22 de junho de 2008

É possível viver sem petróleo?

Por Redação Akatu

O mundo se prepara para diminuir a dependência deste recurso, mas enfrenta dificuldades.

Diante da escassez anunciada, dos preços em alta e do aquecimento global, o mundo se prepara para reduzir o uso de uma de suas principais fontes de energia, o petróleo. Produtoras e distribuidoras investem em alternativas. Montadoras testam novas tecnologias para mover carros e caminhões. Mas a tarefa é difícil. Da gélida Sibéria ao tórrido deserto do Saara, não há quem dispense o uso do petróleo. A redução influenciaria a quantidade e o tipo dos bens produzidos na economia mundial – e não se está falando apenas de energia e transporte.

Formado por uma mistura de compostos, o petróleo é matéria-prima essencial nas indústrias de tintas, ceras, vernizes, resinas, extração de óleos e gorduras vegetais, pneus, borrachas, fósforos, fertilizantes e alimentos. A partir de seu refino são extraídos, entre outros, gasolina, diesel, querosene, óleo combustível, lubrificante e parafina. Além disso, as perfurações em busca de petróleo geram também o gás de cozinha, encontrado nos poços de petróleo. Assim, não é à toa que ele tenha sido apelidado de “ouro negro”: o petróleo está presente em uma infinidade de produtos.

Dados fornecidos pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) mostram que o petróleo ocupa uma posição de destaque na matriz energética brasileira, com 37% da oferta de energia primária. Apesar disso, o País começa a fazer sua lição de casa e aprende a depender um pouco menos desse tipo de combustível. É o que ocorre, por exemplo, em Betim, município mineiro conhecido como pólo da indústria automobilística e petroquímica. A cidade é modelo nacional no uso de energias limpas. Betim também participa da campanha internacional denominada Cidades pela Proteção do Clima, destinada a incentivar políticas com medidas quantificáveis para a redução de emissões locais de gases de efeito estufa como forma de melhorar a qualidade do ar e da vida.

Significa que a cidade não apenas utiliza fontes alternativas de energia, mas também se preocupa em racionalizar o uso dos combustíveis fósseis e da eletricidade. Lâmpadas a vapor de sódio, mais eficientes e econômicas, substituem as de mercúrio na iluminação pública. Leis municipais obrigam o uso de veículos oficiais do tipo flex (gasolina e álcool) e a frota de ônibus é movida a biodiesel, que contém um percentual de 2% de fonte energética renovável.

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