24 de maio de 2008

A "cara" do desmatamento...

Falei do desmatamento evitado lá atrás. Gosto do tema e pretendo postar mais aqui sobre os índices de desmatamento que, nessa queda considerável que se prevê, mostram-se como forte argumento da possibilidade de ganhos com a venda de CERs.

Entretanto entendo que o tema é extremamente complexo e a venda de créditos apenas uma ferramenta na tentativa de desenvolvimento sustentável da região. Como diria o ditado: o buraco é mais embaixo.

O artigo "Rondônia: Estado está ausente em região que desmata" é simplesmente completo na descrição sumária da problemática. Vale a pena dar uma lida para entender como se estrutura o dia-a-dia do mercado da madeira e como esse é a base da economia de muitos Municípios aqui de Rondônia. As tags do texto definem a principal meta da discussão: políticas públicas.

O artigo começa contando a história do paranaense Ismael Osório Meira que já derrubou árvores em toda sorte de lugares em Rondônia: reservas estaduais de mata nativa, reservas federais, áreas indígenas, propriedades de pequenos e grandes agricultores, áreas de extração legalizadas pelos órgãos ambientais. Para ele, nunca fez muita diferença de onde tirava a madeira. “Mata é mata, é tudo igual”, gosta de repetir. Nunca lhe pediram - e ele nunca deu - qualquer tipo de documento das árvores que pôs abaixo. Toras entregues, dinheiro no bolso, simples assim.

Leia aqui toda a matéria do Valor Econômico de 19/05/2008 no Portal Ecodebate.

UPDATE: este artigo complementa o post. Trata da influência da BR-364 para o avanço do desmatamento aqui em Rondônia.

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