4 de dezembro de 2007

Começa o COP 13 em Bali...

Começou ontem, na Indonésia, a Conferência do Clima (COP-13), reunião de 180 países para decidir, em 12 dias, como a humanidade vai lidar com o aquecimento global e suas conseqüências. A reunião - a 13ª entre as partes que compõem a Convenção-Quadro da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas - tem o objetivo de buscar soluções políticas a serem implantadas após 2012, quando termina o prazo de cumprimento do Protocolo de Kyoto. Todos concordam que a resposta precisa ser mais dura do que um corte de 5,2% das emissões de gases-estufa pelos países ricos. O problema, contudo, está nos detalhes.

Os países não conseguem conciliar suas agendas com um modelo único, global e efetivo, que contemple as premissas da própria convenção: a responsabilidade sobre as emissões antrópicas é comum, porém diferenciada entre ricos e pobres, e quem poluiu mais paga e faz mais. As diferenças são tão grandes que podem provocar a inação, resultado menos adequado ao momento.

A COP-13 é o ápice de um ano em que a crise climática se tornou um evento midiático, um consenso científico, um norteador político, um modulador econômico e uma peça de propaganda. Em maior ou menor grau, governos e sociedade discutiram como sentirão e lidarão com os impactos e o que precisa ser feito para evitar os piores efeitos das mudanças pela qual a Terra passa. “Precisamos aproveitar o ano para avançar nessa negociação. No ano que vem o tema esfria um pouco”, diz Rubens Born, coordenador da ONG Vitae Civilis, que acompanhou quase todas as conferências.

O Que Será Discutido:

  • Pós-Kyoto: Cortes mais profundos nas emissões de gases-estufa, pelos países desenvolvidos, válidos a partir de 2013;
  • Ricos vs. pobres: Metas de corte (ou de redução da taxa de crescimento) das emissões nas nações em desenvolvimento;
  • Mitigação: A inclusão das florestas em pé na conta de mitigação do efeito estufa. Além de absorverem carbono da atmosfera, as matas antigas (como a amazônica) guardam muito carbono estocado na forma de biomassa;
  • Recursos: Aumento do fundo de adaptação, alimentado pelos países ricos para ajudar os países pobres a se prepararem para as mudanças climáticas;
  • Alternativas: Mecanismos mais efetivos para a transferência de tecnologias “limpas” dos países desenvolvidos aos em desenvolvimento.

Blog EcoDebate

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