Até aproximadamente 12 mil anos atrás, éramos na maioria caçadores e coletores que se moviam conforme a necessidade de encontrar alimentos suficientes para a sobrevivência. A partir daí, três grandes mudanças culturais ocorreram: a revolução agrícola (que começou há 12 mil-10 mil anos), a revolução industrial-médica (iniciada por volta de 275 anos atrás) e a revolução da informação - globalização (iniciada há cerca de 50 anos).
Essas importantes mudanças culturais aumentaram de forma considerável nosso impacto sobre o meio ambiente. Por meio dessas mudanças, passamos a dispor de muito mais energia e novas tecnologias para alterar e controlar o planeta, visando atender a nossas necessidades básicas e crescentes desejos. Elas também permitiram a expansão da população humana, em especial devido à farta disponibilidade de alimentos e maior expectativa de vida. Além disso, elevaram consideravelmente o uso de recursos, poluição e degradação ambiental, que ameaçam a sustentabilidade das culturas humanas a longo prazo, e de diversas outras espécies a curto e médio prazo.
"A escalada do progresso técnico humano pode ser medida pelo seu poder de controlar e transformar a natureza. Quanto mais rápido o desenvolvimento tecnológico, maior o ritmo de alterações provocadas no meio ambiente. Cada nova fonte de energia dominada pelo homem produz determinado tipo de desequilíbrio ecológico e de poluição."
Uma sociedade sustentável do ponto de vista ambiental atende as necessidades atuais de sua população em relação a alimentos, água e ar limpos, abrigo e outros recursos básicos sem comprometer a capacidade das gerações futuras atenderem as suas necessidades. Viver de forma sustentável significa sobreviver de renda natural fornecida pelo solo, pelas plantas, pelo ar e pela água e não exaurir ou degradar as dotações de capital natural da Terra, que fornecem essa renda biológica.
Controlar o meio ambiente como um sistema econômico parece uma analogia óbvia no sistema capitalista que vivemos, onde podemos utilizar na esfera ambiental os conceitos de capital, déficit, crédito e rendimento entre outros. Mais do que isso, há a possibilidade (e necessidade), através do desenvolvimento econômico sustentável em relação ao meio ambiente, de premiar práticas sustentáveis e benéficas e condenar as não sustentáveis e nocivas.
Esse é um dos pilares deste blog.
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