelétricas, nucleares e hidroelétricas. Análises dos recursos eólicos medidos em vários locais do Brasil, mostram a possibilidade de geração elétrica com custos da ordem de US$ 70 - US$ 80 por MWh.

De acordo com estudos da ELETROBRÁS, o custo da energia elétrica gerada através de novas usinas hidroelétricas construídas na região amazônica será bem mais alto que os custos das usinas implantadas até hoje. Quase 70% dos projetos possíveis deverão ter custos de geração maiores do que a energia gerada por turbinas eólicas. Outra vantagem das centrais eólicas em relação às usinas hidroelétricas é que quase toda a área ocupada pela central eólica pode ser utilizada (para agricultura, pecuária, etc.) ou preservada como habitat natural. A energia eólica poderá também resolver o grande dilema do uso da água do Rio São Francisco no Nordeste (água para gerar eletricidade versus água para irrigação). Grandes projetos de irrigação às margens do rio e/ou envolvendo a transposição das águas do rio para outras áreas podem causar um grande impacto no volume de água dos reservatórios das usinas hidrelétricas e, consequentemente, prejudicar o fornecimento de energia para a região.

Entretanto, observando o gráfico abaixo, percebe-se que as maiores velocidades de vento no nordeste do Brasil ocorrem justamente quando o fluxo de água do Rio São Francisco é mínimo. Logo, as centrais eólicas instaladas no nordeste poderão produzir grandes quantidades de energia elétrica evitando que se tenha que utilizar a água do rio São Francisco.

Comparação entre o fluxo de água do Rio São Francisco e o regime de vento no nordeste do Brasil.

Fonte: Centro Brasileiro de Energia Eólica

Energias - Parte 2...

ENERGIA EÓLICA

A energia eólica é a energia que provém do vento. O termo eólico vem do latim aeolicus, pertencente ou relativo a Éolo, deus dos ventos na mitologia grega e, portanto, pertencente ou relativo ao vento.

Conversão em energia mecânica

A energia eólica tem sido aproveitada desde a Antigüidade para mover os barcos impulsionados por velas ou para fazer funcionar a engrenagem de moinhos, ao mover suas pás. Nos moinhos de vento a energia eólica era transformada em energia mecânica, utilizada na moagem de grãos ou para bombear água. Os moinhos foram usados para fabricação de farinhas e ainda para drenagem de canais, sobretudo nos Países Baixos.

Conversão em energia elétrica

Na atualidade utiliza-se a energia eólica para mover aerogeradores - grandes turbinas colocadas em lugares de muito vento. Essas turbinas têm a forma de um cata-vento ou um moinho. Esse movimento, através de um gerador, produz energia elétrica. Precisam agrupar-se em parques eólicos, concentrações de aerogeradores, necessários para que a produção de energia se torne rentável, mas podem ser usados isoladamente, para alimentar localidades remotas e distantes da rede de transmissão. É possível ainda a utilização de aerogeradores de baixa tensão quando se trate de requisitos limitados de energia elétrica.

A energia eólica é hoje considerada uma das mais promissoras fontes naturais de energia, principalmente porque é renovável, ou seja, não se esgota. Além disso, as turbinas eólicas podem ser utilizadas tanto em conexão com redes elétricas como em lugares isolados.

Em 2005 a capacidade mundial de geração de energia elétrica através da energia eólica era de aproximadamente 59 gigawatts, - o suficiente para abastecer as necessidades básicas de um país como o Brasil - embora isso represente menos de 1% do uso mundial de energia.

Em alguns países a energia elétrica gerada a partir do vento representa significativa parcela da demanda. Na Dinamarca esta representa 23% da produção, 6% na Alemanha e cerca de 8% em Portugal (dados de setembro de 2007) e na Espanha. Globalmente, a geração através de energia eólica mais que quadruplicou entre 1999 e 2005.

A energia eólica é renovável, limpa, amplamente distribuída globalmente, e, se utilizada para substituir fontes de combustíveis fósseis, auxilia na redução do efeito-estufa.

O custo da geração de energia eólica tem caído rapidamente nos últimos anos. Em 2005 o custo da energia eólica era cerca de um quinto do que custava no final dos anos 90, e essa queda de custos deve continuar com a ascensão da tecnologia de produção de grandes aerogeradores. No ano de 2003 a energia eólica foi a forma de energia que mais cresceu nos Estados Unidos.

A maioria das formas de geração de eletricidade requer altíssimos investimentos de capital, e baixos custos de manutenção. Isto é particularmente verdade para o caso da energia eólica, onde os custos com a construção de cada aerogerador pode ficar na casa dos milhões de reais, os custos com manutenção são baixos e o custo com combustível é zero. Na composição do cálculo de investimento e custo nesta forma de energia levam-se em conta diversos fatores, como a produção anual estimada, as taxas de juros, os custos de construção, de manutenção, de localização e os riscos de queda dos geradores. Sendo assim os cálculos sobre o real custo de produção da energia eólica diferem muito, de acordo com a localização de cada usina.

Apesar da grandiosidade dos modernos moinhos de vento, a tecnologia utilizada continua a mesma de há 1.000 anos, tudo indicando que brevemente será suplantada por outras tecnologias de maior eficiência, como é o caso da turbovela, uma voluta vertical apropriada para capturar vento a baixa pressão ao passar nos rotores axiais protegidos internamente. Esse tipo não oferece riscos de colisões das pás com objetos voadores (animais silvestres) e não interfere na audio-visão. Essa tecnologia já é uma realidade que tanto pode ser introduzida no meio ambiente marinho como no terrestre.

Aplicações dos Sistemas Eólicos

Um sistema eólico pode ser utilizado em três aplicações distintas: sistemas isolados, sistemas híbridos e sistemas interligados à rede. Os sistemas obedecem a uma configuração básica, necessitam de uma unidade de controle de potência e, em determinados casos, conforme a aplicação, de uma unidade de armazenamento.

Sistemas Isolados: Os sistemas isolados de pequeno porte, em geral, utilizam alguma forma de armazenamento de energia. Este armazenamento pode ser feito através de baterias ou na forma de energia potencial gravitacional com a finalidade de armazenar a água bombeada em reservatórios elevados para posterior utilização. Alguns sistemas isolados não necessitam de armazenamento, como no caso dos sistemas para irrigação onde toda a água bombeada é diretamente consumida.Os sistemas que armazenam energia em baterias necessitam de um dispositivo para controlar a carga e a descarga da bateria. O controlador de carga tem como principal objetivo não deixar que haja danos ao sistema de bateria por sobrecargas ou descargas profundas.

Para alimentação de equipamentos que operam com corrente alternada (CA) é necessário a utilização de um inversor. Este inversor pode ser de estado sólido (eletrônico) ou rotativo (mecânico).

Sistemas Híbridos: Os sistemas híbridos são aqueles que apresentam mais de uma fonte de energia como, por exemplo, turbinas eólicas, geradores Diesel, módulos fotovoltaicos, entre outras. A utilização de várias formas de geração de energia elétrica aumenta a complexidade do sistema e exige a otimização do uso de cada uma das fontes. Nesses casos, é necessário realizar um controle de todas as fontes para que haja máxima eficiência e otimização dos fluxos energéticos na entrega da energia para o usuário.

Em geral, os sistemas híbridos são empregados em sistemas de médio porte destinados a atender um número maior de usuários. Por trabalhar com cargas em corrente alternada, o sistema híbrido também necessita de um inversor. Devido à grande complexidade de arranjos e multiplicidade de opções, a forma de otimização do sistema torna-se um estudo particular a cada caso.

Sistemas Interligados à Rede: Os sistemas interligados à rede não necessitam de sistemas de armazenamento de energia pois toda a geração é entregue diretamente à rede elétrica. Estes sistemas representam uma fonte complementar ao sistema elétrico de grande porte ao qual estão interligados.

Os sistemas eólicos interligados à rede apresentam as vantagens inerentes aos sistemas de geração distribuída tais como: a redução de perdas, o custo evitado de expansão de rede e a geração na hora de ponta quando o regime dos ventos coincide com o pico da curva de carga.

Veja aqui um tutorial completo sobre energia eólica

Energia Eólica e Meio Ambiente

A energia eólica é considerada das mais limpas do planeta, disponível em diversos lugares e em diferentes intensidades, uma boa alternativa às energias não-renováveis.

Apesar de não queimarem combustíveis fósseis e não emitirem poluentes, fazendas eólicas não são totalmente desprovidas de impactos ambientais. Elas alteram paisagens com suas torres e hélices e podem ameaçar pássaros se forem instaladas em rotas de migração. Emitem um certo nível de ruído (de baixa freqüência), que pode causar algum incômodo. Além disso, podem causar interferência na transmissão de televisão.

O custo dos geradores eólicos é elevado, porém o vento é uma fonte inesgotável de energia. E as plantas eólicas têm uma retorno financeiro a um curto prazo.

Outro problema que pode se citado é que em regiões onde o vento não é constante, ou a intensidade é muito fraca, obtêm-se pouca energia e quando ocorrem chuvas muito fortes, há desperdício de energia.

Leia aqui um artigo que analisa o contexto atual da energia eólica

Lei de BETZ

Quanto maior for a energia cinética extraída do vento pelo aerogerador, maior será a travagem que sofrerá o vento que deixa o aerogerador. Se teoricamente fosse possível extrair toda a energia do vento, o ar sairia com velocidade nula, ou melhor, o ar não poderia abandonar a turbina. Nesse caso não seria possível extrair nenhuma energia, uma vez que também não entraria ar no rotor do aerogerador. No outro caso extremo, consideramos o ar a passar por um tubo de vento sem nenhum impedimento, também não será possível extrair energia do vento. Entre estes dois extremos existe um valor para o qual e mais eficiente a conversão da energia do vento em energia mecânica: um aerogerador ira travar até cerca de 2/3 da sua velocidade inicial. Este valor obtêm-se da formulação de 1919, realizada pelo físico Albert Betz, e conhecida como Lei de Betz.

A Lei de Betz diz que só se pode converter menos de 16/27 (59%) da energia cinética em energia mecânica ao utilizar um aerogerador. A potência varia com o cubo da velocidade do vento, e proporcionalmente com a densidade do ar. A maior parte da energia eólica está localizada acima da velocidade média do vento de projeto. Para a produção de energia elétrica em grande escala só locais com valores de velocidades média anuais superiores a 6 m/seg são interessantes, abaixo deste valor já não existe viabilidade para este tipo de aplicações. De fato a velocidade à qual os aerogeradores começam a rodar situa-se nos 3-5 m/s (velocidade de ligação), no entanto abaixo de 5 m/s a quantidade de energia no vento é muito baixa, e a turbina apenas começa a funcionar por volta dos 5 m/s. Os valores ideais de aproveitamento andam a volta do 9-10 m/seg, no entanto as turbinas podem ser desenhadas para uma eficiência máxima dependendo da zona de velocidade de vento onde esteja a maior parte da energia. O valor limite estrutural para as turbinas anda a volta do 25 m/seg (velocidade de corte). A estas velocidades as turbinas tem de ser capazes de dissipar a energia em excesso.

Fonte: Portal das Energias Renováveis

25 de dezembro de 2007

Nordeste atrairá R$ 8 bilhões e será referência em fonte eólica...

O vento do Leste da África que sopra sobre o Nordeste brasileiro impulsiona o desenvolvimento de projetos de energia eólica naquela região. Aos poucos, estados como o Ceará estão se tornando referência neste tipo de fonte energética, limpa e renovável.

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), para os próximos cinco anos, estão previstos investimentos da ordem de R$ 8 bilhões para a implantação de parques eólicos na região. "Podemos ousar sim! O Ceará tem potencial para produzir de energia eólica, o equivalente a seis usinas de Itaipu", afirma o presidente da Abeeólica, Lauro Fiúza. O executivo participou, na última sexta-feira, do lançamento da pedra fundamental das obras do Parque Taíba-Albatroz, de 16,5 megawatts (MW), a ser instalado no distrito com o mesmo nome, município de São Gonçalo do Amarante, há 70 quilômetros de Fortaleza.

Este é o primeiro de quatro parques a serem instalados em cidades turísticas do Ceará. Os demais, Bons Ventos, de 50 MW, Canoa Quebrada, com 57 MW e Enacel, 31,5 MW, serão implantados no município de Aracati, a 164 quilômetros da capital. Conforme as expectativas dos empreendedores, os quatro parques devem entrar em operação até o final de 2008. Com isso, a contribuição do estado será de quase um terço dos 504 MW habilitados pelo Programa de Incentivo às Fontes Alternativas (Proinfa) e a 12% dos 1.400 MW liberados para todo o Brasil.

Em cada um dos parques serão montados 75 aerogeradores com capacidade de 2,1 MW cada. A quantidade de energia elétrica a ser gerada será suficiente para atender uma cidade com 500 mil habitantes.

Apesar de solo arenoso, nas bases de sustentação das torres serão utilizados 18 mil metros cúbicos de concreto numa armação de 11 mil toneladas de aço e 1.350 estacas de 70 centímetros de diâmetro com 15 metros de profundidade. Serão 82 quilômetros de linhas de transmissão.

Além da garantia de energia para a região, os empresários comemoram também o novo negócio. Pela primeira vez o empreendimento será construído por empresas cearenses, como o Grupo Servitec e a Bons Ventos Geradora de Energia S/A.

O aporte inicial de R$ 800 milhões foi dividido entre os grupos Servitec e Ligna, Fundo de Investimento Brasil de Energia (FIP) e acionistas que injetaram 20%. Os Fundos Constitucionais de Financiamento da Sudene, outros 60% e o Banco do Nordeste, o restante, 20%. "Nós entendemos que a partir de agora quando o Madeira deslancha, não temos alternativa senão investir pesado nessa fonte interminável de energia", explica Fiuza.

Segundo Luiz Eduardo Moraes, presidente da Bons Ventos, no Estado do Ceará, mais quatro áreas já estão em prospecção para a implantação de parques eólicos. "Para que haja expansão de parques e uma participação maior da iniciativa privada, seria interessante que o governo realizasse mais leilões específicos de fontes alternativas e um apenas de eólica", disse.

Ele acrescentou também que, apesar da implantação desses novos parques, o Brasil demorou muito para admitir que a energia elétrica produzida pelo vento poderia se tornar competitiva como a hidráulica. "Acho que o Brasil demorou muito para encarar essa realidade. Em países como os EUA, e os da União Européia a energia eólica está em fase de expansão e contribuindo fortemente com a matriz energética", lembra o executivo.

De acordo com o Atlas Eólico do Brasil, o potencial de energia eólica do País pode chegar a 145 giga watts (GW). O Nordeste contribui com 52% de todo esta possível geração com 75 GW. No Ceará, o potencial é de 25 mil MW em terra e 10 mil MW sobre o mar. Conforme as informações da Eletrobras, já foram autorizados pelo Proinfa mais 14 projetos eólicos que vão totalizar, até 2010, 500,5 MW de potência instalada.

Fonte: Observatório do Clima/ Gazeta Mercantil

21 de dezembro de 2007

Presente de Natal...

Para todos aqueles que acompanham o blog, compartilho com vocês o primeiro volume do CD "Seleta Ecológica". É uma seleção pessoal composta de canções temáticas relacionadas ao meio ambiente que, por sugestão do amigo Eduardo Bayer, autor do Blog Karipuna Waköpünska, disponibilizo em formato mp3. Fiquem à vontade para baixar nos nossos arquivos no 4Shared, ou quem preferir utilizar o Rapidshare, clique aqui.

Não deixe de comentar dizendo o que achou.

Músicas do CD:

  1. Ney Matogrosso, Pedro Luis e a Parede - Transpiração
  2. Azymuth - Linha do horizonte
  3. Cordel do Fogo Encantado - Chover (ou Invocação Para Um Dia Líquido)
  4. Clara Nunes - Como é Grande e Bonita a Natureza
  5. Zé Ramalho - Força Verde
  6. Milton Nascimento - Estórias da Floresta
  7. Raul seixas - Mata virgem
  8. Arnaldo Antunes - As Árvores
  9. Ponto de Equilíbrio - Árvore do Reggae
  10. Gilberto Gil - Refazenda
  11. Mestre Ambrosio - Jatobá
  12. Dread Lion - Oh! Chuva!
  13. Zeca Baleiro - Mamãe Oxum
  14. Elomar, Geraldo, Vital & Xangai - Matança
  15. Vanessa Da Mata - Absurdo
  16. Nativus - Presente De Um Beija-Flor
  17. Gal Costa - Flor do cerrado
  18. Ultramen - Preserve
  19. Chico Sciense & Nação Zumbi - Baião ambiental
  20. Casa Das Máquinas - A Natureza
E tenham todos um Feliz Natal, lembrando que um dos símbolos do Natal é... uma árvore!

A troca de mp3 no Brasil não é crime como muitos pensam, crime é a venda de mp3 sem dar o devido direito ao autor, gravação de CDS sendo cópia ou sendo a partir de MP3.
  • De acordo com a lei, o arquivo deve permanecer no máximo 24 horas em seu computador, posteriormente deletado. Esses mesmos arquivos são somente para divulgação das respectivas bandas/grupos musicais.
  • A aquisição desses arquivos por esse blog é de responsabilidade de quem os baixou.
  • Os membros do blog não tem responsabilidade alguma sobre os arquivos que o participante baixou ou venha a baixar e a finalidade do mesmo.
O participante que utilizar esse blog, tem total conhecimento e aceita os termos referidos acima e qualquer ato que venha a tomar é de sua responsabilidade.

Qualquer artista que se sinta ofendido, entre em contato com progressoverde@gmail.com, e providências serão tomadas imediatamente.

Sintetizando...

"A natureza tem perfeições para demonstrar que é a imagem de Deus e imperfeições para provar que só é uma imagem."

Blaise Pascal

20 de dezembro de 2007

Barclays Capital lança primeiro Índice Global de Carbono...

A Barclays Capital - divisão de investimentos do Barclays Bank PLC - anunciou o lançamento de um índice global de carbono, o Barclays Capital Global Carbon Index (BGCI). O BGCI rastreia a performance dos créditos de carbono associados aos maiores esquemas de comércio de emissões de gases do efeito estufa do mundo.

É a primeira vez que um índice é disponibilizado para gerentes de ativos, bancos privados e investidores institucionais na tentativa de estabelecer um benchmark compreensivo para este mercado em rápido crescimento.

O BGCI compreende inicialmente dois sub-índices que rastreiam a performance dos créditos de carbono associados ao esquema de comércio de emissões da União Européia (EU ETS), às permissões da UE e ao Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Kyoto - as RCEs (Reduções Certificadas de Emissões). O índice irá incorporar novos esquemas ao passo que eles se desenvolvem ao redor do mundo.

Louis Redshaw, chefe de Mercados Ambientais, diz: “O lançamento deste índice é um desenvolvimento importante em nossas ofertas de produtos para mercados ambientais. Já que caminhamos em direção a primeira fase do Protocolo de Kyoto e a segunda fase do EU ETS, esperamos que o mercado cresça significativamente enquanto tanto empresários quanto investidores procuram gerenciar seus riscos e alavancar novas oportunidades”.

“A Barclays Capital é vista como um dos maiores inovadores na área de mercado de emissões. E com mais este produto em nosso portfólio estamos muito felizes em poder fornecer soluções (relacionadas ao) risco de carbono para todo o espectro de clientes”, acrescenta.

A Barclays Capital irá fornecer suporte e análises para estes índices por meio do seu website e outros canais de e-commerce, incluindo a Bloomberg. Os índices são calculados diariamente e utilizam preços padrão e um calendário de mercado apropriado aos investidores internacionais. Todas as regras do índice estão disponíveis no novo guia do BGCI.

Para obter mais informações, clique aqui.

Traduzido por Fernanda Muller, CarbonoBrasil

Fonte: Barclays

MDL - Parte 7...

MODUS OPERANDI

QUADRO INSTITUCIONAL PARA APROVAÇÃO DE PROJETOS DE MDL

Já vimos que as linhas básicas de procedimentos para o MDL estão definidas no Artigo 12 do Protocolo de Quioto e em resoluções já aprovadas nas COPs. São elas:

  • Os países "hóspedes" de iniciativas de MDL deverão avaliar o interesse do projeto diante das políticas e planos nacionais e diante dos benefícios para a redução de emissões e para a sustentabilidade;
  • Os projetos de MDL, adequados aos interesses nacionais, deverão ser certificados por entidades internacionais independentes designadas pela COP;
  • Os projetos de MDL, bem como os padrões e critérios nacionais de aprovação e os procedimentos de certificação das entidades independentes internacionais, deverão ser submetidos à autoridade do Conselho Executivo do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (Executive Board), constituído pela ONU especificamente para essa finalidade.

No Brasil, o desenho básico de operacionalização do MDL - e, de modo mais geral, dos compromissos do Protocolo de Quioto e da Convenção de Mudanças Climáticas - foi definido em dois Decretos Presidenciais: o de criação da Comissão Interministerial de Mudanças Climáticas, de 7 de julho de 1999, que deverá, através da sua Secretaria Executiva, definir a eligibilidade dos projetos nacionais de MDL e sua adequação às estratégias nacionais de desenvolvimento sustentável e o de criação do Fórum Nacional de Mudanças Climáticas, de 20 de junho de 2000, que deverá promover o debate e o maior envolvimento dos vários segmentos da sociedade brasileira nas ações relativas à redução das mudanças climáticas e à implementação dos Mecanismos do Protocolo de Quioto.

Como modus operandi institucional para os projetos de MDL, o modelo proposto pode ser esquematizado da seguinte maneira:

Quadro Institucional Brasileiro para Gerenciamento da Implementação dos Assuntos Relativos à Convenção das Mudanças Climáticas, Protocolo de Quioto e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).

Transparência, clareza de definições, simplicidade nos procedimentos e agilidade nas resoluções são fatores de fundamental importância para que o setor produtivo brasileiro realize . em bases competitivas . o seu potencial de desenvolvimento de projetos de MDL.

Para estimular e direcionar o processo de capacitação nacional aos projetos de MDL, o país, através de sua Comissão Interministerial, deve destacar um rol . ainda que preliminar . das atividades, setores e áreas de interesse nacional prioritário para a fase de implantação desses projetos, atendendo aos objetivos nacionais de desenvolvimento econômico, social e ambiental, tais como:

  • Ampliação do uso de fontes de energia e combustíveis renováveis;
  • Conservação de energia e de aumento da eficiência energética;
  • Substituição do uso de recursos energéticos de origem fóssil por fontes energéticas renováveis ou de baixo potencial emissor;
  • Melhoria e redução de emissões em sistemas de transporte;
  • Co-geração de eletricidade;
  • Aumento da oferta energética nacional através do uso de fontes renováveis, não emissoras ou de baixo potencial de emissão;
  • Reflorestamento e recuperação de áreas desflorestadas e/ou degradadas, compatíveis com as definições nacionais e regionais de uso do solo e áreas de proteção.

Evidentemente, como qualquer iniciativa e empreendimento, os projetos de MDL também deverão ser submetidos às normas e exigências (nacionais e locais) de aprovação e licenciamento para o seu funcionamento e implantação.

A avaliação da adequação de um projeto como MDL e de sua qualificação à emissão dos CERs correspondentes ao benefício que trouxe em termos de redução de emissões deve ser rápida, clara e preliminar aos demais procedimentos usuais de licenciamento e aprovação.

Além da definição prévia das áreas e setores de atividade prioritários aos interesses nacionais para o desenvolvimento de projetos de MDL (conforme lista já enunciada acima), é fundamental também que a perspectiva empresarial e suas preocupações com a competitividade das transações tenham participação efetiva e regular no processo de qualificação.

Principalmente na fase inicial, o desenvolvimento de projetos de MDL e o mercado dos CERs, dado o seu ineditismo, exigirão grande integração de conhecimentos e capacidade de adaptação às novas demandas e necessidades. É um processo em que se aprende fazendo (learning by doing) e em que se exige que os interesses públicos e os privados estejam em um constante trabalho interativo e de afinação, fator básico para um bom posicionamento do Brasil no mercado dos CERs e para um fluxo positivo de desenvolvimento de projetos de MDL.

Para saber mais, visite a página do MDL no Ministério de Ciência e Tecnologia.

MODELO DE DINÂMICA DE APROVAÇÃO PARA PROJETOS DE MDL NO BRASIL

FASES

1 - Elaboração do Projeto.

2 - Apresentação ao órgão governamental nacional (Secretaria Executiva), que avalia o projeto e fornece sua "validação".

  • A validação, em termos nacionais, autoriza a instalação do projeto (que normalmente deverá se submeter a todos os demais procedimentos de licenciamento previstos pela legislação brasileira).
  • A validação, em termos internacionais, permite que o projeto seja encaminhado para registro no órgão gestor dos projetos de MDL da ONU (Executive Board).

3 - Implementação do Projeto.

4 - Monitoramento e verificação da conformidade do projeto.

  • Por entidade independente certificadora.
  • Aprovação governamental final do projeto instalado.

5 - Certificação.

  • Feita por entidade internacional independente que atesta a efetividade e certifica os volumes de redução de emissões do projeto.

6 - Operacionalização financeira e comercial dos CERs.

  • Garantias, Seguro etc.

Novos Arquivos no 4Shared...

Adicionados novos arquivos no 4Shared, relativos à desenvolvimento sustentável, MDL, sequestro de carbono, entre outros. Clique no link ao lado, na seção Multimídia e Interatividade, ou aqui.

18 de dezembro de 2007

Construção Sustentável...

Descubra, em poucos cliques, se a sua obra está no caminho da sustentabilidade. O teste desenvolvido por Arquitetura&Construção ensina como dar os primeiros passos.

Clique aqui para acessar a página de simuladores do Planeta Sustentável.

Bali, uma chance desperdiçada...

Representantes de 190 nações reunidos em Bali, na Indonésia, deixaram passar, no fim de semana, uma chance de ouro para deter de vez a deterioração do planeta. Pressionados pelos Estados Unidos - que se negavam a aceitar qualquer meta quantificável de redução de emissão de gases nocivos - os participantes da conferência sobre o clima chegaram apenas a uma carta de boas intenções, muito longe do novo protocolo que se esperava de tal cúpula. O texto consensual exclui qualquer referência a níveis, margens ou prazos de redução de gases do efeito estufa. E transfere para futuras reuniões a responsabilidade de esquematizar um verdadeiro acordo climático global, baseado em números.

Enquanto isso, a Terra pede socorro. O último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima, divulgado em novembro, já alertava: a Amazônia está sufocando e parte da floresta corre o risco de se transformar num imenso cerrado. O documento assinado por pesquisadores de várias nações - incluindo brasileiros - informava que a temperatura do planeta está subindo mais rápido do que o previsto. Onze dos últimos 12 anos figuram entre os mais quentes desde que a medição começou a ser feita, em 1850. O nível dos oceanos subiu 1,8 milímetro ao ano desde 1961, e a partir de 1993 o ritmo passou a 3,1 milímetros por ano. As calotas polares e as geleiras vêm derretendo mais rapidamente. As tempestades tornaram-se mais fortes e freqüentes. O relatório confirmou que as causas da reviravolta climática são humanas.

A emissão de gases que provocam o efeito estufa aumentou 70% desde 1970. A principal fonte é a queima de combustíveis fósseis - ou seja, o vilão é o petróleo, que alimenta a riqueza e o bem-estar das nações desenvolvidas e sustenta o crescimento econômico de 10 entre 10 países em desenvolvimento. Nas próximas duas décadas, a temperatura tende a manter a elevação média de 0,2ºC por ano.

Diante de previsões tão aterradoras, esperava-se que a conferência de Bali se traduzisse num grande acordo mundial que suavizasse os impactos das alterações climáticas já percebidas. Os maiores poluidores da Terra, contudo, foram incapazes de compreender que o esforço dos países ricos tem de ser maior que o das nações mais pobres. Justamente em função dessa assimetria, é necessário que os mais desenvolvidos transfiram tecnologia e recursos aos que ainda buscam sair das dificuldades impostas pela miséria. É a noção de que há responsabilidades comuns, porém diferenciadas.

Mudanças efetivas no modelo de desenvolvimento a que se está acostumado, porém, custam caro - alegam os grandes poluidores, esquecendo-se de que o preço cobrado pela natureza será muito mais alto quando o nível do mar já tiver subido 1 metro, e cidades inteiras submergirem. Em verdade, o custo para reverter processos em andamento - como a desertificação do sertão nordestino e o desaparecimento de parte da floresta amazônica - não é tão elevado. Acabará sendo compensado, em parte, com a redução de gastos do sistema de saúde com o tratamento das doenças provocadas pela poluição do ar.

O Brasil, dono de fontes "limpas" de energia (hidrelétrica e nuclear) e de um bem-sucedido programa de biocombustível (carros a álcool e flex são uma realidade nas ruas) deve, doravante, elevar a voz nas conversações de alto nível. Sem descuidar, no entanto, do calcanhar-de-aquiles nacional: o desmatamento. Nos últimos três anos, com o aumento da capacidade do poder público em monitorar as matas em tempo real, o país reduziu o nível de derrubada de florestas de 27 mil km² anuais para 11 mil km². Ainda é pouco. Se quiser mesmo assumir o protagonismo nas negociações sobre o clima, o governo brasileiro terá de convencer o mundo (a começar pelo empresariado local) de que uma floresta "em pé" vale mais que a derrubada. Uma equação difícil no atual modelo econômico, mas cuja solução deve ser procurada desde já.

Fonte: Jornal do Brasil

17 de dezembro de 2007

Sintetizando...

"A transição para uma energia renovável é inevitável, não porque os combustíveis fósseis se esgotarão - ainda existem grandes reservas de petróleo, carvão e gás natural no mundo -, mas porque os custos e riscos de se utilizar esses suprimentos continuarão a aumentar em relação à energia renovável."

Mohamed El-Ashry

Painel solar de garrafa pet...

Lixo vira água quente...

José Alcino Alano desenvolveu um aquecedor solar de água utilizando garrafas pet, embalagens tetra-pak, tubos de pvc e muita criatividade. A iniciativa ganhou, inclusive, o prêmio SUPER Ecologia 2004 da Revista Superinteressante.

O esquema é mesmo dos aquecedores solares produzidos industrialmente, conhecido tecnicamente de sistema termo-sifão. A diferença está justamente do material utilizado. As garrafas, as caixas de leite e alguns metros de canos de PVC são utilizados para confeccionar o painel que serve para a aquecer a água. As caixinhas recortadas e os canos são pintados de preto fosco para absorverem a energia solar e a transformar em calor. As garrafas envolvem os canos por onde passa a água e mantém o calor através de efeito estufa. A água sai da caixa d’água em temperatura ambiente, passa lentamente pelo sistema, eleva a sua temperatura e volta para a caixa.

Após seis horas em média nesse ciclo constante, a água pode chegar a uma temperatura de até 38º Celsius no inverno sul-catarinense ou 50º no verão. “No inverno, como o frio é demais na nossa região, ás vezes ligamos o chuveiro elétrico com controle eletrônico no mínimo somente para dar aquecida a mais, pois o sistema já quebrou aquele gelo. Já no verão a água fica realmente quente e é preciso misturar com água fria para não se queimar”, conta seu José Alano, que usa o aquecedor de pet em sua casa desde outubro de 2002. “Resolvi elaborar esse projeto ao perceber o grande desperdício de plástico e de papel que promovemos ao jogarmos essas garrafas e caixas no lixo”, conta.

Na sua residência, o sistema abastece dois banheiros e custou um investimento total de R$ 83,00. Apesar de hoje estar precisando de uma ampliação, Zé Alano, como é mais conhecido, consegue economizar até 120 quilowatts de energia elétrica por mês.

O sonho do comerciante agora é ver o seu invento sendo utilizado em escolas, creches, entidades e pela comunidade em geral. “Nós registramos a patente não para desenvolver um processo industrial, mas justamente para evitar que outros não utilizem comercialmente a idéia”, ressalta. Para tanto, seu José tem buscado apoio de entidades para levar o seu projeto, que ainda não foi instalado em nenhum outro lugar, adiante. “Se você parar para pensar, vai perceber que, na verdade, não estou fazendo isso por caridade, afinal, reaproveitando o lixo, vou estar fazendo um mundo melhor para mim, para meus filhos para os meus netos”, diz empolgado. “Mas somente consegui chegar a esse resultado graças à ajuda da minha esposa, Lizete, e de meus filhos”.
Interessados em conhecer o projeto de seu José Alcino podem entrar em contato através do e-mail da família Alano walano@ibest.com.br.

Aprenda aqui, passo a passo, a construir o aquecedor...

Célula solar bate recorde de eficiência e pode viabilizar energia solar...

Pesquisadores da Universidade de Delaware, Estados Unidos, conseguiram bater o recorde de eficiência energética das células solares cristalinas, atingindo um rendimento de 42,8% de conversão sob condições normais de iluminação. As células solares cristalinas são o tipo mais tradicional de célula fotovoltaica, sendo fabricadas de silício, o mesmo material com que são feitos os chips de computador.

Recorde de eficiência

O recorde anterior de eficiência das células solares cristalinas, de 40,7%, pertencia aos mesmos pesquisadores. Eles conseguiram o novo avanço depois de desenvolver um novo sistema óptico de concentração da luz e de incorporar uma série de pequenas inovações a todo projeto da célula solar.

Para se ter uma idéia do avanço alcançado, o recorde anterior de 40,7% de eficiência utilizava uma lente do tamanho de uma mesa e com uma espessura de 30 centímetros para concentrar a luz solar exatamente sobre a célula. Agora, a nova célula capaz de converter a luz do sol em eletricidade com uma eficiência de 42,8% precisa de uma lente que não chega a 1 centímetro de diâmetro. Para uma comparação com células solares orgânicas, que utilizam outra tecnologia, veja Células solares duplas são as mais eficientes já fabricadas.

"Esta é uma célula solar que funciona. Esta tecnologia tem o potencial para mudar a forma como a eletricidade é gerada ao redor do mundo," diz o pesquisador Allen Barnett, ressaltando que a diminuição do aparato óptico permite a utilização das células até mesmo para abastecer um computador portátil.

Célula solar cristalina

As novas células solares de altíssima eficiência utilizam um novo sistema de concentração óptica lateral, que divide a luz solar em três diferentes níveis de energia - alto, médio e baixo - dirigindo-os para o interior de células solares feitas com materiais de diferentes sensibilidades à luz. Assim, tira-se proveito da maior parte do espectro eletromagnético, evitando o desperdício de luz.

O sistema óptico é fixo, eliminando a necessidade dos caros sistemas de posicionamento, responsáveis por manter as células solares sempre apontadas para o Sol. Trata-se de um concentrador óptico com um grande ângulo de captura da luz, que envia diferentes concentrações de luz para cada célula solar especializada naquela freqüência.

Escala industrial

O próximo passo é converter os processos feitos em laboratório para a escala industrial, a fim de que as novas células solares possam chegar ao mercado. Elas têm duas vezes a eficiência dos módulos fotovoltaicos atualmente sendo comercializados, e poderão representar um enorme incentivo ao uso da energia solar.

O esforço consistirá na montagem de uma fábrica-piloto, que deverá estar pronta em cerca de 3 anos. O investimento, estimado em US$100 milhões, será compartilhado entre órgãos do governo norte-americano e por empresas privadas.

Até lá, porém, as novas células já serão utilizadas em sistemas aeroespaciais, que exigem painéis pequenos em relação ao que a economia como um todo poderá demandar para uso doméstico e industrial.

E as pesquisas vão continuar: o objetivo dos pesquisadores é chegar à produção de células solares em volume industrial com um rendimento energético de 50%, utilizando estruturas de concentração óptica viáveis para uso comercial, tanto em termos técnicos e de dimensões, quanto em termos de custos.

Inovação Tecnológica

Energias - Parte 1...

ENERGIA SOLAR

Energia solar é a designação dada a qualquer tipo de captação de energia luminosa (e, em certo sentido, da energia térmica) proveniente do Sol, e posterior transformação dessa energia captada em alguma forma utilizável pelo homem, seja diretamente para aquecimento de água ou ainda como energia elétrica ou mecânica.

No seu movimento de translação ao redor do Sol, a Terra recebe 1 410 W/m2 de energia, medição feita numa superfície normal (em ângulo reto) com o Sol. Disso, aproximadamente 19% é absorvido pela atmosfera e 35% é refletido pelas nuvens. Ao passar pela atmosfera terrestre, a maior parte da energia solar está na forma de luz visível ou luz ultravioleta.

As plantas utilizam diretamente essa energia no processo de fotossíntese. Nós usamos essa energia quando queimamos lenha ou combustíveis minerais. Existem técnicas experimentais para criar combustível a partir da absorção da luz solar em uma reação química de modo similar à fotossíntese vegetal - mas sem a presença destes organismos.

Distribuição diária média entre 1991-1993 da energia solar recebida pela Terra ao redor do Mundo. Os pontos em preto representam a área necessária para suprir toda a demanda de energia global.


Tipos de Energia Solar

Método de captura direto significa que há apenas uma transformação para fazer da energia solar um tipo de energia utilizável pelo homem. Exemplos: A energia solar atinge uma célula fotovoltaica criando eletricidade. (A conversão a partir de células fotovoltaicas é classificada como directa, apesar de que a energia elétrica gerada precisará de nova conversão - em energia luminosa ou mecânica, por exemplo - para se fazer útil.) A energia solar atinge uma superfície escura e é transformada em calor, que aquecerá uma quantidade de água, por exemplo - esse princípio é muito utilizado em aquecedores solares.

Método de captura indireto significa que precisará haver mais de uma transformação para que surja energia utilizável. Exemplo:Sistemas que controlam automaticamente cortinas, de acordo com a disponibilidade de luz do Sol.

Sistemas passivos são geralmente diretos, apesar de envolverem (algumas vezes) fluxo em convecção, que é tecnicamente uma conversão de calor em energia mecânica.

Sistemas ativos são sistemas que apelam ao auxílio de dispositivos elétricos, mecânicos ou químicos para aumentar a efetividade da coleta. Sistemas indiretos são quase sempre também ativos.

Energia Solar Fototérmica

Está diretamente ligado na quantidade de energia que um determinado corpo é capaz de absorver, sob a forma de calor, a partir da radiação solar incidente no mesmo. A utilização dessa forma de energia implica saber captá-la e armazená-la. Os coletores solares são equipamentos que tem como objetivo específico de se utilizar a energia solar fototérmica.

Os coletores solares são aquecedores de fluídos (líquidos ou gasosos) e são classificados em coletores concentradores e coletores planos em função da existência ou não de dispositivos de concentração da radiação solar. O fluído aquecido é mantido em reservatórios termicamente isolados até o seu uso final (água aquecida para banho, ar quente para secagem de grãos, gases para acionamento de turbinas, etc.).

Os coletores solares planos são largamente utilizados para aquecimento de água em residências, hospitais, hotéis etc. devido ao conforto proporcionado e à redução do consumo de energia elétrica.

Arquitetura Bioclimática

A Arquitetura Bioclimática é o estudo que visa harmonizar as concentrações ao clima e características locais, pensando no homem que habitará ou trabalhará nelas, e tirando partido da energia solar, através de correntes convectivas naturais e de microclimas criados por vegetação apropriada. É a adoção de soluções arquitetônicas e urbanísticas adaptadas às condições específicas (clima e hábitos de consumo) de cada lugar, utilizando a energia que pode ser diretamente obtida das condições locais.

Beneficia-se da luz e do calor provenientes da radiação solar incidente. A intenção do uso da luz solar, que implica em redução do consumo de energia para iluminação, condiciona o projeto arquitetônico quanto à sua orientação espacial, quanto às dimensões de abertura das janelas e transparência na cobertura das mesmas. A intenção de aproveitamento do calor provenientes do sol implica seleção do material adequado (isolante ou não conforme as condiçòes climáticas) para paredes, vedações e coberturas superiores, e orientação espacial, entre outros fatores.

A arquitetura bioclimática não se restringe a características arquitetônicas adequadas. Preocupa-se, também, com o desenvolvimento de equipamentos e sistemas que são necessários ao uso da edificação (aquecimento de água, circulação de ar e de água, iluminação, conservação de alimentos entre outros) e com o uso de materiais de conteúdo energético tão baixo quanto possível.

Energia Solar Fotovoltaica

A Energia Solar Fotovoltaica é a energia da conversão direta da luz em eletricidade (Efeito Fotovoltaico). O efeito fotovoltaico é o aparecimento de uma diferença de potencial nos extremos de uma estrutura de material semicondutor, produzida pela absorção da luz. A célula fotovotaica é a unidade fundamental do processo de conversão.

Atualmente o custo das células solares é um grande desafio para a indústria e o principal empecilho para a difusão dos sistemas fotovoltaicos em larga escala. A tecnologia fotovoltaica está se tornando cada vez mais competitiva, tanto porque seus custos esão decrescendo, quanto porque a avaliação dos custos das outras formas de geração está se tornando mais real, levando em conta fatores que eram anteriormente ignorados, como a questão dos impactos ambientais.

O atendimento de comunidades isoladas tem impulsionado a busca e o desenvolvimento de fontes renováveis de energia. No Brasil, por exemplo, 15% da população não possui acesso à energia elétrica. Coincidentemente, esta parcela da população vive em regiões onde o atendimento por meio da expansão do sistema elétrico convencional é economicamente inviável. Trata-se de núcleos populacionais esparsos e pouco densos, típicos das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte.

No Brasil a geração de energia elétrica por conversão fotovoltaica teve um impulso notável, através de projetos privados e governamentais, atraindo interesse de fabricantes pelo mercado brasileiro. A quantidade de radiação incidente no Brasil é outro fator muito significativo para o aproveitamento da energia solar.

Veja aqui uma casa abastecida somente a energia solar e eólica.

Aqucimento solar passivo ou ativo: vantagens e desvantagens de se aquecer uma casa com energia solar ativa ou passiva:

Vantagens:

  • Energia Gratuita;
  • Energia líquida de moderada (ativa) a alta (passiva);
  • Instalação rápida;
  • Não há emissões de CO2;
  • Poluição do ar e da água bastante baixa;
  • Mínimo distúrbio da terra (instalado no telhado ou janela);
  • Custo moderado (passivo).

Desvantagens:

  • Necessidade de acesso ao sol em 60% do tempo;
  • Bloqueio de acesso ao sol por outras estruturas;
  • Necessita de um sistema de armazenamento de calor;
  • Custo alto (ativo);
  • Sistema ativo requer manutenção e reparo;
  • Coletores ativos não atrativos.


Energia solar industrial: vantagens e desvantagens em se utilizar energia solar para gerar calor de alta temperatura e eletricidade.

Vantagens:

  • Energia líquida moderada;
  • Impacto ambiental moderado;
  • Não há emissão de CO2;
  • Construção rápida (entre um e dois anos);
  • Custos reduzidos com turbina reserva de gás natural.

Desvantagens:

  • Baixa eficiência;
  • Altos custos;
  • Necessita de reserva ou sistema de armazenamento;
  • Necessita de acesso ao sol a maior parte do tempo;
  • Alta utilização do solo;
  • Pode causar distúrbios às áreas desérticas.

15 de dezembro de 2007

Last Day on Earth...

O canal "The History Channel" idealizou uma lista dos 10 motivos que poderiam destruir o mundo. Essa é a razão número 1 (em inglês)...

14 de dezembro de 2007

Análise financeira do mercado de CO2...

As permissões para a primeira fase no mercado europeu (2005-2007) caem

Na sexta-feira, dia 30, o mercado do carbono para os contratos de dezembro de 2007 abriu em uma alta de apenas 0,03 euro no preço de uma tonelada de CO2: 1 centavo de euro abaixo do registrado no fim do dia anterior. Esse foi o ponto mais baixo de todo o ciclo de negociações da primeira fase (2005-2007), principalmente porque estes contratos precisam ser negociados até 18 de dezembro de 2007.

Apesar disso, ainda foram comercializadas 2,75 milhões de toneladas – situação que não acontecia há muito tempo para os certificados com previsão de entrega em dezembro de 2007.

Preços para a segunda fase do comércio europeu reagem

O mercado para a segunda fase do esquema europeu (2008-2012) apresentou ligeira alta de 0,04 euro na última segunda-feira (03). Mas o dia fechou com as permissões cotadas em mais de 23,05 euros por tonelada.

Essa elevação no preço foi impulsionada pela alta no preço da energia na Alemanha – que passou de 58,45 euros/MWh para 59,45 euros/MWh.

Na terça-feira (04), o mercado para a segunda fase do comércio europeu abriu em forte elevação, com as permissões negociadas a 23,20 euros, chegando ao patamar de 23,60 euros ao meio-dia. O motivo foi o mesmo do dia anterior: os preços do carbono seguiram os preços da energia no mercado alemão.

A alta se manteve na quarta-feira (05), quando o mercado da segunda fase iniciou com as permissões negociadas a 23,50 euros. Nesse dia, os valores da energia passaram de 60 euros/MWh e as permissões européias alcançaram o nível mais alto da semana: 23,55 euros a tonelada de CO2.

A divulgação de um relatório pela European Energy Exchange (EEX), apontando uma possível redução dos custos dos combustíveis fósseis para o mercado europeu em 2008, no entanto, refletiu no mercado na quarta-feira e a cotação das permissões sofreu ligeira queda, fechando em 22,81 euros.

Ainda sob o impacto das reduções de preços do dia anterior, o mercado para a segunda fase abriu em 22,60 na quinta-feira (06). No restante do dia, manteve-se estável, com poucas permissões negociadas. O preço ficou entre 22,60 euros e 23 euros, fechando em 22,75 euros.
A sexta-feira 07, apresentou a mesma estabilidade, fechando em torno de 22,70 euros a tonelada.

Análise/ perspectivas

O mercado da segunda fase acompanhou os sinais que vêm sendo dados pelos mercados de energia, petróleo bruto e gás, que apresentaram uma escala de preço entre 58,80 euros/MWh e 60,30 euros/MWh – (de acordo com a EEX). Essa situação refletiu diretamente no preço das permissões européias, que variaram entre 22,30 euros e 23,60 euros.

Em decorrência das festividades de final de ano que se aproximam, os participantes do mercado esperam que os preços continuem nesta faixa de preço para negociações até o fim do ano.
Eventualmente, algum fato surpreendente que venha a surgir na COP 13, que está sendo realizada em Bali, poderá modificar este cenário, influenciando os preços da segunda fase para abaixo de 22 euros ou acima de 24 euros a tonelada de CO2.

Mercado de Reduções Certificadas de Emissões (RCEs)

No mercado primário - ou seja, o mercado para projetos em fase de concepção dos projetos - com apresentação de Notas de Concepção de Projetos (PINs), a faixa de negociação está na ordem de 10 euros a 12 euros, podendo chegar a 13 euros, dependendo da modalidade do projeto, do risco, da localidade (país) e de onde o mesmo será desenvolvido.

Outro fator é a possibilidade de se agregar ao projeto um selo de qualidade como o CDM Gold Standard, em virtude da análise de critérios sócio-ambientais e da redução das emissões, por exemplo. Esse selo eleva a perspectiva de negociação para a faixa de 13 euros.

No mercado secundário - ou seja, o mercado para RCEs já emitidas, decorrentes de projetos aprovados e verificados - os preços acompanharam, durante a semana, as oscilações das permissões européias, ficando na faixa de 17,50 euros.

Isso significa que o valor estimado, comparativamente às EUAs ficou em 77,82% do valor das permissões para dezembro de 2008, portanto, com um deságio de 22,18%.

Para o período de 2008-2012, a previsão é de que as RCEs sejam comercializadas a 18 euros: 74,23% de deságio nos preços das permissões para o mercado europeu na segunda fase, conforme negociações realizadas na European Climate Exchange e Nord Poll.

Na Bolsa Futura do Clima de Chicago (CCFE), que passou a negociar as RCEs em agosto deste ano, o valor registrado na última sexta-feira (07) fechou em 26,70 dólares para a negociação das reduções entre 2008 e 2012.

Em relação às Reduções Verificadas de Emissões (VERs, que são certificados voluntários) os valores negociados para o período de 2007 a 2010, ficaram na faixa de 2,15 dólares.

Por Rodrigo Franco, diretor-executivo da Carbon Market Consulting

ONU pretende cortar emissão...

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban-ki Moon, anunciou no COP 13 que a organização pretende criar programas para neutralizar o carbono emitido por suas atividades - como as viagens de avião para aconferência de Bali.

Como um único delegado que se desloque da América do Sul para a Indonésia emite mais carbono do que a média de um cidadão de um país em desenvolvimento num ano inteiro, o esforço vem em boa hora.

Um momento histórico para as florestas...

Cerejeira. Foto: Jeison T. Alflen
Conferência do Clima em Bali representou grande avanço para proteção da Amazônia


Juliana Radler*

Nusa Dua, Bali - "Estamos no caminho mais rápido e mais próximo para salvarmos a Amazônia do que sempre tivemos", afirmou Paulo Moutinho, ecólogo e coordenador de pesquisas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) neste último dia da conferência de Mudanças Climáticas da ONU, em Bali, onde 11 mil pessoas estão reunidas para definir políticas globais de combate ao aquecimento.

O otimismo de Moutinho deve-se à inclusão do REDD (Reducing Emissions from Deforestation and Forest Degradation), um mecanismo que define o pagamento por redução nas emissões de CO2 nas florestas tropicais, na Convenção do Clima e no posterior período de compromissos que substituirá o Protocolo de Kyoto. O que foi definido em Bali é que nos próximos dois anos, os países discutirão novas metas e novos mecanismos de combate às emissões. Neste segundo período, que entrará em vigor em 2012, o REDD passará a vigorar como um instrumento legal da Convenção, assim como o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), para diminuição das emissões.

Trocando em miúdos: foi incluída definitivamente nas discussões de mudanças climáticas a necessidade de se proteger as florestas tropicais. Primeiro porque, hoje, através de suas queimadas e desmatamento, representam a segunda causa de emissões do mundo. Por isso, diz Moutinho, "o Brasil não agir para conter o desmatamento é comparável aos Estados Unidos não assinarem o Protocolo de Kyoto". Em seguida porque a floresta em pé é capaz de absorver carbono, interferir no clima (funcionando como um ar-condicionado natural), sem falar na enorme biodiversidade que abriga.

"Estamos vivendo um momento histórico para as florestas", ressaltou Andrew Mitchell, diretor da Ong Global Canopy Program (GCP) e professor da universidade de Oxford, em Bali. Para Mitchell, o que vivemos hoje é uma conscientização de que é necessário se atribuir um valor às florestas, já que esses ecossistemas prestam serviços essenciais à vida. "As florestas dão mais ao mundo do que o armazenamento de carbono", frisou Mitchell.

E é exatamente essa atribuição de valor às florestas que faz com que Moutinho acredite ser possível "salvar" a Amazônia. Para ele, os instrumentos de conservação da biodiversidade, como a criação das reservas legais, são frágeis e insuficientes para garantir a manutenção dos ecossistemas. Portanto, muito mais eficaz é crer em mecanismos de mercado que tenham compromissos a longo prazo com o financiamento para proteção da floresta, como os que estão sendo negociados na Convenção do Clima.

Até 2009, quando será realizada a Conferência do Clima em Copenhagem, na Dinamarca, precisam ser definidos os detalhes técnicos de como funcionará o REDD, incluindo a sua viabilidade econômica que hoje transita entre duas propostas: a primeira através de doações voluntárias de países industrializados com metas de redução de emissões e a segunda através de mecanismos do próprio mercado, por meio da compra de créditos de carbono.

Moutinho mostrou-se animado com a disposição do governo brasileiro nas negociações sobre floresta em Bali, incluindo o lançamento do Fundo que será gerido pelo BNDES e que receberá aporte de recursos para combate ao desmatamento na Amazônia. Ele destacou que a presença dos dois ministros, Celso Amorim (Relações Exteriores) e Marina Silva (Meio Ambiente) mostrou que o governo percebeu a grande oportunidade que se abre para que o Brasil tenha apoio internacional para preservar a Amazônia. "É preciso frisar que não estamos pedindo dinheiro por aí. Estamos sim buscando recursos em reconhecimento a um serviço que a Amazônia presta ao mundo", concluiu o pesquisador do IPAM.

*Especial para a Revista do Meio Ambiente.

Juliana Radler
Sumaúma Documentários Socioculturais e Ambientais
(21) 2210-2192 / (21) 8806-5808
Skype: juliana2817
MSN: julianaradler@hotmail.com

9 de dezembro de 2007

Sintetizando...

"Vocês estão loucos? Vocês estão derrubando o céu! Porque as árvores são os braços que sustentam o céu."

Angelo Pansa

Terra do Meio...

Acabo de ver – indignado – a compilação das reportagens do Bom Dia Brasil no Fantástico sobre a região da Terra do Meio, no Estado do Pará, submersa em uma violenta e sombria fase de disputa de poder, onde há a atuação dos grileiros, dos fazendeiros e dos madeireiros. Apesar de muito triste é a realidade de várias áreas na amazônia brasileira.

Discutimos aqui no blog, no âmbito da economia ambiental – que talvez é o grande fomentador de alguma mudança prática nessa situação caótica que vivemos – uma forma de aproximar as boas intenções de preservação, conservação e recuperação ambiental ao nosso dia a dia. Porém, de nada adianta todas as iniciativas se não houver uma compromisso e ações UNIFICADAS de todos.

Falo isso porque muito do que se viu na dita reportagem conta com apoio público e privado: desde as madeireiras e pecuaristas que lucram com a devastação da floresta, passando pelo Município que aumenta sua arrecadação com as divisas alcançadas, até o PRONAF, por exemplo, que deve ter financiado muitas das benfeitorias existentes nas “propriedades” mostradas na reportagem.

Não sei se trata de um equívoco geral ou falta de gestão propriamente dita. Foram criadas quatro unidades de conservação na área, após a morte da Irmã Dorothy, hoje em dia sob comando do Instituto Chico Mendes, que existe de direito, mas não de fato, dependendo ainda da estrutura já capenga do IBAMA e sem valorizar sequer os servidores que naquele órgão atuam.

Comemoramos uma redução no desmatamento nos últimos dois anos na amazônia, devido principalmente á baixa no preço da soja e da carne. Com a pronunciada elevação no preço destas commodities este ano, nos preparemos para o pior.

O sentimento é de total incapacidade. Vive-se em uma economia baseada em sua maioria na ilegalidade, contando com a corrupção de uns, a incompetência de outros e o comodismo de tantos outros. Torço para que o planejamento do MMA através das diretrizes do SISNAMA, que aposta suas fichas na descentralização da gestão ambiental para os Estados e na estruturação do IBAMA e ICMBIO, deixe de ser um amontoado de siglas e dê certo, para um dia quem sabe contarmos com uma real gestão ambiental integrada, que beneficie sociedade e meio ambiente.

Veja aqui o blog especial do jornalista Marcelo Canellas sobre a série de reportagens na Terra do Meio e a reportagem do Fantástico aqui.

Commodities Ambientais...

Genial artigo escrito por Amyra El Khalili e Flávio Gut*

O Caso Parceria BECE-REBIA

O conceito que norteia o Projeto BECE nasceu no Brasil; mais precisamente em 1990 com o Projeto CTA na gestão de Dorival Rodrigues Alves para a BM&F – Bolsa de Mercadorias & de Futuros. É mais chique dizer que a expressão "commodities ambientais" nasceu em Chicago; dá um ar de intelectualidade e o nome em inglês chama atenção. Coisas da Corte...

No mercado internacional, esses pretensos ativos são denominados ecobusiness, ou ecopapers, ecosecurity e assim vai eco adiante. Mas a questão é que lá não tem muito eco. Eco, de verdade, tem aqui.

Eco não combinava bem com a nova versão de Brasil privatizado, uma vez que eco na concepção e cultura dos latinos parecia com lazer, turismo e muito romantismo tropical. O que não deixa de ser “negócio”. Porém, para atingir o público do mercado financeiro – este povo frio, insensível e nada romântico – a denominação precisava ser outra.

Bastou a publicação de uma matéria sobre commodities ambientais, feita por jornalista especializada em meio ambiente, para toda essa questão de ecobusiness virar um reboliço. De uma hora para outra, vários pretendentes apareceram reivindicando a paternidade da criança. Gênios atropelando-se na imprensa, apregoando a invenção da circunferência há muito inventada. Inventar a roda, qualquer um inventa. Queremos, no entanto, ir mais além: fazê-la girar. A iniciativa e propriedade intelectual ainda não é coisa séria neste continente – é lamentável quando este desrespeito é cometido por formadores de opinião e educadores.

Em maio de 1998 estávamos a poucas semanas da Conferência sobre comércio e Desenvolvimento da UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre comércio e Desenvolvimento), em Bangkok, capital da Tailândia. E também algumas semanas antes do 1º Climate Change and Development promovido pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Porém, atrasados 1998 anos da vinda de Jesus Cristo e outros 5000 anos antes dele. E, pasmem, nesta época (1998) um dos homens mais antigos da região fora descoberto em São Raimundo Nonato/PI), neste Brasil – as ossaturas do indivíduo datavam 48 mil anos. Alegar que a nação tem apenas 500 anos não cola.

O mercado de commodities ambientais

Elas, as tais matrizes das commodities ambientais, sempre estiveram aqui junto com um desses homens mais antigos. Meninas lindas e virgens, ou quase. Muita gente ganhou e ganha dinheiro com elas. E dessa gente toda, a maior é a indústria de marketing, com astros como o Lulu Santos cantando singles, em propagandas para vender sandálias de polietileno (matéria prima que leva 100 mil anos para deteriorar no fundo do mar).Muitos nos perguntam como funciona este mercado lá fora. Bem, lá fora funciona assim:

No Oriente Médio bebem, comem e tomam banho com água desalinilizada. A água potável é vendida em potinhos de iorgute com preços iguais ou superiores ao da coca-cola, refrigerante lá não entra por questões culturais – mas até isso os marketeiros estão conseguindo inverter.

Na França, os hotéis controlam os banhos dos hóspedes, da torneira sai mais vinho do que água. Em Londres, na Suécia e em outros cantos do mundo durante o inverno escurece às 15h – a indústria de depressivos fatura alto. E dá-lhe horário de verão no Brasil!

Em Kyoto, no Japão, os parceiros – se é que podemos dizer isso – fazem encontros e conferências para discutir o ar que se deveria respirar.

Na Costa Rica, as florestas são tombadas e nos Estados Unidos patentearam o chá do Santo Daime para a indústria farmacêutica, enquanto orquídeas são tão caras quanto tulipas nos tempos da febre holandesa, quando a flor chegou a ter o mesmo valor que uma mansão. Sem contar que nos EUA, a reciclagem reduz em torno de 70% o custo de matéria-prima da indústria.

Na Malásia detonaram as florestas vendendo insumos para a construção civil e hoje compram qualquer palito de dente que estiver pela frente. As madeireiras asiáticas compraram extensas áreas na Amazônia a preço de banana e hoje estão arrebentando com tudo que há no caminho para transformar a Sumaúma, árvore mãe da floresta, em madeira compensada. É assim que funciona lá fora o mercado de commodities ambientais. E não esqueça que lá é Eco.

Quanto aos números, dados estatísticos, tabelas, gráficos e curvas, perguntem à CIA, ao Pentágono, aos militares. Eles têm tudinho que você precisa – logística também é com eles. Essas “commodities” são assunto de segurança nacional. Ou melhor: internacional.

Mas o que é commodity?

Segundo o minidicionário Michaelis, “commodity” é artigo ou objeto de utilidade, mercadoria padronizada para compra e venda; conveniência. neste caso, as duas primeiras alternativas, segundo a definição do mercado financeiro de forma simplificada: contratos à vista e futuros negociados nas bolsas de mercadorias ou balcões (fora dos mercados organizados de bolsas), assim sendo: contratos a termo, futuros e opções, ou também contratos spot, ou seja, mercados de ativos físicos, negociados com pagamento e entrega à vista.

De forma complicada: papéis, fundos verdes, títulos e cédulas, balanços de empresas analisados os passivos ambientais, projetos de gestão ambiental quantificando os valores reais das ações cotadas em bolsas, certificados com direito de poluir, securitização de dívidas, operações agro-ambientais, relações entre - mercados e intra-mercados, travas e tripés com custos cruzados, enfim uma parafernália de instrumentos sofisticados a serem produzidos e utilizados pelo mercado financeiro que deve a todo custo ter como meta a preservação da ética e do meio ambiente, além de incentivar, fomentar e financiar o desenvolvimento da agricultura deste País. difícil, não é?Dinheiro pra isso tem, o que não tem é cultura, vontade política e credibilidade.

Quais são as matrizes das commodities ambientais?

São: água, energia, controle de emissão de poluentes (água, solo, ar), madeira, biodiversidade (plantas medicinais e ornamentais, animais exóticos e em extinção etc), reciclagem e, sem contar o minério que é ativo financeiro desde a idade da pedra. Não é por acaso que o ouro é a rainha das commodities. Não subestime essa matriz (ouro) somente pelo silêncio dos últimos sete anos. Está provado historicamente que ela costuma causar um baile entre uma década e outra. Saber das coisas do ouro é como o saber sobre o mundo, já dizia Michel Foucault, estudioso do comportamento humano.

Estamos falando da cadeia produtiva, do complexo que envolve todas essas matrizes. Experimente viver sem elas, você morre. Não precisa ir muito longe, fique apenas um dia sem água, luz ou gás, você enlouquece. com os seqüestradores do empresário Abílio Diniz aprendemos mais uma: greve de fome não mata, pelo menos não no curto prazo, mas greve de água líquida com o sujeito rapidinho. Mídia também é cultura além de marketing.

O que são negócios sócio e agro-ambientais?

E da água vive a agricultura. As matrizes das commodities ambientais são os insumos vitais para a produtividade agrícola, que é o insumo da pecuária, é elementar meu caro Watson. O elementar nem sempre é visível.

Pela ótica mercadológica do Projeto BECE, a agricultura brasileira está estrangulada pelas taxas de juros, pelo descrédito, resultado da falta de planejamento financeiro, monopólio de compradores de produtos agrícolas, logística de continente mal administrado e cultura de senzala fazendo do pequeno e médio produtor rural cabresto de escravo.

Por outro lado, com a desenfreada ocupação do cerrado e da colonização do “Brasil Fazenda”, a agricultura passou a ser a maior inimiga do meio ambiente, derrubando árvores, queimando matas, assoreando os rios, salinizando o solo, causando erosões e desertificação, empesteando o ar com um turbilhão de drogas, pesticidas e adubos, muito mais eficientes no combate à vida humana do que das pragas provocando o caos do descontrole biológico.

Na participação ativa deste show, assistindo e televisionando de camarote, a mídia internacional acompanha com precisão esta devastação da maior biodiversidade da terra, a única tábua de salvação para a cura de doenças crônicas e de fonte desconhecida que, inclusive atacam ironicamente os homens mais ricos e poderosos do planeta (eles não morrem de vermes e nem de inanição). Evidentemente porque há muito a metade de lá de suas plantas que curam e alimentam já foi dizimada.

A mídia marketeira tem o talento de fazer-nos esquecer do passado e também o de fazer com que as taxas de juros dos empréstimos internacionais subam estratosfericamente projetando na telinha a imagem do holocausto ambiental e social, o descrédito brasileiro. Ela tem razão. Está cumprindo seu papel, alguém tem que gritar. E quando a mídia grita o dinheiro troca de mãos na mesma velocidade e dimensão que ecoam seus berros. On-line.

Onde está o dinheiro que o gato não comeu?

Enquanto isso, no mercado internacional flutua algumas fortunas várias, dinheiros sem pátria, valores adquiridos de negócios espúrios, outros de operações produtivas à custa da mão-de-obra barata de crianças e jovens, sangue e suor de adultos e velhos, procurando desesperadamente a redenção, a remissão. O milagre santeiro são os valores destinados aos investimentos em pesquisas e projetos sócio-ambientais.

Há também o dinheiro beato, santificado, rezado e benzido pelos cânones religiosos de várias correntes; aquele que excomunga todo pagão e cristão que investe e incentiva a indústria do tabaco, da cachaça, das armas, da jogatina, da exploração de mão-de-obra infantil, da extorsão, da prostituição, da pornografia, da usura (pra quem não sabe juros é pecado nos três pilares do monoteísmo, a base do cristianismo: o islamismo, o judaísmo e o catolicismo), da política corrupta e outras cositas. O sangue de Cristo tem poder.

Esta grana toda está por aí, em busca de projetos, fundos, pesquisas e estudos que se credenciem e se enquadrem em suas exigências de investimentos, suas crenças, que perdoem seus pecados. É dinheiro esperto, cheio de manhas e não entra fácil não. Não dorme 24 horas em conta corrente, não vem para taxas de juros, não quer saber de bolsa, corre de especulação e, principalmente pelas referências de suas origens não investe em degradadores do meio ambiente, ou seja, o agricultor brasileiro.

Para a agricultura sobra aquele maldito que vem para lavar a porcariada ou a ínfima esmola do governo. Vamos a caminho das pedras irmãos, salvai suas almas, desenvolvei-vos projetos, estratégias e negócios agro-ambientais.

Assim sendo, produzindo a agricultura sustentável, de preservação e manejo florestal, de proteção de mananciais, casando a produção agrícola com a utilização de parte das terras para plantio e pecuária e outra parte para reflorestamento, pesquisa de plantas ornamentais e medicinais, piscicultura, apicultura, criação de animais e aves exóticas e em extinção; explorando conscientemente o turismo rural/ecológico, com planejamentos de educação e treinamentos agro-ambientais para o agricultor, seus filhos e comunidades nos mais diversos níveis, desde a infância até o idoso estimulando-os e abstraindo-lhes a total produtividade e experiência. Enfim, valorizando a natureza e o ser humano. Fará muito bem ao espírito e ao bolso. romântico, não?

Mudar nossa vida de hereges ainda não será suficiente; precisamos dizer o que pretendemos fazer, o que faremos e o que estamos fazendo. Precisa do sistema financeiro, do Projeto BECE, das entidades de classe, cooperativas, sindicatos, associações, universidades, da imprensa, dos empresários, dos geradores de negócios sócio-ambientais nos mercados de commodities, da igreja, dos corintianos, de gregos e troianos e muito “marketing verde-amarelo”.

Meu amigo, ou se dá a revolução ética e moral nacionalista limpando a barra pesada da imagem deste Brasil ou você pega o país, embrulha, devolve para os portugueses e pede desculpas pelos estragos.

As abençoadas relações entre e intra-mercados.

Veja o exemplo da cana-de-açúcar; dela deriva o álcool e seu subproduto o bagaço, energia substitutiva de combustíveis fósseis. Assim sendo, a cana pode ser candidata à commodity agro-ambiental que possibilita a realização de estratégias e negócios com relações entre-mercados e intra-mercados. Ou seja, o cruzamento de produtos agrícolas com produtos ambientais, a troca de insumos agropecuários com insumos industriais, esta commodity estará apta a receber os investimentos necessários para tornar competitiva a operação de gaseificação do subproduto bagaço, desde que os usineiros se enquadrem nas normas e exigências de projetos agro-ambientais comprometidos com a geração de empregos e investimentos sócio-educacionais. Evidentemente elaborados por técnicos e engenheiros financeiros de confiabilidade. Será Madame Ética a assinar os cheques no 3º Milênio e a cobrar com lupa de cientista seus resultados.

Vamos mais adiante. Verifique as potencialidades dos óleos vegetais brasileiros, o dendê e o coco do babaçu, segundo o Professor Bautista Vidal em entrevista para a revista Caros Amigos:

“... Além das centenas de óleos vegetais, a mamona, o girassol, a colza, a soja, etc... Só o dendê na região amazônica são 70 milhões de hectares com baixíssima produtividade de floresta, sem nenhuma tecnologia – são 4 toneladas por hectare por ano. Dá para produzir 6 milhões de barris/dia de óleo diesel. Isso é praticamente a produção de petróleo da Arábia Saudita. Mais do que a Arábia Saudita, porque o babaçu, esse coquinho, tem várias partes. Tem a amêndoa central da qual você extrai óleo e substitui o diesel; depois tem uma parte dura de celulose pura, que é o excepcional carvão natural, sem nenhuma poluição. Nós estávamos desenvolvendo tecnologias de grandes siderúrgicas baseados nesse coque do babaçu, com resistência mecânica espetacular. depois você tem outra camada que é amido, no mesmo coco. Com esse amido você faz o álcool. Da amêndoa você faz o substituto do diesel, do amido faz o substituto da gasolina e ainda tem a parte externa, que é palha, que produz calor. então, quando você transforma aquele mesocarpo do babaçu, que é carbono praticamente puro, em carvão vegetal de altíssima qualidade, altíssima resistência mecânica, você tem uma quantidade enorme de produtos químicos, quer dizer, do coco do babaçu você pode construir um gigantesco complexo petroquímico e energético jamais visto no mundo, e para sempre, mantendo a floresta.“

Na visão perspicaz e matuta do professor Bautista Vidal, grande especialista em energia, nacionalista convicto e assumido, estamos executando a pior estratégia agro-ambiental: devolvendo o país para os portugueses, vendendo-o para o americanos, distribuindo-o para os japoneses indelicadamente e sem pedir desculpas pelos estragos, usando como papel de embrulho reciclado) os juros do FMI. Pai, perdoai-os, eles não sabem o que fazem. O professor Bautista Vidal sabe e prova o que diz.

Os geradores de negócios sócio-ambientais nos mercados de commodities

Batizados de Consultants, Traders and Advisors – CTA’s – como comentado no princípio é mais chique e chama a atenção –, são os geradores de negócios sócio-ambientais nos mercados de commodities, paridos da urgente necessidade de depurar e pulverizar o mercado financeiro que separou o trigo do joio e ficou com o joio; foram inspirados nos Commodities Trading Advisors – CTA’s das bolsas internacionais (isto também dará mais charme ao sujeito), a sigla idêntica é proposital, mas o conteúdo é bem diferente. É tupi guarani do parto à puberdade. A criança tem vocação profissional definida; já sabe o que vai ser quando o Brasil crescer.

Será gerador de negócios sócio e agro-ambientais entre outros business e são verdadeiros soldados treinados dos mais diversos setores da economia, armados até os dentes com um arsenal de instrumentos financeiros, estratégias, operações e marketing agressivo em defesa do patrimônio econômico desta tribo que vai do Oiapoque ao Chuí, ou o que resta dela.

Para não corrermos o risco de uma recaída no moral das tropas, baixas, súbitos ataques e ofensivas do lado inimigo, o nosso “front” de batalha será permanentemente monitorados pelos Fóruns BECE REBIA, não pouparemos mulheres e crianças; invadiremos por terra, água e ar. O exército, a marinha e a aeronáutica BECE-REBIA precisa de você, aliste-se, digo, cadastre-se!

A chancela BECE-REBIA

Com o objetivo de proteger este incrível “Exército de Brancaleone” de predadores de idéias, cursos e projetos, de oportunistas, batedores de carteira, estelionatários, entreguistas, entre outros e defender o momento de mercado, a OSC CTA registrou a marca OSC CTA, a Marca BECE e os selos "Commodities Ambientais" , e a OSC REBIA a Marca REBIA no Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI, protocolou através de seu Conselho Jurídico o "Dossiê BECE" na pessoa de Amyra El Khalili na Faculdade de Direito de Campos de Goytacazes (RJ), fundou os Núcleos de Estudos da Parceria BECE-REBIA para produzir estudos sobre projetos, estratégias e operações sócio e agro-ambientais.

A OSC CTA realiza acordos, protocolos, propostas conjuntamente com diversas entidades através da Parceria Comunidade & Educação BECE-REBIA firmada com universidades, ONGs, associações etc. Está formando o Conselho Técnico Científico com representantes de diversas instituições nacionais e internacionais para realizar a implantação dos mercados emergentes, promover a fiscalização conjunta com diversas entidades representativas. A propósito, os Geradores de Negócios Sócio-Ambientais tupi guaranis estarão fechando no momento oportuno, contratos de parceria com os geradores internacionais intermediados pelo Projeto RECOS - Redes de Cooperação Comunitárias, é o inevitável efeito da globalização, pleiteando o reconhecimento desta categoria multidisciplinar nos fóruns financeiros. Primeiro vem o bang bang depois vem o xerife. Espere e verá.

O futuro do futuro

O futuro do planeta está diretamente relacionado com o futuro dos novos mercados de commodities: as commodities ambientais e espaciais. Estas commodities são peça principal da engrenagem que movimenta a economia agrícola e industrial; é moeda forte, necessária para garantir a liquidação dos negócios do falido sistema financeiro no mundo, resultado da emissão irresponsável de papéis sem lastro causadores da avalanche de movimentos virtuais nos mercados de Bolsas. Esse movimento coloca em risco, a todo o momento, o sistema de garantias dos contratos futuros, certificados, títulos e fundos de investimentos, afetando direta e indiretamente a nova onda de economia globalizada e, principalmente as próprias bolsas, conseqüência da concentração de poucos participantes.

O Projeto BECE propõe a disseminação de conhecimentos técnicos que esclarecem como funciona esta engrenagem procurando aumentar a base de participantes do mercado e pulverizar os riscos do sistema que aos olhos da população desnorteada, as bolsas não passam de incógnitas caixas pretas, convencendo-os de que seu conteúdo são informações exclusivas da privilegiada elite bem alimentada. Vale lembrar que nem todo economista e jornalista são bem alimentados.

A teoria Darwiniana da seleção natural provou que sobrevivem aqueles que forem capazes de adaptar-se ao habitat em constante mutação. Os minúsculos insetos possuem espetacular resistência, mantendo-se durante milhares de anos na terra enquanto enormes dinossauros extinguiram-se. A Parceria BECE-REBIA é o laboratório biológico de pesquisa deste sistema, preparando o vírus CTA para contaminar o “establishment”. É a guerra biofinanceira pela sobrevivência do ser humano e do planeta.

Oxalláh nos ajude!

*Artigo escrito em parceria com o jornalista Flávio Gut e apresentado durante eventos comemorativos da Semana do Meio Ambiente, realizados pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco Central do Brasil, no dia 7 de junho de 2005, em Brasília (DF).

Amyra El Khalili* é economista, presidente do Projeto BECE (sigla em inglês) Bolsa Brasileira de Commodities Ambientais. É também fundadora e co-editora da Rede Internacional BECE-REBIA (www.bece.org.br ), membro do Conselho Gestor da REBIA - Rede Brasileira de Informação Ambiental, e do Conselho Editorial do Portal do Meio Ambiente (www.portaldomeioambiente.org.br ) e da Revista do Meio Ambiente (www.rebia.org.br ). É professora de pós graduação com a disciplina "Economia Sócioambiental" na Faculdade de Direito de Campos de Goytacazes, pela OSCIP Prima Sustentabilidade e MBA pela UNOESC. Indicada para o “Prêmio 1000 Mulheres para o Nobel da Paz" e para o Prêmio Bertha Lutz. Email: (ongcta@terra.com.br)