Depois de passar uma semana com pesquisadores do Instituto Rocky Mountain, entre eles os autores do livro que o inspirou a fazer a viagem - “Natural Capitalism”, de Hunter Lovins and Amory B. Lovins, Teitelroit voltou ao Brasil disposto a empregar o conceito de construções verdes nas edificações e espaços construídos aqui.
Termo surgido na década de 90, os Green Buildings são empreendimentos que utilizam alta tecnologia para reduzir os impactos negativos causados pela construção no meio-ambiente promovendo benefícios sociais, econômicos, ambientais e para a saúde humana, durante todo o processo de concepção, execução e operação.
Hoje, a idéia de construções sustentáveis contamina arquitetos de todo o mundo, principalmente entre os europeus. Nesta semana, mais de 500 expositores e outros 500 palestrantes participaram do Ecobuild 2008, o maior evento dedicado ao design, construção e ambiente construído sustentável realizado em Londres, no Reino Unido.
Durante o evento, foi apresentado o projeto vencedor da “The GreenHouse” , um edifício 'low carbon' (com baixas emissões de carbono) que promete se tornar um centro global para pesquisas e comunicação sobre os desafios ambientais chaves para o século 21 – como mudanças climáticas, perda de biodiversidade e desmatamento. Orçado em 30 milhões de libras (US$ 100 milhões), o edifício tem como patronos o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore e a vice-presidente da Irlanda, Mary Robinson, recebendo o apoio da Agência de Desenvolvimento de Londres e da Agência de Mudanças Climáticas de Londres. O projeto vencedor é da Feilden Clegg Bradley Studios.“O projeto GreenHouse irá impulsionar a inovação e práticas entre os negócios, grupos de cidadãos e governos. Ele oferecerá espaços, idéias e evidências para fazer do planeta um lugar mais sustentável”, afirma Al Gore.
O edifício terá 70 mil metros quadrados, poderá acomodar 300 funcionários, terá um centro de convenções, sala de imprensa e de pesquisas junto a espaços públicos, incluindo livrarias e um restaurante orgânico e étnico. “Esta é uma grande oportunidade para produzir um exemplo de trabalho ambiental, trabalhando com um cliente que é igualmente comprometido para ver o quão longe podemos ir para criar design de escritórios sustentáveis”, disse Ian Taylor da Feilden Clegg Bradley Studios. As construções estão previstas para serem iniciadas em março de 2009 e concluídas em novembro de 2010. O projeto continuará em exibição no centro de eventos Earls Court, em Londres até maio.Brasil
No Brasil, apesar de estar longe de receber um projeto como este, os empreeendimentos podem recebem o status de Green Buidings. Para isso, precisam passar pelos critérios de avaliação da certificação internacional Leadership in Energy and Environmental Design (Liderança em Energia e Desenho Ambiental, em português), ou LEED. O selo norte-americano ainda está sendo adaptado para a realidade brasileira.
“A meta do Brasil é fazer esta certificação com profissionais daqui”, disse Teitelroit durante palestra no Congresso Mundial sobre Desenvolvimento das Cidades, realizado em fevereiro
Segundo Teitelroit, esse reconhecimento só é feito mediante a comprovação de que todo o ciclo de construção de uma obra tenha se dado de maneira sustentável. Ele admite que as construções certificadas têm um custo mais alto do que as convencionais, mas garante que o retorno do investimento vem na operacionalização, bem como através da economia de energia, de recursos naturais e garantia de mais qualidade de vida aos moradores.
Teitelroit explica que a construção deste tipo de edificações promove a redução de 30% do consumo de energia e 35% das emissões de gases do efeito estufa ao longo da vida útil. “A grande meta hoje é mexer na legislação para que o prédio pague menos imposto”, comenta.
Enquanto as mudanças na lei não ocorrem, a disseminação de informações é a melhor maneira de incentivar as construções ecologicamente responsáveis e sustentáveis no Brasil. O Green Building Council Brasil se prepara agora para traduzir e distribuir uma das Standard ASHRAE 90.1 de 2007, que poderá ser utilizado por profissionais que atuam com projetos e construções elétricas – que é a base da análise energética da certificação LEED na categoria Energia e Atmosfera.
A instituição fechou neste mês uma parceria com a American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers (ASHRAE) para promover este trabalho. “Nossa intenção é disseminar o conhecimento técnico de forma inclusiva, para que cada vez mais profissionais do setor, empresas e construtoras possam desenvolver uma nova cultura focada na eficiência e preservação de recursos naturais”, afirma Thassanee.
A ASHRAE é a base da Lei de Eficiência Energética 10.295/2001, que gerou o Programa para Etiquetagem de Edifícios (Procel Edifica), que entrará em vigor no Brasil em 2012.
Nos Estados Unidos, cerca de 6% do mercado imobiliário americano já cumpre as normas segundo a presidente do Green Building Council Brasil, Thassanee Wanick. “A indústria imobiliária é responsável por 5% da emissão mundial de gases causadores do efeito estufa. Com a construção de edifícios de baixo consumo, é possível reduzir impactos, gastos e aumentar os lucros”, afirma.
Fonte: CarbonoBrasil.Aqui também tem um projeto de construção verde.
Um comentário:
Gente....
É muito bem feito,eu gostei muito mesmo desse site.
Por issoo eu indico a vocês que sempre procurem aqui,sus pesquisas,duvidas e etc...
Por esse site eu tirei 10,00 no
TD Avaliativo...
Postar um comentário