13 de abril de 2008

Empresa fabrica célula solar com impressora jato de tinta...

O desenvolvimento de tecnologias tem tornado a energia solar uma realidade mais acessível aos consumidores, pelo menos nos Estados Unidos. A empresa de Massachusetts Konarka Tecnologies, que recebeu o prêmio Breakthrough Award em 2005 por desenvolver um filme solar de plástico a um preço razoável, anunciou esta semana a produção bem-sucedida de células solares finas usando uma impressora jato de tinta.

Além de reduzir os custos de produção por utilizar a tecnologia já existente do jato de tinta, as células plásticas imprimíveis podem ser aplicadas em uma série de oportunidades energéticas de pequena escala, desde sensores internos a instalações RFID (Identificação por Radiofreqüência – etiquetas inteligentes que irão substituir o código de barras).

A empresa realizou uma demonstração esta semana para confirmar que células solares orgânicas podem ser processadas com a técnica de impressão apresentando pouca ou nenhuma perda para as tecnologias já consolidadas.

“Demonstrar o uso da tecnologia de impressão por jato de tinta como uma ferramenta de fabricação para células solares e sensores altamente eficientes com utilização de áreas pequenas é um marco importante”, enfatiza o presidente e CEO da Konarka, Rick Hess.

Com impressoras agora capazes de produzir células solares, outras empresas também estarão aptas a usar plástico e outros materiais no desenvolvimento de novos modelos de filme para armazenar energia. Isso porque o processo de jato de tinta é apenas uma entre as diversas técnicas diferentes de fabricação para coletores solares que a Konarka vem demonstrando nos últimos três anos.

“Comparado com as tecnologias fotovoltaicas atuais, as células de plástico têm vantagem na flexibilidade, na maior sensibilidade a pouca luz e na versatilidade”, reforça Hess.

As películas da Konarka são formadas por um líquido que contem polímeros semicondutores e a impressão a janto de tinta é considerada promissora porque os polímeros podem ser produzidos facilmente devido a sua compatibilidade com vários substratos, sem a necessidade de modelos adicionais.

Até 2009 a empresa planeja apresentar múltiplas formas de seus produtos ao mercado – as tecnologias vão das células super finas para sensores até grandes painéis para edifícios. Hess diz que já está trabalhando com projetistas do conselho americano de construções sustentáveis para desenvolver instalações personalizadas.

Mas o mais promissor talvez sejam todas as aplicações ainda desconhecidas para painéis solares plásticos e flexíveis. “Nós recebemos constantemente ligações de inovadores que leram sobre as nossas células e propõem conceitos únicos – e às vezes malucos – para a tecnologia”, conta Hess.

A questão que os adeptos do “faça você mesmo” têm levantado é se poderemos esperar para ver rolos de filmes plásticos nos telhados das lojas que vendem produtos para casa a qualquer momento. Não exatamente, explica Hess. “Verifique novamente daqui a dois anos e nós teremos uma atualização”.

Fonte: Carbono Brasil / Popular Mechanics / Konarka.

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