Em rápida declaração à imprensa, Ban Ki-moon se mostrou encantado com a beleza dos rios e das espécies da Amazônia. "Fiquei impressionado e apaixonado. O homem deve tomar conhecimento que deve viver em harmonia com natureza e preservá-la", falou. "As pessoas que vivem aqui há milhares de anos são as pioneiras nessa preservação", completou.
O secretário destacou ainda a importância do desenvolvimento sustentável da floresta amazônica para combater o aquecimento global. "Temos um forte comprometimento em trabalhar com vocês para o sucesso do manejo florestal", afirmou. Ele também acrescentou ter aprendido muito sobre a região nos dias de visita.
A visita fará parte de um relatório sobre impactos ambientais que será apresentado na Conferência Internacional de Meio Ambiente, em Bali, Indonésia, no início de dezembro.
Seringueiro fala que existem visões equivocadas
Atanagildo Matos, do Conselho Nacional dos Seringueiros, contou ao secretário geral que existem várias visões equivocadas sobre a região. "Uma delas é que a Amazônia deve ser guardada. Outra, que aqui só tem gente maldosa, que quer destruir tudo. Isso não é verdade, pois as comunidades sobrevivem das reservas extrativistas", afirmou. Atanagildo também pediu o apoio da ONU para que os povos da floresta sejam reconhecidos por contribuir para a preservação da Amazônia e recebam benefícios.
O coordenador da Organização Indígena da Amazônia, Marcos Apurinã, da tribo Apurinã do Amazonas, acrescentou que preservar a biodiversidade é um desafio. "Precisamos de incentivo, principalmente para alternativas econômicas", disse. Após as declarações, os líderes presentearam o secretário geral e sua esposa, Yoo Soon-taek, com colares feitos de sementes regionais.
KYOTO
A ministra Marina Silva apresentou ao secretário geral da ONU propostas para fortalecer as metas de preservação do meio ambiente na Amazônia e no resto do Brasil. "Queremos valorizar a floresta e fortalecer as comunidades", disse.
Ela destacou o incentivo à redução do gás carbônico (CO2) no ambiente, com a diminuição do desmatamento. "Conseguimos reduzir a emissão em 50% até 2006 e devemos chegar a 65%. Isso representa 30% de tudo que deveria ser reduzido no Protocolo de Kyoto", revelou.
Aletheia Vieira
Diário do Pará
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