14 de julho de 2008

Brasil é líder total em desmatamento, mostra novo estudo...

As florestas tropicais do mundo todo encolheram o equivalente a mais de um Estado de São Paulo entre 2000 e 2005. E quase metade dessa destruição aconteceu --onde mais?-- no Brasil.

Os dados são de um estudo americano publicado na edição de hoje da revista "PNAS". Eles mostram que, nesses cinco anos, o país foi campeão de área absoluta desmatada e de velocidade de devastação. A análise, justiça seja feita, não capturou todo o período no qual o desmatamento esteve em queda no país (entre julho de 2004 e agosto de 2007).

Mesmo assim, com 3,6% de perda na Amazônia em relação ao total de floresta que havia em pé no ano 2000, o país ganhou até da Indonésia --dona da indústria madeireira mais predatória do mundo. Na África, onde a pressão do agronegócio industrial ainda não chegou, a taxa foi de 0,8%.

O estudo, liderado por Mathew Hansen, da Universidade do Estado de Dakota do Sul, contabilizou 272 mil quilômetros quadrados de florestas perdidas na América Latina, na África e no Sudeste Asiático.

A fatia do leão coube ao Arco do Desmatamento brasileiro, em especial Mato Grosso. "Por área, o Brasil responde por 47,8% de toda a derrubada de florestas tropicais, quase quatro vezes mais do que o segundo maior [desmatador], a Indonésia, que tem 12,8% do total", dizem os pesquisadores.

Apesar de sistemas de monitoramento do desmatamento não serem novidade nenhuma para um país como o Brasil, o novo trabalho é um dos primeiros a estipular a área desmatada nesse bioma no mundo todo. Esse tipo de monitoramento é crucial numa época em que o mundo reconhece a importância do desmatamento como fonte de gases-estufa e que países tropicais pleiteiam receber dinheiro na forma de créditos de carbono por controlá-lo.

"Muitos países não têm sistemas como o do Brasil, então a abordagem pode ser útil na capacitação para monitorar florestas", disse à Folha Ruth DeFries, da Universidade de Maryland, co-autora do estudo.

DeFries e colegas desenvolveram uma metodologia que combina imagens dos satélites Modis (mais rápidos) e Landsat (mais preciso). Em vez de olhar imagem por imagem de país por país, o grupo pegou uma amostra limitada de imagens e extrapolou o desmatamento para regiões vizinhas. "É uma abordagem estatística" diz Carlos Souza Jr., do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), que já trabalhou com DeFries.

Segundo ele, a correlação encontrada pelo grupo foi "muito boa". Ou seja, a notícia é muito ruim.

Fonte: Folha On Line.

2 comentários:

Gardênia disse...

Olá gostei muito de seu blog.
Estou fazendo um documentário,com a orientação da escola,gostariamos de solicitar a sua permição para utilizarmos algumas de suas imagens de pais e filhos, pois o meu documentário retrata um tema a qual as suas imagens se encaixam, vale resaltar que seus direitos de imagens serão citados nos créditos.
Agradeçemos desde ja a sua atenção e colaboração.

Unknown disse...

Tranqüilo Aline... podes contar comigo... lembrando que as fotos de minha autoria contém referência direta no alto da mesma... assim: Foto: Jeison T. Alflen... se não houver referência à foto publicada, clicando sobre ela você localiza a origem da imagem na rede mundial... qualquer coisa, me escreva no e-mail: progressoverde@gmail.com ou jeison.alflen@gmail.com... felicidades...